8 Dicas de Modelagem para Construir Histórias de Sucesso
Olá!
Modelar artefatos é uma das atividades mais antigas da humanidade, sendo também o primeiro sinal de inteligência que percebemos em qualquer espécie. Moldar ou modelar é uma ação ligada à palavra modelo. Esta, por sua vez, deriva do italiano modello, pelo latim vulgar modellum, forma diminutiva de modus, com o sentido de “medida que não se poder ultrapassar”. Enfim, este artigo não é para falar de etimologia, mas sim do objetivo de se modelar alguma coisa.
De maneira coloquial, quando necessitamos de algo e este algo ainda não existe, precisamos criá-lo. A criação depende do uso dos materiais que dispomos, como no caso da argila, que é abundante, fácil de manusear e muito, muito agradável. Com a argila, podemos criar vasilhames para conter líquidos e alimentos, podemos criar superfícies para simplificar o nosso caminhar, podemos ainda criar elementos de contenção como jarras e potes com propriedades térmicas.
Quem nunca tomou água de filtro de barro, daqueles do interior?
Enfim, quando necessitamos de alguma coisa ainda inexistente, produzimos a partir de algo que conhecemos e dominamos. Curiosamente, a modelagem é uma invasão. Sim, meu querido leitor. Quando modelamos algo, estamos transformando algo que é, até então, natural, que teve sua forma definida por efeitos de ambiente, às vezes coordenados, às vezes nem tanto, e atuamos sobre este elemento adicionando partes e removendo partes.
Modelar é, portanto, o ato de aumentar o que está pequeno e insuficiente, ao mesmo tempo em que recortamos e retiramos algo que é grande e inadequado. Tudo isso buscando atender a uma necessidade específica nossa ou de um grupo, como no caso de utensílios como potes, panelas e afins.
Muitas vezes, a modelagem requer um equilíbrio entre o fino acabamento dos detalhes e a força bruta para a eliminação de pontos de fragilidade da massa, como bolhas de ar, trincas, infiltrações e até mesmo impurezas que não são visíveis a olho nu. Quando a peça fica visivelmente pronta, descobrimos que não tratamos com profundidade os dramas e limitações internas da matéria-prima, causando problemas no processo de finalização e, até mesmo, depois deste, gerando quebras, inadequação, retrabalho e prejuízo.
Falando em acabamento, não basta pegar a matéria-prima, bater, alisar, remover o excesso e adicionar o que falta. Para que o artefato fique funcional e atenda ao que se espera dele, é preciso um processo calmo e, às vezes, demorado de maturação. Uma peça recém-modelada é frágil, sem estrutura, e pode desmoronar se não for conduzida com cautela.
Após sua formatação adequada, de acordo com seu tamanho, formato e pretensão de uso, é preciso esperar que a umidade adquirida no processo de modelagem evapore, secando a peça exposta ao ambiente. Este ambiente nem de longe é o ambiente final da peça. Veja, por exemplo, uma assadeira: ela seca ao ambiente, mas jamais sairia do processo de modelagem direto para o forno com alimentos dentro. O processo de preparação envolve tempo, observação e, até mesmo, eventuais correções na modelagem para que, quando necessário, o artefato possa resistir ao ambiente para o qual foi moldado.
Quando o modelador percebe que a peça ou artefato está em condições, então chega o momento mais importante: a queima.
O processo de queima pode ser feito em uma ou duas passadas, de acordo com a forma e função do artefato. Neste processo, encaminha-se a peça a fornos com temperatura acima de mil graus centígrados para que sua estrutura se cristalize.
Neste processo violento, em todos os sentidos, a pele adquire suas cores finais, assim como seu formato. Em alguns casos, a densidade do material chega a reduzir em 30%, tornando-se mais forte e resistente com a mesma matéria-prima.
Infelizmente, uma pequena parcela de artefatos que não passaram por todas as fases de modelagem de maneira adequada, quando submetidas ao stress do ambiente real e transformacional do forno, se partem. Ou por falha na modelagem, onde o modelador foi otimista e desinformado, ou por fissuras internas que não apareceram na fase de modelagem.
Algumas peças ainda se quebram, pois, quando o modelador precisou usar de força nas fases iniciais, recuou e preferiu tratar a peça com mais cuidado do que com a necessária preparação.
Todavia, uma grande parte dos artefatos vence o processo de prova e stress, emergindo do forno com suas cores renovadas, com sua estrutura reforçada e totalmente em condições de cumprir a função para a qual foi pensada, tratada e modelada. Cumprindo sua função no universo que é ser útil. Sendo reconhecida, até em alguns casos, como obras de arte. E, quem sabe, criando seu legado para serem, sem dúvida, estudadas no futuro por pesquisadores. Modelar é construir histórias de sucesso.
Este artigo não trata de artesanato em argila!
Pense nisso!
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Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
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