Na mesma linha de pesquisa do artigo anterior, eu fui buscar respostas para a seguinte pergunta: Como se pode descrever a interpretação para o “sucesso” em uma intervenção pessoal entre quem fez (ou faz) e quem nunca fez (e não faz) o processo de Coaching? A intervenção pessoal a que nos referimos pode ser treinamento, mentoria, terapia, PNL como exemplos de várias outras formas. A comparação acima citada teve foco apenas em detectar a existência (ou não) de diferenças de conceito para “sucesso”.
E aí, está curioso para conhecer os resultados? O estudo gerou uma oportunidade ímpar de análise pela possibilidade de comparar as respostas de 208 pessoas que nunca tiveram contato com o Coaching com as de 223 que informaram sobre a sua experiência e deram a visão que têm para o “sucesso”. Essa amostra foi constituída apenas por pessoas de graduação superior ou pós-graduação e os adequados testes estatísticos validaram os resultados.
Utilizando da análise léxica, as 223 respostas dadas por quem vivenciou (ou vivencia) o Coaching geraram 1347 palavras, com 5439 incidências (4 incidências por palavra). Ao final da eliminação criteriosa de palavras sem sentido para a pesquisa e do reagrupamento necessário, restaram 32 palavras e 749 incidências afins ao interesse do estudo. Quanto ao grupo de 208 respostas de quem nunca vivenciou a experiência do Coaching, tivemos 842 palavras com 3186 incidências (3,8 incidências por palavra). Com o mesmo critério de eliminação e de reagrupamento, chegou-se a 25 palavras com 554 incidências.
Apenas por esses números, depreende-se da análise léxica que o grupo que vivenciou o Coaching é mais abrangente na geração de palavras que descrevem a interpretação para o “sucesso”. Note-se que, em ambos os grupos, as médias de incidências por palavra sejam muito próximas (23,4 incidências para quem vivenciou o Coaching e 22,2 para quem não vivenciou o processo). Uma forma gráfica para comparar os dados resultantes do estudo está no uso de nuvens de palavras.
Estatisticamente, pode-se mostrar que há um grau moderado de correlação entre os resultados, o que não surpreende, pois existe um núcleo comum de identificação de sucesso (metas, resultados, objetivos, etc) e um núcleo diferenciado, este sim que nos interessa entender. Conclui-se haver evidências de que as duas séries mostram-se diferentes, ou seja, este pesquisador interpreta que a conceituação de “sucesso” em uma intervenção difere entre um coachee e quem nunca foi coachee. Depois, se na nuvem de termos deixarmos de lado a palavra “sucesso”, percebe-se no grupo Coaching uma referência forte à ideia de haver um processo envolvido, o que não ocorre no grupo Não-Coaching.
E mais, a diferença visual fundamental está na significativa presença de palavras relacionadas com o autoganho, no grupo Coaching, sendo a mais marcante mudanças. Portanto, se você quiser entender de forma simples o que vai acontecer ao participar de um processo de Coaching, aí está uma boa resposta: Mudança como indicadora de “sucesso”. E eu posso garantir, será sempre para uma existência melhor!
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