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Gestão Assertiva: Sua Empresa é Assertiva?

Você sabe o que é Gestão Assertiva? Como perceber que a assertividade está no DNA da cultura organizacional da empresa e quais os impactos e benefícios dessa assertividade nas pessoas e nos resultados?

Gestão Assertiva: Sua Empresa é Assertiva?

Gestão Assertiva: Sua Empresa é Assertiva?

Existem muitas confusões na aplicação do conceito da assertividade no mundo corporativo e no comportamento dos profissionais, em geral.

Alguns entendem assertividade como agressividade, outros nem querem ser assertivos por medo de parecerem agressivos e, por isso, se comportam de forma “política”, dissimulando, muitas vezes, as suas verdadeiras intenções e desejos.

Alguns entendem que o clima organizacional assertivo se sedimenta no equilíbrio entre a passividade e a agressividade nas suas políticas e decisões. Quando a empresa atua no equilíbrio entre agressividade e passividade, corre-se o risco de nos levar ao entendimento de que a empresa adota a postura “em cima do muro”. Ou então “ora passivo, ora agressivo”. Nenhum dos dois trata-se de uma gestão assertiva.

Por quê? Simples!

Quem fica no equilíbrio “ora passivo, ora agressivo” possui um pensamento reativo, o que não combina com a filosofia da gestão assertiva. Nesse sentido, a crença dominante é aquela totalmente não assertiva “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Essa crença estimula, de fato, uma postura reativa, e as suas reações são impulsionadas pelas ações do outro.

O seu pensamento principal é: “Se o outro coopera comigo, eu também sou legal com ele, mas se ele não é cooperativo, eu retalio”. Será que a palavra certa é “assertivo”? Penso que está mais para “passivo”!!!

Vamos concluir aqui que uma gestão assertiva definitivamente não é ficar no equilíbrio entre passivo e agressivo. Mas sim apostar em uma postura honesta, verdadeira, transparente, objetiva e focada, demonstrando coerência entre o que pensa, sente, faz e diz.

Mas isso não é sincericídio? Nãoooo! Sincericídio é falta de educação e dificuldade de lidar com os seus impulsos e freio emocional na gestão das suas emoções. Sabe aquela comunicação corporativa não estratégica e sem empatia e que provoca revolta, diz-que-diz no ambiente da organização do tipo “O tiro saiu pela culatra!”?

Então, é importante entendermos que cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidas através de normas, valores e atitudes compartilhadas por todos os membros da organização, os seus fornecedores, os clientes e as outras pessoas fora dela.

E podemos perceber que a assertividade está no DNA da cultura organizacional de uma empresa quando:

  • As pessoas se sentem respeitadas no seu status, sentem-se “seguras emocionalmente”, sentem-se livres para pensar e se expressar, possuem autonomia para decidir com responsabilidade e, principalmente, sentem que existe justiça nos relacionamentos e a imparcialidade é determinante na tomada de decisão;
  • Nas reuniões, todos os participantes contribuem com as suas ideias com o intuito de contribuir e não de vencer as ideias dos outros. A oposição de ideias é encarada com naturalidade;
  • Alguém que comete um erro tem coragem de assumir a responsabilidade e corrigi-lo;
  • O reconhecimento pelos bons comportamentos e bons resultados faz parte da linguagem do cotidiano;
  • O feedback de erros é bem aceito porque é dado com empatia e respeito. Mesmo porque, na cultura organizacional assertiva, as pessoas possuem o pensamento focado na solução e não no culpado do erro.

Então quando a empresa perde a oportunidade de ser assertiva com os seus colaboradores?

  1. Quando não deixa claro o seu posicionamento e não compartilha os seus objetivos estratégicos e o seu propósito;
  2. Quando é reativa na percepção da necessidade de mudança e lenta em dar respostas às demandas do mercado;
  3. E quando é desorganizada, sem planejamento, falta de foco e sem clareza do alvo a atingir;
  4. Quando não tem senso de urgência na solução dos problemas;
  5. Quando no clima da empresa reina a vitimização “Não fui eu”. Diz-se que a empresa foca no culpado e não na solução, o que torna o clima organizacional tenso, ansioso e medroso. E vitimização amarra os processos e a melhoria contínua;
  6. Quando em uma reunião existem duas agendas: a aberta e a secreta. As pessoas não dizem o que realmente deveriam dizer para colaborar na solução do problema. Essas mesmas pessoas apoiam algumas ideias e desprezam outras, com decisões movidas por escolhas políticas e não por foco em resultado;
  7. E quando a empresa é movida pelo medo. Sabe-se que não existe comprometimento pelo medo e sim pelo prazer que o trabalho traz. Incrível, mas existem, ainda, muitas empresas que acreditam na influência pelo temor.

