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Janeiro, mês da Visibilidade Trans: Um Marco Histórico

29 de janeiro, dia da visibilidade Trans. Instituído a partir de um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito” realizado em Brasília em 2004. Um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos.

Janeiro, mês da Visibilidade Trans: Um Marco Histórico

Janeiro, mês da Visibilidade Trans: Um Marco Histórico

29 de janeiro, dia da visibilidade Trans. Foi instituído a partir da organização de um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito” realizado em Brasília no ano de 2004. Um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos.

Como forma de reafirmar a importância da luta pela garantia dos direitos das pessoas transgêneros definiu-se o mês de janeiro inteiro dedicado à esta causa e denominado de “Janeiro Lilás”.

A ideia é criar espaços de debates que permitam conscientizar e sensibilizar a sociedade para que seja disseminado uma cultura de respeito e reconhecimento das identidades de gênero. Para combater os estigmas e as violências sofridas pela população transexual e travesti, fruto da construção e aceitação da heteronormatividade que toma como verdade as teorias de gênero binárias em base de cunho biológico, e que são reforçadas por religiões, movimentos conservacionistas, grupos políticos, tabus e preconceitos sociais.

Como consequência pessoas que não se enquadram fielmente dentro dos conceitos de heteronormatividade são colocadas à margem da sociedade. Tem seus direitos suprimidos ou sofrem pressões no mercado de trabalho, família, estabelecimentos e em vários papéis que assumem na sociedade.

No mercado de trabalho, 35% dos profissionais LGBTQIA+ contam que já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho. No grupo trans, o número sobe para 40%. Os dados são da Pesquisa Demitindo Preconceitos (Consultoria Santo Caos, 2015). Além disso o Brasil é o País que mais mata LGBTQIAP+ por motivo de sua orientação e /ou identidade.

O que reforça os resultados de pesquisas, como a realizada pelo Center for Talent Innovation. Ela aponta: 61% dos funcionários LGBTQIAP+ no Brasil preferem esconder sua orientação afetivo-sexual e identidade de gênero para colegas e gestores. O preconceito contra essas pessoas, velado ou explícito, hoje intitulado LGBTQIAPfobia, é a principal causa deste fenômeno.

No Brasil, por decisão do Supremo Tribunal Federal em 2019, a LGBTQIAPfobia – discriminação direcionada a Pessoas LGBTQIAP+ foi equiparada ao crime inafiançável e imprescritível de racismo, com pena prevista de um a três anos de prisão. Contudo, em mais de 70 países ser LGBTQIAP+ é considerado um crime, de acordo com dados da ILGA (The International Lesbian, Gay, Bissexual, Trans and Intersex Association).

Enquanto a expectativa de vida média da população brasileira é de 74 anos, segundo o IBGE, a das pessoas trans é de apenas 35 anos. De acordo com Dossiê de 2019 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% da população de travestis e mulheres transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho.

Apesar de a própria constituição no seu artigo 5º, que trata do princípio da igualdade, garantir que:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”

Tais números mostram que ainda há muito que se caminhar.

Certamente não é esta a visibilidade que as pessoas transgêneros e qualquer pessoa cis com um olhar mais humano deseja.

É preciso refletir que sociedade queremos construir e deixar para próxima geração. Uma sociedade que respeita o indivíduo independentemente de sua condição, gênero, orientação afetivo-sexual, raça e etnia, identidade de gênero ou uma sociedade plena de preconceitos que mata pelo simples fato de não fazer parte de convenções culturais ultrapassadas e desumanas justificadas por visões distorcidas de moralidade e/ou religiosas?

Eu escolho o lado da história em que prevalece o respeito, a empatia, a liberdade de expressar a sua essência e a celebração da vida.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o dia da visibilidade trans, o movimento contra a transfobia e a luta por direitos das pessoas transgêneros? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você a respeito deste tema.

Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/

Confira também: Brasil: O País da Paz e do Amor… ou da Intolerância?

 

Pós-Graduado em Tecnologia Assistiva pela Fundação Santo André/ITS Brasil/Fundação Don Carlo Gnocchi (Itália/Milão). Pós-graduado em Psicologia Organizacional pela UMESP e Graduado em Psicologia pela UNIMARCO. Extensão em Gestão de Diversidade pela PUC (Trabalho final: “O impacto do imaginário dos líderes no processo de diversidade e inclusão nas organizações”), Credenciado em Holomentoring, Coaching e Advice pelo Instituto Holos. Formação em Coaching Profissional pela Crescimentum. Formação em Facilitação Digital pela Crescimentum, Formação em RH e Mindset Ágil pela Crescimentum. Formado como analista DISC Vivência de 30 anos na área de RH, em subsistemas como Recrutamento & Seleção, Treinamento, Qualidade, Avaliação de Desempenho e Segurança do Trabalho. Desempenhou papéis fundamentais em empresas como Di Cicco., Laboratório Delboni Auriemo, Wal Mart, Compugraf, Mestra Segurança do Trabalho.Atualmente é Diretor da TRAINING PEOPLE responsável pela estratégia e coordenação de equipe multidisciplinar especializada em temas como Diversidade, Liderança e Gestão, Vendas, Educação Financeira, Comunicação, Turismo e Segurança do Trabalho. Coach de transição de carreira, desenvolvimento de competências e de líderes e Mentor em Empreendedorismo e Diversidade, Equidade e Inclusão.Presidente e Fundador do Instituto Bússola Jovem, projeto social com foco em jovens de baixa renda que tem por missão transformar vidas através da Educação, Trabalho e Carreira. Colunista das Revista Cloud Coaching. Atua como Mentor no Programa Nós por Elas do Instituto Vasselo Goldoni.Coautor do livro: Segredos do sucesso: da teoria ao topo – histórias de executivos da alta gestão pela Editora Leader e do livro Gestão Humanizada de Pessoas pela Editora Leader. Coordenador e coautor do livro Diversidade em suas dimensões pela Editora Literare Books.
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