Diversidade e os dois lados dos avanços tecnológicos
Um dos assuntos mais comentados atualmente é como o avanço tecnológico mudará o cenário de interação entre as pessoas e com o mundo. Da evolução da inteligência artificial, da internet das coisas (IoT) e 5G à computação em nuvem, big data e analytics, as tecnologias avançam para se tornarem mais inteligentes, mais baratas e menores em tamanho.
Olhar para o futuro é maravilhoso, ao mesmo tempo que desafiador.
Segundo a Forbes, a tecnologia de IoT (Internet das Coisas) atingirá 95% dos produtos eletrônicos desenvolvidos até 2050 – ou seja, praticamente tudo poderá ser acessado pela web.
Inteligência artificial em máquinas, carros não tripulados, missões de turismo interplanetário, moedas digitais, realidade virtual no trabalho.
De acordo com estudo publicado no Future Business Tech, o mundo em 2050 verá o surgimento de cidades inteligentes e hiperconectadas, robôs com características cada vez mais próximas dos humanos, aplicação de interfaces e chips no corpo humano, óculos de realidade virtual substituindo os celulares, além da chegada do homem a Marte, entre outras previsões.
A educação, por exemplo, deverá ser profundamente impactada com o processo de ensino cada vez mais tecnológico, disciplinas como programação começando no ensino infantil e fundamental.
A medicina preventiva com implantes neurais que transmitem dados de saúde a aplicativos e sistemas. A medicina corretiva cada vez menos invasiva e mais assertiva.
E o que a Diversidade, Equidade e Inclusão tem a ver com todo este cenário tecnológico?
Digo sem medo de errar que: TUDO.
Com o desenvolvimento tecnológico os recursos assistivos também tendem a se modernizar e serem mais funcionais. Já algum tempo vem sendo desenvolvido um exoesqueleto que permite uma pessoa cadeirante levantar e andar.
Nesta semana (03 de maio 2023), a Senadora Mara Gabrilli, que é tetraplégica, fez um teste e andou por pelo menos 50 metros. Apesar do sucesso o exoesqueleto ainda tem um tamanho considerável, porém, este estudo mostra que caminhamos rapidamente para que pessoas com as mais diversas deficiências possam ser atendidas em suas limitações e passem a enxergar, ouvir, andar.
Já existe um campo na Robótica denominada Robótica Assistiva que desenvolve vários produtos com a finalidade de apoiar pessoas com deficiência nas tarefas e interações diárias.
Todo este cenário é maravilhoso e um futuro cada vez mais tecnológico é inevitável. Mas, ao seguir rumo ao progresso é importante considerar que 28,2 milhões de brasileiros não têm acesso à internet, segundo o IBGE.
Os dois motivos mais mencionados para a exclusão digital foram não saber usar a internet (42,2%) e falta de interesse (27,7%). Já 20% apontaram motivos financeiros para a falta de acesso (14,0% disseram que o acesso à rede era caro e 6,2%, que o equipamento eletrônico necessário era caro).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2021, a Pnad TIC.
Quase 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto,
50 milhões de pessoas de 14 a 29 anos do país, 20,2% (ou 10,1 milhões) não completaram alguma das etapas da educação básica. Desse total, 71,7% eram pretos ou pardos.
Não sou contra aos avanços tecnológicos, eles são essenciais, mas, é necessário crescer coletivamente e utilizar o poder da transformação que a tecnologia tem para diminuir as desigualdades e construir uma sociedade mais equitativa e inclusiva.
E Que o futuro nos reserve a dignidade e empatia que todos merecem.
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Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/
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