Climatério: Que fase é essa na vida da mulher?
Mulheres estão condicionadas a regras e classificações desde cedo, ou melhor desde sempre.
Por séculos foram perseguidas, queimadas, torturadas e mortas, taxadas de bruxas e excluídas.
E quem eram essas mulheres? Eram seres humanos, que sabiam do seu poder. Tinham consciência corporal, entendiam de seus corpos, sabiam o que queriam e como se sentiam e dominavam reinos e reis. Eram então muito perigosas. Ameaçadoras.
Mulheres que seduziam e se divertiam.
Dois séculos de perseguições coincidiram com a chegada do capitalismo e da instituição do lar ideal com uma mulher ideal, domesticada, servente, dócil e assexual.
Essa mulher que seria então uma esposa perfeita voltada para o lar e os desejos do marido.
Vamos à realidade de fato.
Homens e mulheres compõem a sociedade, ambos com sua importância e papel e não subestimados, sua contribuição igualitária e diferente em vários aspectos. Hormônios, construção social, religião e sociedade influenciam nas diferenças e até distanciam.
Nascer mulher. Não é fácil nem belo em muitas sociedades.
E na nossa, é um árduo trabalho se encaixar em um padrão surreal de beleza simplesmente inalcançável e inutilmente desejado. Mulheres se machucam, se mutilam, se desmerecem em busca de um padrão perfeito que não existe, e aliás que muda de tempos em tempos.
E no climatério esta busca se torna ainda mais exigente.
Mulheres aos 40, com colágeno a menos e sabedoria a mais. Com disposição que falta e autoconhecimento que sobra. O climatério é uma fase que está antes da menopausa (que habitualmente acontece aos 50 anos) e os hormônios podem começar a se alterar, junto com o humor, a paciência, a insônia, a irregularidade menstrual e a falta de libido. Mulheres lindas, jovens e inseguras.
É uma fase desafiadora, pois ainda há tabus em nossa sociedade sobre o envelhecimento da mulher. Sobre esta beleza buscada a todo custo e difícil de ser mantida. Sobre o machismo velado ou escancarado que cobra desta mulher a perfeição eterna.
Sejamos, então, seres humanos reais, mulheres de verdade, que têm seus altos e baixos, seus sorrisos e seus choros, TPMs, dificuldades, conquistas e novos desafios. Mulheres que buscam, não desistem e se admiram. É assim que deve ser. Sororidade. Entendimento da outra. Empatia. Reconhecimento.
Nós mulheres precisamos reconhecer umas às outras. É sobre amor ao próximo e a si mesma.
Homens e mulheres sempre serão diferentes e nem por isso devem brigar.
Mulheres precisam se aceitar. E se a sociedade não se modificar, cabe a nós um posicionamento autêntico. Cada um vive e sabe a delícia de ser o que é. A dor também.
Sigamos então dores e amores, crescimento e sabedoria. Aprendizado e paciência.
Entendimento e amizade.
Como sempre digo, Autoconhecimento é pode, autoamor é cura.
Quanto mais aprendemos sobre nós mais sabemos do mundo.
E quanto mais perdoamos nossas supostas imperfeições mais aceitamos nossas verdades.
Ser real pode doer. Mas ver nossas verdades é libertador.
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Quer saber mais sobre o climatério, a fase que antecede a menopausa? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Prazer, Clarissa!
Clarissa Marini
https://www.instagram.com/clamarini/
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