Tudo isso é a falta de assertividade no DNA da organização!

A gestão assertiva começa com um Pensamento Consciente, ou seja, pensa estrategicamente e empaticamente nos impactos das suas decisões nas pessoas, nos processos, nos resultados e no ambiente externo que rodeiam a organização, tais como: o meio ambiente, o meio social e o meio econômico.

Quando se fala em gestão no mundo corporativo, então estamos falando do gerenciamento de pessoas e de resultados. E para fazer bem essa gestão dupla, é preciso levar em conta fatores críticos de sucesso de um negócio. Fatores provenientes do ambiente interno e externo à organização. Isso é o mundo corporativo que faz parte de um cenário turbulento e complexo, ambíguo, incerto e extremamente volátil.

E assim começa uma gestão assertiva que exige do nosso gestor a importante competência da gestão de mudança. A postura do transformador, daquele que protagoniza a mudança.

Essa convivência sadia com a mudança contínua exige do gestor duas habilidades extremamente refinadas para alcançar eficácia e efetividade:

  • Habilidade de percepção do cenário para analisar contextos;
  • Habilidade de dar respostas na velocidade da mudança.

Mas essa competência cresce na sua força se a implementação estiver apoiada em um forte propósito que contribui positivamente para todos. Contudo, um propósito que faça sentido para todos e não somente para o gestor.

E fazer tudo acontecer exige uma gestão assertiva para conseguir o envolvimento e comprometimento de todos os colaboradores, criando o sentimento em cada colaborador “eu trabalho nessa empresa porque eu quero. Ninguém me obriga a trabalhar aqui”. Isso é um dos maiores atributos de verdadeiro líder: respeitar a autonomia e as escolhas do outro.

A gestão impregnada dessa cultura assertiva consegue navegar de forma equilibrada nos resultados e nas pessoas.

São inúmeros os benefícios obtidos através da aplicação desses conceitos de cultura organizacional assertiva. Por exemplo: alinhamento estratégico, sinergia nos processos e procedimentos técnicos, velocidade e objetividade no tráfego de informações, reconhecimento do cliente interno e externo, melhoria contínua, parceria nas relações profissionais, visão sistêmica e interdependente e a responsabilização de todos pelos impactos individuais no todo.

Poderíamos citar muitos outros benefícios. mas os citados são suficientes para entendermos que uma empresa assertiva tem maior chance de sucesso e sobrevivência no mundo digital.

E aí, o que concluiu? A sua empresa é assertiva?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre gestão assertiva e os benefícios obtidos através da aplicação dos conceitos de cultura organizacional assertiva? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Vera Martins
https://vera-martins.com/

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Vera Martins Author
Vera Martins é autora dos livros: “Seja Assertivo!” e “O Emocional Inteligente”. Trabalhou por 21 anos como Executiva em Recursos Humanos e há 18 anos atua em consultoria de desenvolvimento humano. É educadora com especialização em desenvolvimento de pessoas. Possui mestrado em Comunicação e especialização em Medicina Comportamental.Atua como coach, palestrante, facilitadora de seminários e professora de universidades, tais como: Fundação Vanzolini e Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em cursos de pós-graduação.Através de intensos estudos e publicação dos seus livros tornou-se precursora da competência Assertividade e especialista em comunicação e inteligência emocional. Por isso, vem atuando fortemente nos diversos níveis profissionais nas empresas, em competências que envolvam a comunicação relacional, tais como: Estratégias de Negociação, Gestão de Conflitos, Comunicação e Influência, Liderança Assertiva, Inteligência Emocional, Coaching, Gestão de Pessoas, Formação de times e competências correlatas. É fundadora da Assertiva Educação e Cultura.
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