Meu filho não sai do celular, e agora?
Antes de responder essa questão, convido você a fazer duas reflexões: a primeira é: E você, como tem usado o celular? Quanto tempo tem ficado em frente às telas? Você também não sai do celular? Qual o exemplo que você está passando de fato? A segunda reflexão é: você tem dado opções melhores e estimulado seu filho a diversificar seus interesses ou só tem reclamado e repetido a mesma frase: “Filho, você não sai desse celular!”.
Que tal convidar seu filho ou sua filha para passear ao ar livre, jogar um jogo de tabuleiro ou então experimentar uma nova receita juntos? Dar uma volta no quarteirão explorando o bairro, ir até a pracinha, por exemplo? Ou ainda ler um livro juntos ou alguma outra atividade divertida, que atraia o seu interesse para que ele desgrude da tela e diversifique suas atividades.
As experiências que nossos filhos vivenciam irá determinar a estrutura de seu cérebro. Se o repertório dele ficar restrito às telas, ficará empobrecido e limitado. Com o excesso de tela, ele perde a oportunidade de viver experiências mais enriquecedoras como o contato com a natureza, o livre brincar e a exploração dos ambientes.
Somos seres tecnológicos, mas precisamos compreender a função de cada tecnologia em nossas vidas para fazer o melhor uso dela. Ela deve ser mais um elemento que está à nossa disposição e não o contrário. Crianças e adolescentes precisam da mediação do adulto. Eles ainda não possuem entendimento e cognição para discernir o que é benéfico e saudável.
As telas podem ser úteis para diminuir distâncias e aproximar as pessoas que estão em outras localidades. Ajudam nas atividades escolares e ampliam as oportunidades e o acesso às informações. Por outro lado, o uso excessivo do celular interfere na qualidade de sono, alteração do apetite, gera ansiedade, irritabilidade, além de reduzir o repertório de experiências e habilidades.
Nós como pais precisamos instruir e dar limites sobre o uso. É importante que haja restrição ao tipo de tecnologia e o tempo de uso para cada idade. Nem tudo que está disponível deve ser consumido. A OMS e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orientam os pais quanto aos riscos à saúde devido à exposição de crianças e adolescentes às telas, internet e redes sociais.
A SBP recomenda até uma hora por dia de exposição ao uso de monitores para crianças com idade entre 2 e 5 anos. E duas horas, como o limite máximo, para crianças com idade entre 6 e 10 anos. Já para os adolescentes, com idades entre 11 e 18 anos, a indicação é de, no máximo, 3 horas por dia. Inclui-se também nesse período o tempo de uso dos videogames.
Pode ser tentador oferecer um tablet para seu filho enquanto você precisa de um respiro para responder aquela mensagem do trabalho ou finalizar uma atividade da casa. Você já parou para pensar no impacto dessa atitude em longo prazo? Quais as consequências para o desenvolvimento das crianças?
Antes de dar um celular para o seu filho, convido você a fazer algumas reflexões: Qual será a função do celular para a vida dele? Vou conseguir monitorar e ensinar ao meu filho ou minha filha a fazer um bom uso do recurso, colocando algumas regras que serão revistas à medida que eles crescem?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como evitar o excesso do uso do celular pelo seu filho ou sua filha? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Danielle Vieira Gomes
http://daniellegomescoach.com.br/
Confira também: Por que Você Precisa Compreender o Temperamento dos Seus Filhos?
Participe da Conversa