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Março Amarelo: Conscientização da Endometriose

Você sabe o que é Endometriose? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, a endometriose afeta cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil. É preciso falar abertamente sobre o assunto.

Março Amarelo: Conscientização da Endometriose

Março Amarelo: Conscientização da Endometriose

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, a endometriose afeta cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil. A endometriose é uma doença comum e benigna, que ocorre quando o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo.

Caracteriza-se pela dor pélvica crônica acíclica, com forte impacto na qualidade de vida da paciente, que se sente incapaz e/ou aquém das suas atividades rotineiras. É muito frequente no período reprodutivo podendo manifestar-se desde a adolescência até a menopausa.

Ainda pode apresentar: dor durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação; dor lombar e em membros inferiores.

A endometriose pode causar aderências pélvicas e infertilidade por alterações anatômicas, obstrução das trompas e interferência na ovulação. Por isso, o ideal é a detecção e o tratamento precoces.

A principal teoria sobre a endometriose é que a menstruação faz uma retroativação e portanto a suspensão da mesma é uma das opções terapêuticas.

O diagnóstico se inicia com a história clínica da paciente de dor pélvica debilitante e progressiva sem melhora com medicamentos e é complementado pela ultrassom e ressonância magnética. E o tratamento é multifatorial. Desde cirurgia, antiinflamatórios, hormônios, anticoncepcionais, DIUs hormonais e ajustes comportamentais.

Alguns estudos relatam que a dieta pode influenciar nos fatores de risco da doença. Frutas, vegetais, gorduras poli-insaturadas (como o ômega 3), consumo adequado de cálcio e ótimos níveis de vitamina D parecem ter relação com menores riscos de desenvolvimento da doença.

Por outro lado, um excesso de ingestão de carne vermelha, gordura saturada, gorduras trans, álcool e cafeína são citados com fatores que aumentam o risco da endometriose. Por ser uma doença inflamatória, a sua piora também está associada ao consumo de glúten, lactose a açúcar. E em contrapartida, a melhora nota-se na presença de atividade física e bons hábitos de sono, ingesta de líquidos e manejo do stress.

Nota-se a ocorrências de outras doenças autoimunes concomitantes como fibromialgia e tireoidites.

O que, de fato, corrobora a importância do autocuidado de um modo geral. Depressão e ansiedade são tanto causas como consequências das crises de dor pélvica.

Muitas mulheres se sentem inibidas em falarem de suas dores e excluídas de atividades que seriam usuais. Têm dificuldade de aceitação dessa condição e ao mesmo tempo medo das sequelas como a infertilidade.

É preciso falar abertamente, fazer o diagnóstico adequado e o melhor tratamento possível, individualizando cada caso. Mas sempre lembrando que hábitos saudáveis, alimentação, atividade física e ingesta de líquidos, além de cuidados com a mente e o espírito são fundamentais para os bons resultados e melhora na qualidade de vida.

Prazer, no autocuidado.

Isso é poder.

Apodere-se de você. Da sua saúde. Do seu prazer.

Vozes que calam 
Cada voz tem seu encanto
Em cada riso e cada pranto
Em cada som
Somos únicas
Em cada tom
Somos músicas
Em cada grito
Escondido
Sentido
Em cada uivo
Ou sussurro
Somos nós mesmas
Nossas certezas
Nossa história
Nossa memória
Nossas exclusividades
Nossas verdades
Nossas dores e sabores
Nossos desejos e segredos
Somos nuas
Cruas
Queremos mais
Muito mais
Amar
Viver
Sonhar
Saber
Gozar
Poder
Ser
Somos a beleza
Da nossa própria fortaleza…..
(Clarissa Marini)

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Março Amarelo e a conscientização da endometriose? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Prazer, Clarissa!

Clarissa Marini
https://www.instagram.com/clamarini/

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Clarissa Marini é ginecologista, sexóloga e escritora. Especialista em Uroginecologia e Reposição Hormonal. Autora de Poetizando o Sexo e Inenarrável. É mãe, poeta e amante da vida. Formada há 17 anos, escuta e ausculta almas e corações de suas pacientes.
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