Medo, Raiva e Cobiça: O que esses três aspectos dizem sobre a psiquê humana?
Medo, Raiva e Cobiça são inatos e existenciais do ser humano. Esses aspectos estão presentes em nossa vida e precisamos olhar com muita verdade e profundidade para eles.
O medo é regido pela percepção distorcida de separatividade.
Este conceito afasta a humano da sua verdadeira essência, e assim passa a viver no mundo da ilusão, chamado pelos hindus de Maya. A partir desse conceito vamos entendendo parte dos sofrimentos humanos causados por essa ilusão o que torna para muitos a importância de Ter e não Ser.
O medo nos afasta de sermos nós mesmos. O tempo todo nossa mente é bombardeada com anúncios, propagandas, opiniões diversas que nos faz tomar decisões bem como fazer escolhas sobre algo que nós nem mesmo sabemos o porquê. São poucas as coisas de que realmente gostamos muito e que tem a ver conosco.
No geral, somos induzidos por algo ou alguém ou gostos coletivos. Em algum momento é necessário que possamos parar e refletir se as coisas das quais gostamos são, de fato, escolhidas com base em um autoconhecimento profundo e não baseado em carências.
O medo está muito ligado com carências, e que se queremos evoluir e nos desenvolver como indivíduos pensantes e não pensados devemos avaliar estas carências: medo de não ser aceito, de não pertencer, de perder status, de não ser amado. Quanto mais distantes estamos da nossa essência, mais medo sentiremos.
A Raiva nasce do medo.
Um indivíduo raivoso em geral é alguém muito medroso. Medo de não ser quem de fato gostaria de ser. Vive em prol de identificação com o outro.
No desenvolvimento infantil, por volta dos três anos de idade, a criança tem a formação do seu ego e se percebe como um indivíduo, alguém separado de sua mãe. Assim, inicia um processo de identificação com os outros membros da família, adotando padrões comportamentais e formas de pensamentos como seus próprios.
E essa identificação continua vida à fora fazendo com que a pessoa vá armazenando informações recebidas do meio, especialmente juízo de valores recebidos daqueles com que mais se identifica.
Porém, o seu Eu verdadeiro sabe que todas as realidades estão contidas em seu Eu Interior. É necessário cessar a identificação externa e acessar essas realidades e verdades internas. Enquanto isso não acontece, a pessoa passa a viver de forma a expressar sua raiva como forma de manifestação do que está reprimido, do seu Eu não manifesto.
E por sua vez, muito do que aprendemos cria rigidez e inflexibilidade, fazendo com que a raiva se manifeste com mais intensidade diante daquilo que foge aos padrões aprendidos.
A raiva vem por conta de quebra de expectativa, uma idealização que nos foi traída e frustrada de um ideal que desenhamos em nossa mente.
Em geral não é necessário a violência para se chegar na expressão do seu Ser. A raiva expressada de forma não violenta cria uma grande força moral e está baseada no amor, o amor pelo bem. Somente quando permanecemos em calma podemos experimentar de forma saudável a ira.
Não significa nunca sentir raiva ou baixar a cabeça para tudo, até mesmo não se defender. Mas só podemos de fato nos defendermos quando expressamos a calma, quando podemos primeiro transformar essa raiva interna em força criativa. A raiva é representada pelo elemento fogo. O fogo pode ser extremamente transformador ou destruidor.
Pense: de que forma uso a minha raiva para me transformar e transformar o meio em que vivo?
Outra reflexão importante é: Que rastros eu tenho deixado na vida dos outros?
Perceberá se tem utilizado a raiva de forma construtiva ou destrutiva em sua vida.
Por fim, temos a Cobiça ou Ganância neste caminho da nossa existência.
Aqui não basta mais assegurar-se dos bens materiais para sobreviver, há uma falta gigantesca que leva ao ser humano querer mais e mais.
Como um buraco sem fundo que não tem fim. Um vazio arrebatador, onde a pessoa deseja ter posse sobre pessoas, situações, opiniões bem como poder. Num mundo de excessos vemos uma sociedade cada vez mais vazia e rasa.
O vazio é o reconhecimento das nossas faltas e nosso vazio determinará de que forma estamos, de fato, direcionando nossos desejos.
É importante que a pessoa tome consciência de suas carências afetivas. A ganância é filha da carência afetiva.
É preciso mudar o padrão de consciência, o problema é que procuramos solução com a mesma consciência que gerou o problema.
Olhe para dentro, serão as suas emoções que o guiarão na jornada de autoconhecimento.
E o que acabei de descrever aqui, está contido dentro de uma sabedoria milenar indiana chamado Maha Lila. Maha – Grande / Lila – Brincadeira. A grande brincadeira divina. É um tabuleiro com conhecimentos védicos ricos. Estamos aqui num grande jogo chamado Vida com seu ciclo de nascimentos e morte. Entre esses dois existe um espaço chamado vida, a qual estamos aqui para uma jornada de aperfeiçoamento e sermos humanos reais.
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Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre medo, raiva, cobiça e a relação desses aspectos com a psiquê humana? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Boas reflexões e até o próximo artigo!
Lisa Nunes
Psicóloga, Coach e Mentora
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lisanunes@personalmind.com.br
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