Uma Reflexão sobre as Olímpiadas e Paraolimpíadas
Determinação, Resiliência e Investimento
É curioso, mas nas Olímpiada de 2024 (Paris) tivemos majoritariamente a presença feminina, com 55% dos atletas sendo mulheres.
Esse aumento na participação feminina é resultado de uma estratégia clara do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e das federações esportivas, focada em promover maior inclusão e investimento nas atletas mulheres desde os Jogos de 2016. As atletas femininas têm demonstrado um desempenho superior e gerado, sem dúvida, um impacto positivo nas novas gerações. Essa atenção gera um ciclo virtuoso: mais reconhecimento atrai mais jovens interessadas em se tornarem atletas profissionais.
Além disso, o Brasil tem desenvolvido estruturas específicas de suporte para as atletas mulheres, incluindo programas de bolsas e financiamento voltados para a melhoria do desempenho feminino com maior resiliência (inclusive com apoio emocional às atletas).
Algumas destas atletas garantiram a maior parte das medalhas brasileiras. Rebeca Andrade, por exemplo, conquistou quatro medalhas e se tornou a maior medalhista olímpica da história do Brasil. Ana Patrícia e Duda garantiram o ouro no vôlei de praia, fato que não ocorria desde Atlanta 1996. Beatriz Ferreira conquistou o ouro na categoria +78kg e ajudou a equipe mista a garantir uma inédita medalha de prata.
Em contrapartida, a competitividade internacional, solidificada nas equipes masculinas, foram barreiras tanto para a qualificação de equipes (veja futebol masculino), como também na alta competitividade durante as Olímpiadas. Isso tudo exigirá um novo olhar estratégico e desenvolvimento da resiliência dos atletas, para a próxima temporada de 2028.
Por outro lado, assistimos um desenvolvimento de alta performance nas equipes Paralímpicas, e isso se deve a alguns fatores sobre os quais devemos refletir.
O Brasil tem investido de forma crescente no desporto paralímpico ao longo dos últimos anos. A criação de estruturas especializadas, como o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro em São Paulo, que é uma referência mundial, tem proporcionado condições de treino de alta qualidade. Além disso, há programas de apoio governamentais e privados que se focam no desenvolvimento dos atletas com deficiência.
Os atletas paralímpicos brasileiros têm mostrado uma dedicação e resiliência extraordinárias, superando desafios físicos e sociais. Essa perseverança reflete-se nas suas performances. Atletas como Daniel Dias (natação) e Petrúcio Ferreira (atletismo) tornaram-se verdadeiros ícones internacionais, inspirando futuras gerações e elevando o nível do desporto paralímpico no Brasil.
O sucesso nas Paraolimpíadas também reflete uma crescente cultura de inclusão no Brasil.
Nos últimos anos, têm sido feitas campanhas para aumentar a consciencialização e inclusão das pessoas com deficiência no desporto e na sociedade em geral. