fbpx

Por que você diz SIM quando quer dizer NÃO?

Por que você aceita o que não quer? Se você é uma pessoa permissiva com certeza está se sentindo esgotado, cheio de tarefas e prazos para cumprir, sem tempo para cuidar de si mesmo, de seus desejos e necessidades. Como aprender a dizer NÃO?

Por que você diz SIM quando quer dizer NÃO?

Por que você diz SIM quando quer dizer NÃO?

Se você é uma pessoa permissiva, tanto na vida pessoal como na profissional, com certeza está se sentindo esgotado, cheio de tarefas e prazos para cumprir, sem nenhum tempo para cuidar de si mesmo, de seus desejos e necessidades. É assim que se sente?

Dizer Sim parece ser a segunda natureza de muitas pessoas. Às vezes começa de forma sutil, atendendo a um pedido aqui, outro ali, até que a sobrecarga ultrapassa todos os limites. Outras vezes é um comportamento que vem desde a infância, quando surge a necessidade de querer agradar para ser valorizado. De qualquer forma, é extremamente prejudicial.

Reconhecer os sinais de sua permissividade é o começo de uma mudança que pode fazer toda a diferença.

O mais importante é entender que negar não é sinal de egoísmo, nem demonstra incompetência ou falta de boa vontade: trata-se apenas de traçar limites claros sobre o que você pode – ou deve – fazer ou não, para preservar sua identidade, saúde e bem-estar. Ultrapassar esses limites pode sinalizar permissividade.

Mas por que você aceita o que não quer?

Na vida profissional dizer “sim” para tudo é um reflexo da cultura da produtividade que determina o valor da pessoa pelo volume de entregas, nem sempre pela qualidade. De um lado, a impressão de que atender a todas as necessidades e demandas que surgem pode resultar em reconhecimento de capacidades. De outro, pessoas abusivas e folgadas que se aproveitam da boa vontade de quem não consegue dizer “não”.

No meu trabalho como Coach vejo os dois lados com clareza. As pessoas que se aproveitam, nem sempre superiores, não só acham que estão dando oportunidades para os outros, mas ainda se ressentem quando há um arremedo de negativa. As pessoas que aceitam fazer qualquer coisa muito além de sua responsabilidade, vivem sobrecarregadas, exaustas, e ainda se culpam por não darem conta de todas as tarefas.

Carregar um fardo que não é seu é, literalmente, muito pesado, além de sujeitar-se à falta de respeito.

Dizer não para outras pessoas não é fácil. Mas é possível quando você se conhece e sabe exatamente o que quer, quais são seus valores e suas prioridades, tanto profissionais como pessoais. Em outras palavras, é dizer sim para si mesmo. Não é falta de educação, nem egoísmo, nem excesso de individualismo: é autoestima.

Por que a permissividade é negativa?

As queixas e situações abaixo são trazidas por meus clientes de Coaching há anos e representam o universo de quem diz sim a tudo, principalmente após a pandemia com o aumento da cobrança de produtividade sobre todos.

  • Sobrecarga de trabalho – por mais que se esforce a pessoa não consegue dar conta de todas as demandas e acaba se perdendo sem conseguir gerenciar seu tempo;
  • Exaustão constante – o cansaço não é só físico pelo excesso de horas dedicadas ao trabalho, às vezes perdendo horas de sono, mas também mental, pela pressão;
  • Sentimentos contraditórios de ressentimento – ao não dar conta de todos os compromissos, a pessoa fica dividida entre negar ou aceitar o outro;
  • Sensação de culpa o tempo todo – não conseguir entregar o que foi pedido se reflete em um sentimento de culpa constante;
  • Hábito de se desculpar – quando assume a responsabilidade a pessoa pede desculpa a todos, o tempo todo, ainda que esteja 100% certa;
  • Percepção de incompetência – a pessoa permissiva não vê que está sobrecarregada com tarefas que não são suas e sente-se incompetente quando não as executa;
  • Falta de tempo para o autocuidado – ao trabalhar o tempo todo é claro que não sobra espaço para autocuidado, diversão, momentos para relaxar.

Todas essas atitudes e sentimentos levam a um mesmo lugar: baixa autoestima e diminuição da autoconfiança, o que culmina com ansiedade, pânico, depressão – ou seja, se reflete na saúde mental e física.

