No artigo passado tratamos de um artigo publicado por dois médicos americanos, Robert Brooks e Sam Goldstein, com título provocativo: O Poder de mudar a sua vida! Ali se tratava da questão da resiliência e eu até sugeri que o Coach usasse das questões-chave apresentadas para acompanhar como seu Coachee toma decisões diante de adversidades, bem como enfrenta as crenças limitantes. Então, apresentamos as três primeiras orientações daqueles autores e, hoje, completaremos com outras sete.
A quarta questão-chave está na capacidade de se comunicar. Ainda que isso seja sempre fundamental, tudo começa pela capacidade de ser um ouvinte ativo, de tentar entender o que o outro está expressando e de ter respeito mesmo nas divergências de opinião. Quanto mais conseguirmos aprender e expressar nossos sentimentos, pensamentos e crenças, tanto mais capacidade de resiliência se construirá. A quinta questão-chave está em aceitar-se como é e aos outros como são. Para ser resiliente, deve-se ter expectativas e metas realistas, reconhecer os pontos fortes, bem como vulnerabilidades, e levar uma vida autêntica e equilibrada, de acordo com valores e princípios. Quem consegue aceitar a si mesmo estará em posição de remover obstáculos. E saberá aceitar os outros como eles são de verdade!
Agora, o sexto ponto-chave. Mais do que relacionamentos, desenvolva conexões com as pessoas e pratique a empatia. É impossível ser flexível sem nutrir conexões com outras pessoas, sejam elas de ideais, de fé, filosóficas ou outras. E a nossa resistência às adversidades será reforçada ao servirmos como fonte de apoio para os outros. Um dos pilares da resiliência é estar conectado e ajudar os outros, fornecendo sentido às nossas vidas. Não sejamos isolados ou egoístas, olhemos o mundo à nossa volta. O sétimo ponto é aprender a lidar com os erros. Quando você cometer um erro, o que você diz a si mesmo? Pessoas resilientes consideram os erros como experiências de aprendizado e crescimento. Os não resilientes se sentem derrotados e acabam culpando os outros, recusando-se a tentar novas ações. Observe o que você diz para si mesmo quando comete um erro e veja em que pode ter que mudar.
O oitavo ponto-chave é aprender a lidar com o sucesso e a construir suas ilhas de competência. Assim como nós compreendemos e respondemos às contrariedades, faz parte de nossas vidas a maneira como reagimos aos sucessos. Pense em como você entende suas realizações, pois os resilientes são capazes de reconhecer como seus próprios recursos e forças contribuíram, sem minimizar a ajuda de outros. Em contraste, as pessoas que não são resilientes tendem a atribuir o sucesso a fatores fora de seu controle, como sorte ou acaso. Quanto aos resilientes, eles não negam suas vulnerabilidades e são capazes de identificar seus pontos fortes (as chamadas “ilhas de competência”). Você desenvolve os pontos fortes?
A nona questão-chave está em desenvolver continuamente a autodisciplina e o autocontrole, algo que tem papel significativo nas nossas vidas. Quando pensamos antes de agir, quando consideramos os sentimentos dos outros, quando refletimos sobre como encarar problemas, quando nos comportamos de forma racional e elegante, estamos nos tornando o solucionador de problemas pró-ativo, pensando em caminhos alternativos antes de agir, acreditando que todo problema tem solução possível. E por fim, o décimo quesito não poderia ser outro: manter um estilo de ser resiliente dá trabalho e requer muito esforço pessoal. O caminho para a atitude resiliente não é simples, nem direto. Há obstáculos e desvios que interferem para você chegar ao destino. No entanto, quanto mais você estiver preparado e se conhecer melhor, mais será capazes de pensar, sentir e agir na forma correta e na hora certa. Boa sorte!
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