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O medo constante de errar: Você sabe (de fato) o que está comendo?

Toda informação amplia o conhecimento e portanto, melhora a tomada de decisão. O problema é que algumas informações nos rótulos são tão técnicas que tornam a compra de alimentos uma tarefa difícil e sem referências compreensíveis.

Rótulos dos Alimentos e o medo constante de errar: Você sabe (de fato) o que está comendo?

O medo constante de errar: Você sabe (de fato) o que está comendo?
Toda informação amplia o conhecimento e portanto, melhora a tomada de decisão das pessoas. O problema é que algumas informações nos rótulos são direcionadas mais a técnicos e especialistas, embora estejam nas prateleiras de supermercados, remédios, receitas – tornando o simples consumo de alimentos ou a compra de remédios uma tarefa difícil e sem referências compreensíveis.

Os rótulos de alimentos, em especial, estão se tornando tão difíceis quanto a bula de remédios. Ora, se o consumidor, o principal alvo de atenção para as agências reguladoras – que buscam diariamente, ampliar o conhecimento sobre o que se consome – porque os rótulos ainda não conseguem trazer as informações traduzidas para que qualquer pessoa possa compreendê-las?

Os desafios impostos aos consumidores, no mundo todo, é examinar com todo o cuidado todas as informações dos rótulos de alimentos industrializados. É desafiador em todos os sentidos: quanto maior o número de informações – menor o espaço de impressão em letras muito pequenas em rótulos das embalagens – dependendo do tipo de embalagem – ainda conta com transparência e as dificuldades não param por aí.

Quando é possível ler – surge a dificuldade com a interpretação do que está informado – Podemos sempre recorrer a uma assistente virtual para interpretação e descobrir os significados, quando tratar-se de algo muito simples – outras vezes, a complexidade é tanta que a própria pesquisa na Internet não resolve, ampliando a dúvida.

Está muito comum o apelo ao consumidor para ler o rótulo dos produtos que compra.

Claro que o rótulo é extremamente importante – mas, ainda é necessário que as legislações tenham informações traduzidas para os leigos. A comunicação com a as pessoas – em pleno século XXI, ainda é um grande desafio.

Canais de comunicação como a internet, TV aberta, e-mail, WhatsApp e todas as redes sociais – materiais promocionais (cartazes, banners), vídeos disponibilizados em vários canais, encontros presenciais com familiares e amigos, websites especialistas, Podcasts e outros, fazem com que as informações para as decisões e atividades do dia a dia tornem-se cada vez mais complexas com um grande número de possibilidades e consequências muito distintas.

O medo constante de errar – em qualquer atividade – faz com que as pessoas se sintam cada vez mais inseguras, inclusive nos processos mais simples do cotidiano. Tem muita informação importante em todos os lugares – mas não tem uma linguagem que facilite a interpretação e tomada de decisão.

Para os que leem rótulos, já perceberam que alguns fabricantes fazem rótulos universais, por exemplo. Um fabricante de pães que faz rótulo único para diversos tipos de pães. Então todos os rótulos dizem que o produto pode conter: glúten, leite, soja, grãos diversos, frutas, entre outros. No entanto basta olhar o pão para saber que aquele produto não tem ou não deve ter. Na dúvida não compre.

Outro aspecto da legislação que precisa ser revista com brevidade são as permissões e limites. Um pão integral que tem mais farinha de trigo comum do que farinha integral. São poucos os pães integrais que possuem mais farinha integral do que farinha de trigo.

Então, a complicação toda de rótulos inteligíveis – ainda que desenvolvidos com o objetivo de melhor informar ao consumidor – não atende a nenhum aspecto.

A comunicação com o consumidor é ruim, de baixa compreensão e de pouca utilidade, já que não entende nada do que está impresso. Os fabricantes aprovam um rótulo e o reproduzem para todos os produtos do mesmo tipo (pães, por exemplo), o que não colabora sequer para comunicar a alérgicos que não devem consumir aquele produto.

As famosas letras de médicos foram substituídas por receituário e pedido de exames impressos – escritos em programas de edição de texto eficientes e especialistas. Atualmente, raramente um médico “escreve” as receitas, assim muitos dos problemas foram resolvidos.

Agora precisamos corrigir e adequar rótulos e bulas da mesma forma. Torná-los compreensíveis para todas as pessoas. Legíveis – em espaços pequenos, aumentar a quantidade de informações apenas torna impossível o que era muito difícil – o tamanho das letras diminuem cada vez mais.

Para que possamos ensinar as pessoas a lerem os rótulos, é preciso que seja possível entender o que está impresso. Aguardemos as legislações entenderem que não é possível ensinar o que não é possível ler ou entender.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância de uma legislação mais eficaz sobre o conteúdo dos rótulos de alimentos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

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Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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