Quero olhar para cima
Hoje uma voz interna me perguntou: “Há quanto tempo você está olhando para baixo?”
Olhares curtos, perto das telas do computador, do celular, por vezes no WhatsApp, outras respondendo e-mails, olhando e postando no Instagram. Nenhuma novidade, não é? Mais um motivo para ficar chocada na hora que me dei conta.
Quanto tempo? Quantas horas?
E outras perguntas surgiram em minha mente um pouco barulhenta… quanto tempo tenho? Quantas horas?
Não sei, não sabemos.
Mais reflexiva ainda fico pelo mês do meu aniversário, e outras perguntas emergindo sem parar: Quantos anos mais?
Depois dos 50 vem uma urgência pela vida. Não serve mais qualquer trabalho, tem que trazer alegria, sentido de propósito.
Quantos amigos? Não são vários, mas aqueles que estão ao nosso lado a qualquer hora.
E se não estamos com um amor, não pode ser uma paixão qualquer, é aquele amor maduro que não julga, não joga, mas que dá as mãos quando formos olhar para cima.
A nossa alma sente o desejo de conexão, de olhar para o outro enquanto ele está conosco, sentir a vibração da música na hora que ela está tocando, ouvindo sua letra em profundidade, saborear um prato e um belo vinho na hora que estiver a mesa e na sua boca. E o Ego perde essas preciosidades que não voltam.
Quanto tempo perdemos em não estarmos nas pessoas, nas experiências, na vida?
Podemos fazer um real exercício de presença a cada instante?
Olhar para cima e ver as cores do céu, os pássaros voando ou a ausência deles, as estrelas brilhando ou a chuva caindo.
Um olhar prolongado para a frente, fora das telas, aquele bem espichado, cumprido no horizonte, como um alongamento. Então, penso que talvez esse alongamento me ajude a não usar um óculos de grau pra longe, assim como eu já preciso pra poder ver de perto.
Um músculo ocular encurtado. Será que estou encurtando outras partes minhas? Encurtando o tempo da apreciação?
As perguntas não param, mas elas chegam na melhor hora. No momento em que escolho dedicar com consciência tempo para novos olhares.
Olhar além, tem sido quase que um olhar pela janela, entre uma reunião e outra.
Quero, de fato, olhar para cima e ter a honra de ter alguém ao meu lado que possa me dizer também o que está vendo. Que não esteja olhando apenas a um palmo à sua frente e longe da vida.
Esse é um desejo de olhar o infinito e de olhar as infinitas oportunidades de experimentar o viver.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância de voltarmos a olhar para cima? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em te ouvir.
Claudia Vaciloto
https://claudiavaciloto.com.br/
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