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Planejamento: A ponte entre as ideias e a realidade

Entenda por que o planejamento é a ponte que transforma suas ideias em realidade. Explore a definição de objetivos, o reconhecimento de recursos, a importância da flexibilidade do plano e como aplicar o planejamento para alcançar o sucesso.

Planejamento: Por que ele é a ponte entre as ideias e a realidade?

Planejamento: A ponte entre as ideias e a realidade?

“O sucesso é uma jornada, não um destino.” (Arthur Ashe)

Na nossa rotina diária, do momento em que despertamos até o momento em que voltamos a dormir, estamos constantemente engajados numa série de planos e procedimentos. No entanto, a atuação da maioria desses planos é tão intrínseca e automática que ocorre de forma implícita e inconsciente.

Um exemplo é quando acordamos e nos preparamos para o dia. Escovar os dentes, tomar banho, vestir-se, tomar o café da manhã, é tudo parte de um plano que embora não esteja documentado ou explicitamente sistematizado, é um “procedimento” que se segue todos os dias. Basicamente seguimos um processo com início, meio e fim, cada etapa e atividade com suas peculiaridades e metodologias.

Entretanto, quando se trata de alcançar metas e objetivos maiores, não é natural e intuitivo aplicar um plano sistematizado e consciente. Não temos a capacidade nata de estruturar e formalizar nossos planos para cada atividade ou meta que buscamos alcançar, muitas vezes por motivos enraizados no nosso “piloto automático”.

A ideia convencional de traçar um caminho linear e imutável em direção ao objetivo não se sustenta num mundo caracterizado por constantes mudanças e incertezas. O planejamento é semelhante ao funcionamento de um GPS, que recalcula a rota quando se desvia do caminho inicialmente traçado.

Vale destacar que o planejamento vai além de uma atividade puramente racional, integrando fatos e dados com valores, visões e emoções. Os planos que criamos refletem nossas aspirações e a percepção que temos de nós mesmos e do mundo à nossa volta. Portanto, mais do que prever o futuro com precisão, o planejamento é a habilidade de navegar de maneira eficaz em meio às mudanças.

E para navegar por esse complexo labirinto do planejamento, listei abaixo alguns tópicos que podem ser interessantes para especular sobre o tema:

1. A arte da definição de objetivos

Daniel Kahneman, autor do livro “Rápido e Devagar”, argumenta que o equilíbrio entre a razão e a emoção é crucial na definição de objetivos. Isto é, os objetivos devem ser formulados com clareza e precisão, e ao mesmo tempo devem ressoar com nossos valores e emoções. Em outras palavras, eles devem fazer sentido racionalmente e, ao mesmo tempo, incitar paixão e significado além da matéria.

2. O reconhecimento sábio de recursos

A ideia central aqui é entender claramente quais são nossos recursos e reconhecer tanto suas limitações quanto suas possíveis vantagens e potencialidades. Um erro comum no uso de um recurso importantíssimo como o tempo, é superestimar curtos prazos ao achar que conseguiremos fazer muita coisa em pouco tempo e negligenciar o longo prazo não considerando suficientemente o que poderíamos alcançar a longo prazo.

3. Flexibilidade do plano

Da mesma maneira que um piloto precisa alterar a rota de um avião em meio a turbulências, um bom planejamento deve ter espaço para alterações e realinhamentos em resposta às mudanças de cenário no trajeto. O planejamento é um organismo vivo. Ele não é um documento estático, mas uma ferramenta dinâmica que deve ser constantemente revisada e atualizada para refletir as mudanças no ambiente. Um plano que não se adapta e não evolui para se tornar compatível e conectado com a realidade, corre o risco de tornar-se obsoleto, ineficaz e mera ilusão.

