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Como Lidar com a Ansiedade Alheia?

Descubra como lidar com a ansiedade alheia e estabelecer limites saudáveis. Aprenda estratégias para enfrentar a pressão, negociar demandas e construir compromissos equilibrados, enquanto mantém sua própria saúde mental.

Como Lidar com a Ansiedade Alheia?

Como Lidar com a Ansiedade Alheia?

Olá!

Pense nisso!

A cena é conhecida e certamente você já viveu algo parecido em um dos dois papéis. Uma família saindo para um passeio com as crianças no banco de trás, tudo caminhando normalmente até que começa uma das vinte vezes da mesma pergunta: “Estamos chegando?”

Os pequenos lidam muito mal com a ansiedade e normalmente sofrem com a indefinição ou falta de visibilidade de um cenário futuro ainda desconhecido. Contudo, alguns grandinho também lidam muito mal com isso, eu diria que a maioria dos grandinhos não lida adequadamente com esta sensação de falta de controle e um desejo que tudo se resolva o mais rápido possível e com a menor dose de sacrifício possível.

O escritor Augusto Cury iniciou sua jornada por este tema reconhecendo que a ansiedade é o mal do século e progrediu sua escrita com vários diferentes volumes tratando sobre o mesmo tema. Assim como Cury, muitos escritores de autoajuda se enveredam por este tema, trazendo orientações, modelos, receitas, etc. para lidar com sua própria ansiedade, sofrendo sim, mas só um pouquinho.

O mundo digital por sua vez não colabora para a melhoria deste fenômeno, criando funcionalidades de avanço de vídeo, aceleração de mensagens, encurtamento de vídeos e uma enorme quantidade de pílulas e fagulhas de conteúdo para consumo imediato, viciando cada vez mais as mentes incautas para o recebimento de satisfação rapidamente e em doses de conta gotas.

Até aí, tudo bem. Cada um com seu cada um!

Mas, e sempre tem um mas, o que acontece quando o ansioso pensa que tudo e todos ao seu redor são como os vídeos e elas que ele se acostumou a acessar, exigindo que tudo tenha que ser na velocidade que ele espera e que suas necessidades devem ser atendidas por todos, no momento em que tomaram consciência da existência de tais necessidades?

Neste ponto, as relações começam a se desgastar, não por conta de quem atende, mas sim, pela expectativa criada por quem solicita. Para isso, meu querido leitor, trouxe este tema para destrincharmos e, juntos, tentarmos entender o que se passa na mente conturbada das pessoas ansiosas.

Ansiedade no seu extremo é doença e precisa ser tratada por profissionais, o que obviamente não é meu caso, contudo, no escopo da inteligência comportamental e com a experiência de alguns anos de mentoria de executivos, posso arriscar alguns pontos de observação e reflexão:

Para começar, vamos falar sobre a  origem do sentimento de ansiedade. Posso teorizar que ficamos ansiosos quando nossas demandas estão acima de nossos recursos. De maneira mais simples, queremos que algo aconteça em determinado tempo e isso não é possível por falta de recursos.

Por exemplo: Faço uma compra on-line e a empresa de entregas pede cinco dias para completar a transação. Caso eu tivesse recursos para deslocar-me e retirar pessoalmente na loja o centro de distribuição, eu não precisaria esperar tanto e, portanto, não ficaria ansioso.

Minha banda preferida fará um show na minha cidade daqui a trinta dias. Caso eu tivesse recursos suficientes, poderia viajar para a cidade onde o show seja esta semana e não precisaria esperar tanto tempo. Por fim, a mais difícil, fico ansioso pelo final de semana para viajar e conhecer uma nova localidade.

Se eu não precisasse cumprir com meus compromissos pessoais e profissionais, todo o dia era dia de viagem. Enfim, ficou claro que na inexistência de recursos infinitos, somos submetidos aos fluxos naturais da vida e nossa demanda não é atendida a tempo e a forma como gostaríamos. De maneira geral, quando nossos desejos superam nossos recursos, precisamos aprender a conviver com a frustração.

Mas, e como lidar com a ansiedade alheia?

Como direcionar esta energia negativa para outro lado sem que o sentimento de dívida se aposse de nossa alma, concordando que deveríamos ter mais rápido, melhor, em menos tempo e todas estas baboseiras dos autores de autoajuda que falam da chamada vida de alta performance.

O primeiro passo é ter domínio sobre o volume de nossos recursos, sejam eles materiais (isso inclui tempo), financeiros na forma de dinheiro ou crédito, humanos na forma de pessoas e relacionamentos e finalmente, intelectuais abrangendo todo nosso conhecimento e as pessoas que conhecemos.

Com isso em mente é possível saber se e quando podemos atender às demandas que nos são entregues. O segundo passo é uma clara negociação. Quando uma pessoa pede algo urgente urgentíssimo é necessário discutir o “custo” desta demanda. Não necessariamente custo financeiro, mas custo de oportunidades. Em caso de conflito, negociar o que se deixa de fazer para fazer o que se pede.

Finalmente, o terceiro e mais importante. A construção de bons compromissos, apoiados em datas, recursos, premissas e evidências. Tudo isso junto traz racionalidade para a discussão, deixando a ansiedade alheia em cheque. Se ao final de tudo isso seu interlocutor manter-se na posição de ansiedade infantil, do tipo que quero, porque eu quero e quero agora, seja terapêutico.

Apresente alternativas de resolução que não impliquem em um milagre e lembre-se sempre que a imposição de urgência por parte de alguém quase sempre é resultado da falta de planejamento deste mesmo alguém.

No fim, atender rapidamente a demandas de ansiosos não resolve o problema, apenas contribui para o vício desta pessoa, tornando-a cada vez mais ansioso.

Pense nisso!

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Quer saber mais sobre como lidar com a ansiedade alheia? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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