Posicionamento, o primeiro passo para mudar

Posicionamento, você sabe, é a maneira como uma pessoa (ou produto) é percebida pelo outro (ou pelos consumidores) em relação às suas características, crenças, valores, comportamentos, habilidades. Em outras palavras, como ela se diferencia?

A base do posicionamento pessoal está no autoconhecimento. Quanto mais se conhecer, maior será sua autenticidade, mais se diferenciará e terá coerência e consistência em suas opiniões e ações.

Uma pessoa que tem posicionamento e segurança sobre ele, sabe se comunicar com clareza, articulando suas opiniões e atitudes de forma clara e convincente.

Portanto, sabe quando dizer Não.

Estratégias para dizer Não de maneira eficaz

Quero lançar aqui um desafio: pense em suas atitudes em relação à permissividade e levante fatos que a comprovem; reflita sobre si mesmo, suas características, valores, crenças, capacidades; coloque como meta agir, pelo menos uma única vez, dizendo não a alguma demanda que não seja de sua responsabilidade, nem de seu desejo.

Lembre-se de que uma meta deve ser específica; possível de mensurar o resultado; atingível (ou seja, não coloque como primeira experiência dizer não ao presidente da empresa!); ser relevante para você, e ter um prazo para ser realizada.

Aqui vai a munição para você treinar e ser objetivo para cumprir o desafio:

1. Conheça suas prioridades

Comprometa-se apenas com as que estão alinhadas com seus objetivos e valores;

2. Aprenda a priorizar

Nem tudo merece a mesma atenção ou prioridade. Antes de dizer sim, avalie a importância em relação aos seus próprios desejos e objetivos;

3. Defina limites claros

Conheça seus próprios limites identificando as atividades que são importantes para você para definir onde usar seu tempo e energia;

4. Treine comunicação assertiva

Use linguagem clara e objetiva evitando justificativas em excesso para dizer não de forma direta e firme, com respeito e empatia;

5. Pratique dizer não sem culpa

Entenda que dizer não faz parte da vida, que não precisa se culpar ou se desculpar ao defender seus limites. Treine com as pequenas coisas e vá aumentando o desafio;

6. Pense em alternativas

Tenha soluções para apresentar à pessoa ao dizer não como, por exemplo, sugerir outra pessoa para ajudar ou oferecer-se em outro momento;

7. Tenha algumas frases prontas

Elas sempre ajudam para que você diga não sem ofender a pessoa que está solicitando. Exemplos: “Gostaria muito de ajudar, mas no momento não consigo”; “No momento não posso, mas indico alguém que pode”; “Sinto muito, mas preciso focar no projeto que estou tocando”; “Não posso sair hoje, mas quem sabe marcamos outro dia?”

Em última instância pense: o que pode acontecer se disser não? Quais poderão ser as consequências? Você é capaz de manter-se firme em sua posição? O que poderia acontecer de pior? O que poderia acontecer de bom?

Concluindo, dizer não quando necessário e sim quando quiser / puder, é uma maneira de desenvolver uma mentalidade de empoderamento reconhecendo seu próprio valor, dignidade e querer.

Você só terá esse poder sobre si ao aceitar seus limites, valorizar o autocuidado, reconhecer seu próprio valor, desenvolver a autoconfiança e focar em seu crescimento pessoal.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre a importância de aprender a dizer não? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.

Isabel C Franchon
https://www.q3agencia.com.br

Confira também: Você não dá conta de suas tarefas? 10 Dicas para Mudar Isso Hoje!

 

Isabel C Franchon, Coach desde 2008, atua com o Desenvolvimento Profissional e Pessoal voltados para a Carreira, Competências, Liderança, Comunicação Interpessoal, Compliance & Ética e Coaching de Times. Facilita Workshops, Treinamentos e Oficinas em empresas de médio/grande porte através de empresa própria e em parceria com Consultorias de DH. Graduada em Jornalismo, tem MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores, pela FGV; Pós-graduação em Transdisciplinaridade em Saúde, Educação e Liderança, pela Universidade Holística Internacional; Especialização em Marketing pela MM School; Formação em Compliance Anticorrupção, pela LEC; Especialização em Metodologia QEMP para empreendedores, pela Clinton Education. Fez formação em Master, Executive, Leader & Business Coach, pelo Behavioral Institute. Certificada em Positive Coaching Com Robert Dilts e Richard Moss. É membro do International Coaching Council (ICC) desde 2008.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa