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Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso?

Descubra como talento, técnica e sorte se entrelaçam no mundo moderno para alcançar o sucesso profissional. Abandone a crença em habilidades inatas e domine a arte de aprender, desaprender e se adaptar às novas tecnologias.

Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso?

Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso?

Olá.

Curioso como no mundo real, algumas expressões acabam crescendo a tal ponto que viram sinônimos delas mesmas. Veja, meu querido leitor a expressão “talento”. Há muitas décadas, o talento é entendido como um conjunto de habilidades inatas ao indivíduo, podendo ser consideradas quase como um dom divino.

Veja como aquele indivíduo é talentoso para…

Por ser algo que nascia com o indivíduo, seu desenvolvimento era quase que artesanal. Uma habilidade única e não replicável, o que tornava sua aplicação no ambiente corporativo moderno, ao mesmo tempo um objeto de desejo e um enorme problema. Desejado, pois uma vez que era único e não replicável era também confundido como um elemento de vantagem sobre a concorrência. Ter na equipe uma pessoa de talento diferenciado, era uma das formas mais efetivas de manter a tal da vantagem competitiva. Gerando inclusive uma atividade estratégica e muito bem remunerada que eram os “caça talentos”.

Mas, assim como isso era uma vantagem, pelo ponto de vista da administração dos negócios isso se tornava um grande problema, pois as pessoas de talento eram muito boas no que faziam, mas não necessariamente muito boas em replicar o que faziam, criando assim uma dependência da organização para com o indivíduo e uma limitação de crescimento para equipes e para o próprio negócio.

Com base nesta dificuldade, o conceito de talento evolui para uma composição de dois elementos: Resultado e Potencial.

Isso já falando da década de 1990. Agora, não mais se tratava de uma habilidade inata mas sim, do produto de duas variáveis conhecidas. Se a pessoa apresentava potencial pra crescimento – de acordo com os conceitos da organização – e ao mesmo tempo apresentava resultados sustentáveis. Esta pessoa era considerada como um talento para ser desenvolvido. A coisa era mais ou menos assim:

  • Alto potencial e altos resultados – Potencial. Vamos investir e desafiar;
  • Alto potencial e baixos resultados – Promessa. Vamos desafiar e monitorar para ver onde chega;
  • Baixo potencial e altos resultados – Mão de obra qualificada. Vamos reter, aprimorando tecnicamente;
  • Baixo potencial e baixos resultados – Erro. Vamos rever nosso modelo de contratação.

Este conceito permaneceu até o início da segunda década do século XXI, quando a harmonia entre as operações e as tecnologias avançou a níveis até então inéditos. As habilidades o potencial e os relutados passaram – na maioria dos casos – a depender não mais de talentos individuais mas sim da técnica aplicada no uso de novas tecnologias.

Aqui estamos falando da capacidade de aprender e desaprender.

Usar conceitos como IA generativa e “machine learning”. Presença virtual e trabalho em equipes autogerenciáveis e acima de tudo, a capacidade de interagir com os negócios da organização de acordo com processos, plataformas eletrônicas e uma nova relação pessoa-máquina.

A técnica, que até então era sinônimo de base da pirâmide organizacional, lembra que dividíamos o mundo em camadas: Técnico ou operacional, tático e estratégico? Pois bem, isso mudou em 180° e agora mesmo as camadas mais estratégicas da organização utilizam a técnica para a melhoria da sua tomada de decisão. Quanto mais técnicos, mais eficientes.

Você que leu até aqui, deve estar pensando: O que isso tem a ver com comportamentos?

Tudo. A técnica é aplicada através do comportamento.

Quando paramos de pensar como artesões talentosos no dia a dia e passamos a trabalhar como engenheiros técnicos em nossas decisões, criamos um organização passível de resultados sustentáveis, explicáveis, replicáveis e seguimos formando novas gerações de pessoas de ala performance. Não se trata mais de habilidades inatas mas sim, de m conjunto de fatores intelectuais, práticos e relacionais que são de grande valor para as organizações.

Parafraseando a célebre frase de Jack Welch, agora a técnica come o talento no café da manhã!

OK, mas o que a sorte tem a ver com tudo isso?

Sem sorte a gente nem levanta da cama.

Sorte ainda é uma variável holística e importante o processo. Todavia, meu querido leitor, não acredito em sorte por acaso. Ela ainda é uma resposta aos nossos comportamentos:

  • Puxa que sorte te encontrar aqui! – Se eu não tivesse a atitude de ir, não encontraria ninguém.
  • Fulano teve sorte no processo seletivo! – Sem preparação, nem o processo estaria acessível.
  • Ah! Foi sorte dele estarem contratando neste momento! – Sem visibilidade, ninguém o encontraria.

Enfim, assim como superamos as fases pré-industriais, industriais, tecnológicas, de conteúdo e etc. Agora, mais do que nunca, o talento está sendo substituído pela técnica, que depende do comportamento e por uma boa dose de sorte, construída com atitudes.

Pense nisso!

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como desenvolver suas habilidades técnicas e comportamentais para alcançar o sucesso profissional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Até a próxima!

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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