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As Dimensões Culturais de HOFSTEDE

Por que a teoria das dimensões culturais de Hofstede é relevante para o mercado empresarial de hoje? Conheça as 5 dimensões culturais da teoria de Hofstede.

As Dimensões Culturais de HOFSTEDE

As Dimensões Culturais de HOFSTEDE

Muito se tem falado das questões culturais nas organizações e foi exatamente por esse motivo, que escolhi trazer às nossas leitoras e aos nossos leitores uma pequena parte do extenso e intenso trabalho de Geert Hofstede.

Ele definiu “cultura” como:

“A programação coletiva da mente, que distingue os membros de um grupo ou categoria de pessoas de outros.”

Por que a teoria das dimensões culturais de Hofstede é relevante para o mercado empresarial de hoje?

  1. Porque ela ajuda o mercado a se livrar de preconceitos culturais;
  2. Porque trabalhar efetivamente com outros não é possível sem normas culturais;
  3. E porque as empresas devem ser efetivas no mercado global.

Hofstede se tornou conhecido por pesquisas pioneiras sobre culturas nacionais e organizacionais, e ao longo do tempo ele e sua equipe identificaram, cinco elementos que proporcionam uma perspectiva de cultura. Uma dimensão de valor cultural que se refere à atenção de grupos ou indivíduos às necessidades do grupo versus necessidades individuais, assim como às realizações individuais e relações interpessoais.

Confira a seguir as 5 dimensões culturais da teoria de Hofstede, a saber:

1ª Dimensão Cultural: Distância de Poder

A distância de poder define como a desigualdade social é percebida e aceita em diferentes culturas. Hofstede (1997) explica como em culturas de alta potência as crianças educadas com grande ênfase no respeito aos mais velhos, levada a cabo na idade adulta, portanto, as organizações são mais centralizadas. Os funcionários preferem um estilo de liderança autocrático onde espera-se subordinados informados sobre o que fazer. Além disso, existem amplas diferenças salariais na estrutura hierárquica. Por outro lado, quando a distância do poder é baixa, os funcionários preferem ser consultados com relação à tomada de decisões.

2ª Dimensão Cultural: Individualismo vs. Coletivismo

O individualismo (versus coletivismo) é a preferência das pessoas por pertencer a uma sociedade em malha onde a importância dada ao individuo e à autonomia. Em oposição, estruturas coletivistas dão importância às unidades sociais interdependentes, tais como a família, em vez de em si mesmo. Nas sociedades individualistas, os funcionários exigem a liberdade para trabalhar de forma independente e desejam um trabalho desafiador (o que é mais importante do que as relações pessoais) que os ajudarão a alcançar a autorrealização. Em culturas coletivistas, as estruturas de gestão são responsáveis pela organização de equipes de funcionários e pela coesão do coletivo.

3ª Dimensão Cultural: Gênero: Masculinidade vs. Feminilidade

De acordo com Hofstede, a masculinidade representa culturas com papéis de gênero distintos onde os homens se concentram na busca de sucesso, competição e recompensas enquanto as mulheres se concentram nas propostas de valores como qualidade de vida e modéstia. A feminilidade representa culturas onde há sobreposição de papéis de gênero. Nas culturas masculinas, gerentes definidos como mais assertivos e decisivos, enquanto as culturas femininas geram gerentes mais intuitivos que negociam as disputas e incentivam a participação nas decisões.

4ª Dimensão Cultural: Incerteza

A incerteza é o grau em que os membros de uma cultura se sentem ameaçados ou inseguros em situações desconhecidas. Assim, em culturas que evitam a incerteza, as pessoas preferem um ambiente estruturado com regras e políticas claras. O trabalho duro é abraçado, e há uma maior sensação de ansiedade entre a força de trabalho. Em contraste, em caso de baixa incerteza evitar as regras das culturas criam desconforto, quase medo, e existem somente aonde for absolutamente necessário. As pessoas tendem a ser mais relaxadas nessas culturas. Além disso, trabalham num ritmo mais lento.

5ª Dimensão Cultural: Tempo, orientação ao longo prazo

A quinta dimensão cultural referida como orientação ao longo prazo, descreve a extensão para que as pessoas tenham uma perspectiva dinâmica e orientada para o futuro (orientação ao longo prazo em vez de um foco no passado e no presente (orientação ao curto prazo).

Me parece, portanto, que as dimensões culturais de Geert Hofstede ainda hoje são muito válidas. E que em um momento em que o conceito ESG ganha cada vez mais importância para as organizações, possam essas dimensões contribuir para um melhor entendimento da própria cultura, das práticas ambientais e sociais, das atividades de ética e conformidade, da governança, da diversidade e ainda das iniciativas para apoiar, de fato, uma forte cadeia de valor.

E você cara leitora e prezado leitor o que pensa sobre as dimensões culturais?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as dimensões culturais de Geert Hofstede? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer para uma boa conversa.

João Luiz Pasqual
Coach Mentor Certificado

 
https://www.intervisionclub.com.br/
https://www.cw4u.com.br

Referências: 

  1. Hofstede, G. (1997) Cultures and Organizations: Software of the Mind, London: McGraw-Hill.
  2. Wursten, H. () The 7 Mental Images of National Culture Leading and Managing in a Globalized World, edited by Erika Visser and PiaKähärä

Confira também: Team Coaching: O que é e como se diferencia de outras práticas de intervenção de equipes (parte II)

 

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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