Autoconhecimento: A Importância da Consciência da Sua Obra
“Não há despertar de consciência sem dor.”
Carl Jung – “Contribution To Analytical Psychology” (1928)
“Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz,
mas sim por tornar consciente a escuridão.”
Carl Jung – “Alchemical Studies” (1968)
Helena Blavatsky1 nos ensina que:
“O potencial da humanidade é infinito e todo ser tem uma contribuição a fazer por um mundo mais grandioso. Estamos todos juntos nele. Somos UM.”
Nos últimos anos, e principalmente no período pandêmico – a necessidade de buscar algo maior e transcendente bateu forte na porta da existência. Além de todas as questões de saúde – que abalam as bases da perenidade – não faltaram abalos financeiros e econômicos – que colocaram em xeque os objetivos de vida. A vida materialista que para muitos, ainda é a vida pela qual se interessam.
“O homem faz de si a imagem dos seus sonhos” (Helena Blavastsky)
A partir destes eventos a emergência por respostas, a busca de um propósito, para o caminho individual e coletivo se transforma em verdadeira obsessão.
No entanto, a Consciência, Propósito, ou como queiram chamar o descortinamento dos objetivos humanos na Terra – sempre estiveram presentes na nossa vida – todos os dias.
Do ponto de vista das habilidades – todos conhecemos aquilo que fazemos e que não tem nenhum grau de dificuldade – aprendemos rápido, temos conhecimento intuitivo do assunto –– conhecimento inato. Pouco esforço para atingir resultados.
Também sabemos de forma clara o que nos é mais difícil de aprender – algumas vezes nem em toda a vida de estudos conseguimos alcançar, de fato, naturalidade sobre a matéria.
“Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos. É justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis.” (Lucio Annaeus Sêneca – Filósofo 4 a.C. – 65 d.C.)
No campo da Moral – quem nunca ouviu: “Não faça aos outros o que não deseja para você” – tão simples e tão profunda – independentemente de crenças, nível cultural e social, decerto todos sabem o que significa.
Ainda temos no contexto pessoal e individual:
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo, porque se o que procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum.”2
Interessante que todos os caminhos nos levam sempre ao ponto do autoconhecimento sem ele não é possível saber ao menos o que não se deseja ver, viver, buscar.
O silêncio e a capacidade do não julgamento – não compartilhado com outra pessoa – apenas o ser e o seu âmago – passando “a limpo” as suas experiências: a capacidade de viver o mesmo repetidas vezes em lugares, cores, idades e com pessoas diferentes sem nunca se dar conta da motivação, por exemplo.
Tenho certeza que nenhum ser humano, sai da cama para “errar” – não importando o que vai fazer.
Claramente muitos não conseguem saber o que buscam, o que temem, o que não querem, o que vivem – principalmente, porque as coisas se repetem – se contentam em atingir o que esperam dele, sem sequer questionar por que querem.
Pronto – chegamos ao ponto da nossa desesperada busca – repentinamente acordados por tambores do silêncio imposto – precisamos saber o que fazemos aqui.
Viver – sem medo, sem julgamento, conscientes do que estamos fazendo, sem censuras prévias, sem automatismo existencial. Sem vaidades mortais, sem egoísmo, afinal não vivemos em cavernas no meio do nada e todos dependemos de todos. Todos juntos somos UM.
Me parece um conjunto bem grande de objetivos claros.
Trocamos, o todo tempo, o conjunto do conhecimento pelo conjunto em que baseamos nossa existência: as coisas que possuímos e pudemos exibir por aí.
Não precisamos ser especiais para entender que as vestes de Sócrates, Platão, Helena Blavatsky – só para citar alguns – não são lembradas nos vastos ensinamentos deixados por eles.
Necessário o trabalho para garantir o alimento, as vestes que protegem do sol inclemente e do frio – um teto para o sono em segurança. Mas dedicar uma vida toda a apenas estas demandas físicas – não parece um desperdício?
Ou será que esta constatação é suficiente para perceber que a maioria das pessoas, na verdade, quando buscam todos os recursos para descortinar a Consciência e obter autoconhecimento – têm em mente apenas a possibilidade de obter mais ganhos que o vizinho? Será que querem apenas respostas para: como ser rico? Como ter poder?
A Consciência alargada, o autoconhecimento – são a Obra que viemos realizar.
As coisas grandiosas que buscamos comprar apenas informa o quanto distantes estamos da Obra que viemos realizar.
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Sandra Moraes
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[1] Helena Petrovna Blavatsky, 12-08-1831 em Ekaterinoslav, (atualmente Dnipro, Ucrânia), e faleceu 08-05-1891 em Londres. Uma das fundadoras da Sociedade Teosófica, filósofa – Principais obras: “Ísis Sem Véu” (Ísis Revelada): 1877-1878; A Doutrina Secreta” 1888-1890; A Voz do Silêncio”: 1889; “A Chave para a Teosofia” 1889
[2] Frase inscrita à entrada do Santuário de Delfos , na Grécia antiga, e difundida por Sócrates.
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