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Ano novo, vida nova de olhos bem abertos e corpo bem ativo

A nova vida que queremos e a que fazemos. Quanto mais sabemos da nossa finitude, quanto mais conhecemos nossos anseios, perdoamos nossos erros, comemoramos nossas conquistas, melhores somos para nós e consequentemente para o mundo.

Ano novo, vida nova de olhos bem abertos e corpo bem ativo

Ano novo, vida nova de olhos bem abertos e corpo bem ativo

A nova vida que queremos e a que fazemos.

A agenda está em branco, a mente produzindo, o corpo pronto e o coração cheio de expectativas.

Assim é o marco do início dos próximos 365 dias (agora menos…) deste ano que mal começou e já caminha a passos largos.

Será que o tempo está correndo ou nós estamos correndo nele? Contra ou a favor? A medida do tempo realmente existe?

Nele nos perdemos e nos encontramos, nos sintonizamos e alinhamos. É tudo tão relativo… Depende da fase da vida, do olhar, dos objetivos, da companhia, das chegadas e das partidas.

Desde os primórdios, ter algo a alcançar garantiu a sobrevivência do homo sapiens e, mais tarde, a evolução da espécie. Quanto precisamos evoluir para alcançarmos todos os nossos objetivos? E se houver obstáculos?

São exatamente os objetivos e obstáculos que nos movem e nos conduzem à evolução. Seja física, emocional ou espiritual.

Outro dia falei da imortalidade e questionei se seria um presente ou um fardo. Seria na verdade enfadonho pensar que teríamos todo o tempo do mundo e certamente iríamos protelar certos aprendizados e também os objetivos.

É como aquele amigo que mora na praia e quando vamos visitá-lo comentamos:

– Ah que bom deve ser morar na beira da praia e dar um mergulho no mar todos os dias.

Qual é a nossa surpresa quando ouvimos do amigo que faz meses que não vai ao mar pois exatamente por estar sempre ali ao seu alcance, que ele não tem a mesma urgência que nós que só vamos uma vez ao ano nas férias.

Meditar sobre a morte, como os budistas emanam maranasati (“lembre-se da morte”), lembrando que a morte pode ocorrer a qualquer momento é uma ferramenta de crescimento. Pensar sobre isso nos faz criar prioridades e querer manter a vida, e cuidar dela, e mais ainda, gostar desse cuidado, ou autocuidado.

Quanto mais sabemos da nossa finitude, quanto mais conhecemos nossos anseios, perdoamos nossos erros, comemoramos nossas conquistas, melhores somos para nós e consequentemente para o mundo.

Como sempre digo, autoconhecimento é poder, autoamor é cura.

Quando pensamos na dificuldade de atingir certo objetivo, primeiro sentimos o desejo e aí a dopamina se manifesta nos fazendo buscá-lo, nos frustramos inicialmente diante dos obstáculos, mas, com foco, força e fé, palavras óbvias e reais, seguimos em frente, caminhamos nos mesmos passos largos do primeiro dia do ano, como se fosse o último da vida, e claramente alcançamos os sonhos.

Viver nas nuvens pode parecer surreal, pois ter os pés no chão nos faz entender o caminho e traçar as estratégias.

Porém é na imensidão do céu que enxergamos infinitas possibilidades, e tratamos de não nos limitarmos, continuando então uma jornada cheia de sonhos.

Lidar com frustrações, temer os obstáculos, lembrar de traçar objetivos, concentrar-se no momento presente. Eis algumas das dificuldades reais inerentes da vida que se manifestam em sintomas de ansiedade e depressão, males do século XXI.

Estima-se (OMS) que mais de 264 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela depressão, sendo mais prevalentes em mulheres. Sabemos que antes ou a partir deste diagnóstico há uma série de outras questões envolvendo a vida social, familiar, profissional e sexual.

Um mercado bilionário de medicamentos é movimentado junto. Sendo então necessário um remédio para acordar, outro para dar energia, a seguir um para não surtar ao longo do dia, algum para tremores e palpitações, outro para dores e ainda um último para dormir. Entre eles um protetor do estômago pois ainda há cafés e energéticos.

Vejo isso todos os dias no consultório em mulheres que chegam até mim com baixa libido seja pelo estilo de vida, por questões interpessoais, ou mesmo pelas próprias medicações.

Convido então as pacientes a refletirem sobre sonhos, desejos, anseios e medos. Peço que estabeleçam um diálogo interno, que olhem para si e se vejam de fato, se priorizem, se valorizem e vivam.

Situações desafiadoras sempre existirão, o que diferencia é a forma de olhar para elas e atravessá-las, afinal, no final, a alegria da vitória é indescritível. É preciso estar consciente para senti-la (da dor ao prazer). Os famosos altos e baixos. As idas e vindas.

Os erros e acertos. A inconstância que nos faz vivos, o desejo que nos move e a certeza da finitude que nos motiva.

Sigamos então nestes mais de 300 dias que restam deste ano, dos mais de 50 anos que restam desta vida nova (longevidade hoje estimada entre 90 a 100 anos) de olhos bem abertos e corpo bem ativo para que possamos desfrutar das mais belas paisagens desta viagem intensa e inusitada cheia de surpresas, que é viver.

Lembrando sempre de hidratar-se bem, dormir o suficiente, nutrir-se de forma especial e amar incondicionalmente, a si e ao próximo, como aprendemos um dia e ainda esquecemos às vezes.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como encarar o novo ano com uma vida nova? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Prazer, Clarissa!

Clarissa Marini
https://www.instagram.com/clamarini/

Confira também: O Segredo da Longevidade: Aproveite a Vida seja lá a sua idade!

 

Clarissa Marini é ginecologista, sexóloga e escritora. Especialista em Uroginecologia e Reposição Hormonal. Autora de Poetizando o Sexo e Inenarrável. É mãe, poeta e amante da vida. Formada há 17 anos, escuta e ausculta almas e corações de suas pacientes.
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