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O Bom Conflito 

Comunicação clara e concisa é necessária em todo lugar. Através do diálogo os conflitos podem ser resolvidos com mais facilidade. Gestão de conflitos bem administrada traz benefícios para todos envolvidos.

O Bom Conflito: A Gestão de Conflitos bem administrada traz benefícios

O Bom Conflito: A Gestão de Conflitos bem administrada traz benefícios

“Não basta ser bom, é preciso fazer o bem. Fazer o bem sem esperar retorno ou agradecimento.

Fazer o bem porque é o certo a fazer.

Fazer o bem, sem olhar a quem.

O sinal mais característico da imperfeição do homem é o seu interesse pessoal.”

Allan Kardec

O conflito em si não é bom e não é ruim. O desarranjo entre ideias, posicionamentos, interesses, acontecem todos os dias nos mais diversos níveis de sociedade e relacionamentos.

As diferenças em debates sobre o mesmo ponto, em geral, levam a uma terceira possibilidade que, em muitos casos eliminam o conflito e passam ao desafio da união em torno de uma terceira possibilidade, reunindo enfim aqueles que debatiam.

Comunicação clara e concisa é necessária em todo lugar. Através do diálogo os conflitos podem ser resolvidos com mais facilidade. Gestão de conflitos bem administrada traz benefícios para todos envolvidos.

Existem especialistas em Comunicação Não Violenta, responsáveis por todo tipo de intermediação de conflitos – todos conflitos gerados pela humanidade – baseados em compaixão e profunda conexão com as pessoas envolvidas – avaliando cuidadosamente todos os sentimentos e “razões envolvidas”.

“Para além das ideias de certo e errado, existe um campo. Eu me encontrarei com você lá” (Jalaladim Maomé Rumi)

[1] A Comunicação Alienante da vida nos prende num mundo de ideias sobre o certo e o errado – um mundo de julgamentos, uma linguagem rica em palavras que classificam e dicotomizam as pessoas e seus atos. Quando empregamos essa linguagem, julgamos os outros e seu comportamento enquanto nos preocupamos com o que é bom, mau, normal, anormal, responsável, irresponsável, inteligente, ignorante etc.

Na raiz de toda violência – verbal, psicológica ou física, entre familiares, governos, empresas, tribos ou nações, está um tipo de pensamento que atribui a causa do conflito ao fato de os adversários estarem errados. E está a correspondente incapacidade de pensar em si mesmos ou nos outros em termos de vulnerabilidade. O que a pessoa pode estar sentindo, temendo, ansiando, do que pode estar sentindo falta, e assim por diante.

Outra forma de julgamento é o uso de Comparações. No livro How to make yourself miserable – Como enlouquecer você mesmo: o poder do pensamento negativo, Dan Greenberg demonstra por meio do humor o poder insidioso que o pensamento Comparativo pode exercer sobre nós. Ele sugere que, se os leitores tiverem um desejo sincero de tornar suas vidas infelizes, devem aprender a se Comparar a outras pessoas.

Outro tipo de Comunicação Alienante da vida é a negação de Responsabilidade. Ela turva nossa consciência de que cada um de nós é responsável por seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podemos substituir uma linguagem que implique falta de escolha por outra que reconheça a possibilidade de escolha. Ficamos perigosos quando não temos consciência de nossa Responsabilidade por nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos

O semanticista Wendell Johnson observou que criamos muitos problemas para nós mesmos ao usarmos uma linguagem estática para expressar ou captar uma realidade que está sempre mudando:

“Nossa linguagem é um instrumento imperfeito, criado por homens antigos e ignorantes. É uma linguagem animista, que nos convida a falar a respeito de estabilidade e constâncias, de semelhanças, normalidades e tipos, de transformações mágicas, curas rápidas, problemas simples e soluções definitivas. No entanto, o mundo que tentamos simbolizar com essa linguagem é um mundo de processos, mudanças, diferenças, dimensões, funções, relações, crescimentos, interações’ desenvolvimento, aprendizado, abordagem, complexidade.

E o desencontro entre este nosso mundo sempre em mutação e as formas relativamente estáticas de nossa linguagem é parte de nosso problema”.

Embora os efeitos de rótulos negativos como “preguiçoso” e “burro” sejam mais evidentes, até um rótulo positivo ou aparentemente neutro como “cozinheiro” limita nossa percepção da totalidade do ser de outra pessoa.

Em nosso vocabulário, há uma palavra com enorme poder de criar vergonha e culpa. Essa palavra violenta, que é comum usarmos para avaliar a nós mesmos, está tão profundamente arraigada em nossa consciência que muitos de nós teriam problemas para imaginar a vida sem ela. É o verbo Dever, usado em frases como em “Eu deveria saber” ou “Eu deveria ter feito aquilo”.

Na maioria das vezes em que usamos esse verbo com nós mesmos, resistimos ao aprendizado, porque “Dever” implica que não há escolha. Seres humanos, ao ouvirem qualquer tipo de exigência, tendem a resistir, porque ela ameaça nossa autonomia – nossa forte necessidade de termos escolhas. Temos essa reação à tirania mesmo quando se trata da tirania interior, na forma de um “deveria”.

Uma expressão semelhante de exigência interior ocorre na seguinte auto avaliação: “O que estou fazendo é simplesmente terrível. Eu realmente tenho de fazer alguma coisa a respeito!”

Pense por um momento em todas as pessoas que você já ouviu dizerem: “Eu realmente tenho de parar de fumar”. Ou: “Eu realmente tenho que fazer alguma coisa para me exercitar mais”.

Elas vivem dizendo o que “devem” fazer e vivem resistindo a fazê-lo, porque seres humanos não foram feitos para ser escravos. Nós não fomos feitos para sucumbir às ordens do “Dever” e do “tenho de”, venham elas de fora ou de dentro de nós mesmos.

E, se viermos a ceder e nos submeter a essas ordens, nossas ações se originarão de uma energia destituída da alegria de viver.

Depois de uma vida inteira de educação formal e socialização, provavelmente é tarde demais para a maioria de nós treinarmos nossa mente a pensar só em termos do que precisamos e valorizamos a cada momento. Entretanto, do mesmo modo que aprendemos a traduzir julgamentos quando conversamos com os outros, podemos nos treinar para reconhecer quando nosso diálogo interno é baseado em julgamentos e mudar o foco da atenção para nossas necessidades subjacentes.

Quando a consciência se concentra naquilo que de fato precisamos, somos naturalmente impelidos a agir em direção a possibilidades mais criativas para que aquela necessidade seja atendida. Ao contrário dos julgamentos moralizadores de quando nos culpamos, que tendem a perpetuar um estado de autopunição.

O perdão a nós mesmos ocorre no momento em que somos capazes de reconhecer que nossa escolha foi uma tentativa de servir à vida. Mesmo que o processo tenha nos mostrado como ela falhou em atender a nossas necessidades.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Gestão de Conflitos e como ela pode trazer benefícios? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre este tema.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

[1] Marshall B. Rosenberg – Nonviolent communication: a language of life.

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Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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