Coerência no Cuidar e Seus Benefícios para a Vida!
Cuidar. Em inglês “caring”, essa palavra carrega o sentido da ação de cuidar; e também de expressar carinho.
O ser humano nasce com a atitude do cuidar. Desde muito pequenos, cuidamos de bonecos, de animaizinhos de estimação, plantinhas. A atitude compassiva faz parte de nós desde muito cedo.
Conforme vamos nos tornando adultos, carregamos essa essência e muitas vezes mudamos o objeto de cuidado. Passamos a cuidar da casa, da família, do trabalho, dos nossos pais. Alguns decidem cuidar apenas de si, e daqueles que mais ama. Alguns ainda decidem cuidar do outro, do planeta. Mas o cuidado está sempre presente.
Coerência no cuidar tem a ver com reconectar com essa essência inicial e saber discerni-la e direcioná-la para fazer o bem. Para o outro. Mas também para você.
Muitas vezes, a motivação por trás do cuidar não está alinhada à nossa essência. Às vezes pode estar ligada à “obrigação” de cuidar, incitada por programações culturais ou religiosas. Às vezes, como um mecanismo inconsciente de se sentir aceito ou não ser rejeitado. E ainda, o cuidar pode ter uma motivação legítima, mas empregado de forma exagerada, fazendo com que o objeto do cuidado seja um fardo, ou se sinta como um peso, o que no HeartMath nos referimos como “overcare”.
O cuidar, atitude originalmente regeneradora, que nos coloca no estado otimizado de coerência cardíaca, nos casos acima se tornam grandes drenos de energia.
Quando cuidamos por motivos diversos ao impulso original de ser efetivamente compassivos, então estamos incoerentes com nossa essência e com o propósito original do coração. E, portanto, estamos drenando a nossa energia e do ser que está sendo cuidado.
O coração comunica. Sutilmente, silenciosamente, por seu campo eletromagnético, que pode ser medido em laboratório em pelo menos um metro além do nosso corpo. E as pesquisas demonstram que esse campo carrega informações de como estamos nos sentindo, estejamos conscientes ou não, como se fossem dados carregados em ondas de wifi.
Portanto, se seu cuidado não é genuíno ou é exagerado, você estará irradiando para o seu campo, para os ambientes e outras pessoas, sinais incoerentes, relacionados a emoções que drenam – como sobrecarga, frustração, fadiga, culpa e raiva, mesmo que se apresentem de forma silenciosa.
Em compensação, quando o cuidado é verdadeiro, quando ele brota da origem, da essência do seu coração, então ele é transformador, regenerador para quem cuida e para quem é cuidado.
Como Instrutora HeartMath, tenho tido a oportunidade de compartilhar essa metodologia científica da coerência cardíaca com muitos cuidadores profissionais – terapeutas, psicólogos, profissionais de saúde, bombeiros e líderes.
E os relatos do impacto do HeartMath nos seus ofícios como cuidadores – e nos próprios pacientes e clientes – têm sido impressionantes e enchem meu coração de alegria.
Para o profissional que cuida e treinado em coerência cardíaca, usar HeartMath traz grandes benefícios. Ele sabe se autorregular e desenvolver a resiliência, o que o torna mais apto a lidar com situações desafiadoras de seus clientes. Ele é mais criativo e intuitivo, o que apoia a comunicação e o processo de conhecimento mútuo, gerando melhores resultados. E ele é mais compassivo e otimista porque sabe usar as qualidades do coração no seu dia a dia de trabalho.
Mas tem um aspecto que tenho observado nos relatos dos mentores que formamos no Brasil que é mais sutil, mas não menos poderoso.
A intenção amorosa do coração para o reequilíbrio ou restabelecimento do paciente ou cliente tem se mostrado uma força de cura. A coerência cardíaca nos desperta para um papel muito compassivo: o da corregulação.
Ao estarmos coerentes, então naturalmente estamos irradiando coerência e impactando positivamente os outros. Quando nosso estado de coerência é reforçado por uma intenção sincera em promover bem-estar para o outro, parece que esse sinal que emitimos pelo nosso coração realiza grandes feitos.
Em momentos críticos de pacientes – ou até de amigos – a intenção coerente, mesmo silenciosa, acalma, pacifica e, de fato, gera melhores perspectivas no momento desafiador. O campo do coração acolhe qualquer problema na energia do amor e da compaixão. E pode mudar o rumo de uma situação.
Basta treinar esse cuidado genuíno, a saber:
- Acesse o seu estado de coerência cardíaca: respire mais profundamente e mais devagar que o normal, mantendo o foco no seu coração ou no centro do seu peito. Busque um ritmo confortável. E inspire e expire no mesmo tempo, talvez por 4 ou 5 segundos;
- Ative no seu coração um sentimento de cuidado, carinho, apreciação ou amor. E passe a respirar esse sentimento por alguns minutos. Você pode acessar essa emoção regeneradora, trazendo à sua memória a lembrança de um momento de carinho, ou de apreciação por algo ou alguém na sua vida;
- Nesse estado mais coerente, coloque então a intenção de irradiar a partir do seu coração essas frequências de coerência para o seu paciente, cliente ou para alguém que precise de seu cuidado compassivo. A cada inspiração reforce o sentimento e a intenção do seu coração. Ao expirar, irradie-os para o ser cuidado;
- Observe os resultados. Você irá se surpreender.
Esse campo formado por essa prática se chama HeartSpace, ou o abraço amoroso do coração. Que acolhe compassivamente qualquer dor e, pelo poder da coerência do coração, amplia o poder de cura daqueles que cuidam.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre HeartSpace, ou o abraço amoroso do coração? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Roberta Moreira Lima
https://www.linkedin.com/in/robertam1
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