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O Futuro do Presente: A Importância de Equilibrar Nossas Atitudes em Relação ao Futuro

O futuro é uma fonte constante de fascínio e ansiedade, mas é importante equilibrar nossas atitudes em relação a ele, olhando para o passado e o presente para tomar melhores decisões.

O Futuro do Presente: A Importância de Equilibrar Nossas Atitudes em Relação ao Futuro

O Futuro do Presente: A Importância de Equilibrar Nossas Atitudes em Relação ao Futuro

Em meio a uma guerra, imagine ter uma filha capaz de prever o futuro? Dá pra imaginar que seria uma garantia certa de vitória, mas não foi o que aconteceu em uma das guerras mais famosas da antiguidade (ou da literatura?).

Cassandra era filha do rei Príamo, de Troia, e da rainha Hécuba, mas foi amaldiçoada pelo deus Apolo: ele deu a ela o dom da previsão do futuro, mas a maldição de nunca ser acreditada por ninguém. Assim, Cassandra previu a queda iminente da cidade, advertindo sobre a invasão grega e o perigo representado pelo Cavalo de Troia.

No entanto, os troianos não acreditaram nela e, como resultado, a cidade foi conquistada pelos gregos, levando à sua destruição. Daí vem a chamada “Síndrome de Cassandra”, não reconhecida oficialmente como uma condição médica ou psicológica, mas frequentemente usada de forma coloquial para descrever situações em que uma pessoa tenta alertar sobre um perigo iminente, uma crise ou um problema futuro, mas não é levada a sério.

Em um mundo em constante evolução, o futuro sempre foi uma fonte constante de fascínio e ansiedade para muitas pessoas. Nesse mundo do nosso presente, onde as mudanças se acumulam em espaços pequenos de tempo, isso ficou mais acentuado.

O que o amanhã nos reserva? Como será nosso destino? Essas são perguntas que permeiam nossos pensamentos e a curiosidade que faz parte da natureza humana nos leva a buscar respostas.

No entanto, uma pesquisa da Universidade de Granada revelou um fenômeno intrigante: grande parte das pessoas prefere não conhecer o futuro, mesmo quando se trata de eventos positivos, como o sexo de um bebê ou o que ganharão de presente de Natal.

Mas por que tantos de nós optam por viver no presente, ignorando olhar para o futuro?

Para entender essa dinâmica, é interessante considerar a perspectiva da futurista Rosa Alegria, especialista em futurismo aplicado a empresas.

Ela compara nossa abordagem à vida com a condução de um carro em uma estrada. A metáfora é simples e poderosa: devemos olhar pelo retrovisor, ter um para-brisa limpo e manter os faróis acesos.

Olhar pelo retrovisor nos permite aprender com o passado, usar nossas experiências para tomar decisões mais informadas no presente e no futuro. O passado serve como nossa base de conhecimento, nossas lições de vida, e é uma referência valiosa para avaliar as escolhas que fazemos hoje. “Referência, jamais residência”, sempre é bom lembrar.

Manter o para-brisa limpo representa a necessidade de clareza mental para avaliar o presente, ter uma boa leitura do cenário em que estamos. Quando olhamos para o futuro, precisamos fazer isso com uma mente aberta, livre dos preconceitos e das limitações que sempre podem nos impedir de perceber as oportunidades que se apresentam. Manter nossos objetivos e metas claros é fundamental para realizar um bom planejamento.

Ter os faróis acesos é, de fato, estar com o radar sempre ligado. É a nossa capacidade de observar e pesquisar ativamente, antecipando mudanças e problemas que podem surgir à medida que avançamos. Este é o aspecto mais desafiador de navegar pelo futuro, pois é preciso manter uma atenção constante e adaptação às circunstâncias em evolução.

O exemplo da pandemia da COVID-19 é um caso perfeito dessa necessidade de olhar para o futuro para aplicar no presente.

A pandemia surgiu como uma surpresa global, pegando a todos despreparados. No entanto, aqueles que estavam atentos ao radar, observando tendências e explorando alternativas, como o home office, por exemplo, foram capazes de tomar medidas mais rápidas e eficazes para superar os impactos negativos.

A abordagem de Rosa Alegria nos lembra que o futuro nos oferece insights e possibilidades, o passado serve como uma referência valiosa, mas é no presente que tomamos decisões e agimos.

Entretanto, a pesquisa que citamos da Universidade de Granada sugere que muitos de nós têm uma relutância inata em olhar muito adiante. Isso pode sr atribuído a uma série de fatores psicológicos, como o medo do desconhecido ou a preferência por viver apenas o momento.

A síndrome de Cassandra é uma ilustração sempre presente de como a sociedade às vezes descarta ou subestima informações valiosas sobre o futuro, muitas vezes por uma combinação de negação, otimismo irrealista ou simples relutância em enfrentar uma verdade inconveniente.

Em última análise, a pesquisa da Universidade de Granada e a perspectiva de Rosa Alegria nos lembram da importância de equilibrar nossas atitudes em relação ao futuro.

Embora possamos preferir viver o presente, andamos sempre em direção ao futuro, navegando pelas estradas desconhecidas que se estendem diante de nós. O futuro fica menos incerto quando olhamos para ele mais atentamente.

E essa é uma obrigação, quando falamos do mundo corporativo. Para isso, devemos aprender a trafegar com maestria pelos três tempos da vida.

Gostou do artigo? 

Quer conversar mais sobre a importância de olhar para o futuro e equilibrar nossas atitudes em relação a ele? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Até o próximo artigo!

Marco Ornellas
https://www.ornellas.com.br/

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Marco Ornellas é Psicólogo, Master of Science in Behavior pela California American University e Mestre em Biologia-Cultural pela Universidad Mayor do Chile e Escuela Matrizstica. Pós em Neurociência e o Futuro Sustentado de Pessoas e Organizações.Consultor, Coach, Designer Organizacional, Palestrante e Facilitador de Grupos e Workshops em temas como Liderança, Complexidade, Gestão, Desenvolvimento de Equipes, Inovação e Consultor em Design da Cultura Organizacional.Autor dos Livros: DesigneRHs para um Novo Mundo, Uma nova (des)ordem organizacional e Ensaios por uma Organização Consciente.CEO da Ornellas Consulting e Ornellas Academy.
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