4. Planejamento Antifrágil

Inspirado pelo conceito de “Antifragilidade” de Nassim Nicholas Taleb, o “Planejamento Antifrágil” é aquele que não apenas resiste às mudanças e incertezas, mas realmente se beneficia delas. Enquanto a resiliência é a capacidade de suportar choques e voltar ao estado original, a antifragilidade vai além e melhora com o estresse e o choque. O “pulo do gato” neste conceito é entender que o planejamento eficaz não é aquele que simplesmente resiste à mudança, mas aquele que usa a mudança a seu favor para evoluir e agregar valor.

A psicóloga Carol Dweck, argumenta que as pessoas que possuem uma mentalidade de crescimento e que acreditam que podem aprender e se desenvolver, tendem a ter um desempenho melhor do que aquelas que acreditam que suas habilidades são fixas. No contexto do planejamento, essa mentalidade se traduz em encarar o plano como algo dinâmico e evolutivo, e não como algo fixo. Uma mentalidade de crescimento nos ajuda a encarar os contratempos e mudanças como oportunidades para aprender e ajustar o plano, em vez de ver tais mudanças como falhas ou motivos para desistir.

5. Tornar o plano tão relevante que não valha a pena desistir

O desafio aqui está em comprometer-se incondicionalmente com um plano a ponto de torná-lo tão significativo, relevante e integrado à sua realidade, que a ideia de desistir parece impensável. Este tipo de comprometimento vai além do simples cumprimento das tarefas: envolve a internalização do plano e dos objetivos relacionados, de tal forma que se tornam parte inseparável da sua trajetória de vida. A autenticidade e a importância pessoal dos objetivos podem aumentar a sua motivação e reduzir a tentação de desistir.

6. Teste e Aprendizado Contínuos

Oriundo das práticas ágeis de desenvolvimento de software, o conceito de produto mínimo viável (MVP), pode e deve ser aplicado no exercício do planejamento. Considere o exemplo de uma startup de tecnologia. No início, eles não possuem um produto completo, mas apenas uma ideia básica do que querem criar. Eles começam construindo um produto mínimo viável (MVP), testam no mercado, recebem feedback e fazem ajustes.

Esse ciclo se repete várias vezes, com cada iteração tornando o produto melhor e mais alinhado com as necessidades dos clientes. Isso significa que em vez de fazer um plano de longo prazo detalhado e segui-lo à risca, você deve planejar e executar em pequenos incrementos, aprender com os resultados, e ajustar o plano de acordo. Essa abordagem permite que você se adapte rapidamente às mudanças e torne o planejamento um processo contínuo de aprendizado e adaptação.

Em suma, te convido a especular, reavaliar e transmutar a maneira como se planeja a conquista de metas, objetivos, sonhos, enfim… o que queira realizar.

Estimo que o planejamento deixe de ser visto como uma obrigação enfadonha e passe a ser percebido como a arte fluida e aberta às incertezas, que servirá como a melhor ponte para realizar suas ideias e objetivos.

Que as habilidades sejam combinadas como analíticas e criativas, racionais, emocionais e intuitivas, desde que estas combinações te impulsionem na dança da jornada rumo ao seu sucesso.

E lembre-se: O sucesso não é um destino, mas uma jornada vívida e realista da vida.

Compartilha comigo ideias e reflexões sobre o que especulamos neste artigo?

E bora especular mais temas desta coluna (conheça) e provocar novas ideias?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como fazer planejamento para que suas ideias possam se tornar realidade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um forte abraço e até a próxima!

Bruno Tsai
http://www.btperformance.com.br/

Confira também: A Importância da Visão Clara dos Objetivos

 

Bruno Tsai Author
Fundador da BT Performance, com mais de 10 anos de experiência empreendedora.Especializado em coaching executivo e análise comportamental, com a certificação de formação pela Sociedade Brasileira de Coaching e pela TTI Success Insights International. MBA em gestão de negócios pela USP e certificado em Programação Neurolinguística pela American Board of Neuro-linguistic Programming.Meu trabalho é ajudar pessoas e empresas a desbloquear todo o seu potencial. O diferencial do que faço está em traduzir e sistematizar o potencial nato e específico de cada indivíduo e organização, para maximizar produtividade e gerar o seu merecido valor.
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