Profissionais 50+: Você sabe quantas pessoas chegam aos 50 anos de idade por dia no Brasil?
Segundo estatística do IBGE de 2018, este número é bastante alto e pode dobrar na próxima década.
Uma nova pesquisa deverá sair no final deste ano, mas a que temos já é suficiente para perceber que estamos entrando em uma fase difícil para os profissionais em geral.
O cenário no mercado de trabalho está mudando rapidamente e muitos profissionais não estão se dando conta de como isso os afeta. Muitas empresas também não estão se adequando à nova realidade que se avizinha.
O desemprego é alto e a falta de mão de obra qualificada vai acometer cada vez mais as empresas em diversas áreas. A economia está aquecendo e não haverá profissionais capacitados em quantidade suficiente para ocupar as vagas que o mercado vai demandar em vários segmentos. Por outro lado, os profissionais 50+, já começam a sentir esta situação atualmente.
Respondendo à pergunta título: a cada dia são mais de 4 mil profissionais que passam a faixa dos 50 anos de idade e isso torna-se preocupante, pois as empresas ainda estão olhando para os 50+ com uma certa desconfiança e os próprios profissionais não perceberam que devem estar preparados e que sempre é tempo para mudar, inclusive para os 50+.
Parece, porém, que estamos em um período de transição, pois enquanto parte das empresas buscam, acolhem e valorizam estes profissionais, outras os julgam como peças fora da vida profissional.
Algumas utilizam esta situação para promover a substituição por um outro de menor salário, outras o fazem por um pré-conceito, que antes de tudo é anacrônico.
Uma situação, porém, tem me intrigado…
Muitos profissionais que chegam a esta faixa etária, colocam-se em uma situação que favorece estes procedimentos. São profissionais que não se autodesenvolvem, que não buscam o aperfeiçoamento e, principalmente, não se posicionam frente às novas necessidades do mercado. Se autocolocam na posição de obsoletos.
São pessoas que na vida profissional (talvez também na vida pessoal) se autoposicionam como peças antigas e com pouca utilidade. Não levam em conta que com a experiência que têm, aliada ao autodesenvolvimento tecnológico e mercadológico tornam-se pessoas muito úteis e importantes para o dia a dia de uma empresa.
De um lado da mesa um fato interessante é que muitas empresas atentas aos 50+ têm programas específicos para o setor. Contudo, do outro lado tenho percebido em minhas mentorias que alguns profissionais se mostram fragilizados e com nível de esperança bem baixo.
Felizmente até agora não são muitos os profissionais, mas existem e que comentam algo do tipo:
“Passei dos 50, não me sinto com ânimo de enfrentar uma mudança de carreira ou de me capacitar em novas tecnologias ou ainda, aprimorar os meus conhecimentos.”
Se um número crescente de empresas não perceber a nova realidade e desenvolver agora programas específicos de acolhimento e capacitação dos colaboradores 50+ terão carência de mão de obra especializada em pouco tempo. E, se os profissionais não se derem conta que a palavra de ordem é autodesenvolvimento, o número de profissionais não alinhados com as necessidades de mercado, será cada vez maior, dificultando para ambos os lados.
Gostou do artigo? Quer falar sobre o acolhimento e a capacitação de pessoas e profissionais com 50 anos de idade ou 50+? Então, entre em contato comigo. Com certeza também será um prazer te responder.
Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/
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