fbpx

Você sabe por que os grupos existem?

Quantos de nós não estamos em algum ou em vários grupos nas redes sociais como Facebook ou no WhatsApp? Grupos de família, de amigos, de trabalho, da igreja, do edifício ou bairro onde mora e por ai vai. E por que eles existem?

Por que os grupos existem? E qual o impacto deles em sua vida?

Você sabe por que os grupos existem?

Cientistas e estudiosos do comportamento humano sejam das neurociências, antropologia, sociologia… concordam que nós, seres humanos, sobrevivemos enquanto espécie no processo evolutivo, desde os caçadores e coletores, porque nos agrupamos. Não porque somos mais inteligentes e, claro, nunca fomos os animais mais fortes nem mais velozes.

Foi com a revolução agrícola que o ser humano se organizou ainda mais em grupos afins e fixou residência deixando de ser nômade. Constituir regras que garantissem não só a sobrevivência do grupo, mas também a boa convivência entre seus membros passou a ser fundamental. Com o tempo, criamos códigos de ética e de condutas até para empresas, fossem elas, públicas ou privadas. Aonde quer que duas ou mais pessoas se reúnam, faz-se necessário saber se comportar e respeitar as regras.

Com o advento da internet, as comunidades ou grupos passaram a ter novas características. Quantos de nós não estamos em algum ou em vários grupos nas redes sociais como Facebook ou no WhatsApp? Grupos de família, de amigos, de trabalho, da igreja, do edifício ou bairro onde mora e por ai vai. Em quantos grupos já te colocaram sem a sua permissão? E de quantos grupos você não saiu por falta de jeito ou medo de ser indelicada?

Desde as prévias das eleições a partir de 2016, principalmente, a política e mais precisamente um arsenal de notícias mentirosas e manipuladoras de cunho político foi disparado principalmente pelo whatsapp a ponto de influenciar na eleição de candidatos até então anônimos ou de pouquíssima expressão. A total falta de gestão ou de ferramentas que pudessem barrar as chamadas Fake News e impedir que o gabinete do ódio disseminasse tantas inverdades e destilasse tanta cólera e ferocidade fez com que os administradores do Meta, criassem regras mais rígidas limitando, por exemplo, o envio de mensagens para um número bem mais reduzido de pessoas.

Mas, como sempre o brasileiro dá um jeitinho e diante da dificuldade de disseminar mentiras ou de compartilhar centenas de mensagens individualmente, os grupos passaram a ser o local onde os mais inflamados se sentissem à vontade para postarem o que bem entenderem mesmo sem verificar a veracidade ou a qualidade dos conteúdos. Interessante é que todas as regras foram abandonadas sejam de boa convivência, ética e respeito à diversidade, da qual todo grupo em algum ponto é constituído. Nenhum grupo, por mais afinidades que tenha, é absolutamente unânime do que diz respeito às orientações ou crenças sejam elas políticas, religiosas, de gênero etc.

O que testemunhamos nesses grupos ainda mais nessa última eleição foi um circo de horrores, de violência, de mentiras, de falta de empatia, de ataques que passaram a ser pessoais e de total intolerância a qualquer um que pensasse ou se posicionasse diferentemente da “maioria”. Aliás, o que presenciei foi o silêncio, o recuo e o medo dos que eram “minoria” ou pelo menos não barulhentos do grupo.

Onde foi que nos perdemos? Quando foi que deixamos de ter no grupo o espaço de acolhimento, de compaixão, de proteção e de seguranças? Quando foi que permitimos que nossos egos fossem mais fortes que nossos laços de amizade, fraternidade e até de sangue? E quando foi que decidimos que ter razão era mais importante que sermos felizes?

Não é e talvez nunca tenha sido sobre política. Sem nenhuma contradição, no grupo, muitos encontraram o lugar onde se sentiram à vontade para destilar seus ódios, frustrações, mágoas, ressentimentos, recalques… e quando se viram acolhidos pelos seus semelhantes se empoderaram. Vi em grupos pessoas que se autodenominam conservadoras e de direita dizendo que as pessoas de esquerda são nojentas e vi também aqueles que se autodenominam progressistas e de esquerda fazendo o mesmo. Em algum momento, essas pessoas se esqueceram que naquele grupo alguém com quem havia algum laço de amizade se sentiu muito atacado e violentado.

As eleições acabaram, a vida segue. A política é algo que faz parte de todos que vivem em comunidade, mas muitos laços foram desfeitos. E, infelizmente, talvez nunca mais sejam refeitos.

Gostou do artigo? Quer saber mais por que os grupos existem? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

Confira também: To do List: Como organizar seu dia de forma eficiente (e dar conta de tudo!)

 

Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa