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Mediação? Será que isso é para mim?

A Mediação propõe uma mudança ao convidar seus participantes a se unirem para resolver seus problemas. Ao invés de pensar no mundo “um contra o outro” vamos para o modo “juntos contra o problema”.

Mediação? Será que isso é para mim?

Mediação: Será que isso serve para mim?

Eis que uma das minhas tarefas neste mundo é apresentar a Mediação para as pessoas e para que serve. Algo que não é novo, mas que, devido à cultura predominante, fica num lugar constante de novidade.

A forma mais conhecida de resolver problemas pela humanidade é pela força, atributo do exercício de poder. Foi assim que os territórios se expandiram, as nações surgiram, povos dominados e escravizados, enfim, nossa história como humanidade se baseia nas relações de poder sobre o outro.

A Mediação propõe uma mudança nesta lógica ao convidar seus participantes a se unirem para resolver seus problemas. Ao invés de pensar no mundo “um contra o outro” vamos para o modo “juntos contra o problema”.

Claro que não é fácil estar junto de alguém visto como causador do problema vivido. Por isso, entra uma terceira pessoa, capacitada, para manejar esse encontro. O mediador, a mediadora, entra na relação, emprestando sua escuta imparcial (em relação à situação, ressalto) para que a conversa seja possível.

Uma figura, muito difundida em tempos de internet, nos ajuda a exemplificar o que se passa numa Mediação:

Mediação? Será que isso é para mim?
Fonte: https://www.quora.com/Can-anyone-elaborate-the-subject-philosophy

A Mediadora ajuda seus clientes a identificarem que estão em pontos de vista diferentes. Depois disso, vai conduzindo a conversa para que eles se movam do ponto de vista original para outros, também possíveis. Assim, vai ficando mais fácil compreender que também existem outras formas de solução, além daquela primeiramente imaginada, e pela qual ele estava apegado como a única.

Comprovadamente, quanto mais possibilidades temos de resolver algo, mais fácil fica encontrar uma solução que atenda a todos os envolvidos.

Em que situações a Mediação é aplicável?

Vou trazer aqui alguns exemplos de casos que já atendi para ajudar você a identificar como isso tudo pode funcionar.

Em casos de família, um casal pode procurar a Mediação para decidir se vai se separar ou se vai fazer alguns combinados para manterem o casamento. Aliás, para essa questão do divórcio, em todas as fases é possível buscar a Mediação, desde a tomada de decisão até depois de anos de divorciado para se falar de ajustes no dia-a-dia dos filhos em comum.

Também muitas famílias têm buscado a Mediação para negociar cuidados com os pais. Os irmãos se reúnem para organizar suas vidas e as vidas de seus pais idosos ou adoentados, de modo que não fique sobrecarregado para ninguém.

As famílias empresárias também se beneficiam muito das possibilidades da Mediação. Sentar-se para conversar sobre patrimônio e a gestão dele, sobre as relações entre seus membros, sobre a convivência tanto no negócio da família quanto em seus casas, sobre o futuro e a sucessão nos negócios.

Empresários sócios de uma empresa contratam uma mediadora para conversarem sobre os rumos desse negócio, preparar uma possível venda, manejar alguma situação que desalinhou os entendimentos iniciais.

Cliente e fornecedores, contratantes e contratados, locadores e locatários, vizinhos, colaboradores entre si ou com a empresa, enfim, onde existe uma relação e algo aconteceu ou está prestes a acontecer que muda os combinados originais (conflitos) pode ser motivo para buscar uma Mediação.

Quero ressaltar aqui que a Mediação nem sempre gera efeitos jurídicos.

Ela é baseada na necessidade de conversa entre pessoas que estão vivendo um momento de tomada de decisão. Por isso, desejo também descontruir a ideia de que a Mediação é algo judicial.

A Mediação também é oferecida no contexto do Judiciário, mas ela não nasceu para ser judicial. Desde sua origem, a ideia de buscar a Mediação é justamente a de buscar uma outra lógica, uma outra forma de resolver as coisas, por isso a Mediação Extrajudicial (aquela que é feita fora do Poder Judiciário, por uma mediadora autônoma) faz mais sentido e acontece antes que o conflito se agrave, gerando chances maiores de solução.

A lógica de buscar o Judiciário quando há uma questão a se resolver é muito forte na nossa cultura. E é essa lógica que a Mediação vem modificar.

Quando você tiver um problema, busque uma medidora (ou um mediador), convide a outra pessoa com a qual tem esse problema compartilhado – a mediadora pode fazer esse convite também. As conversas sobre a solução desse problema levarão a algum resultado, geralmente muito satisfatório.

Ser escutado(a) é algo que faz bem para todas as pessoas. Ser escutado(a) tendo ajuda para resolver problemas é maravilhoso. Receber companhia, apoio, compreensão, presença. O processo em si das conversas já faz muito bem. Encontrar um resultado satisfatório, de forma pacífica, sem aumentar seu nível de estresse é um verdadeiro luxo nos dias de hoje. É isso é totalmente acessível por meio da Mediação.

Gostou do artigo?

Se quiser saber mais sobre Mediação, para quem serve e em que situações ela é aplicável, então entre em contato comigo! Terei o maior prazer em ajudar.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

Confira também: Mediação de Conflitos: Consciência e Protagonismo

 

Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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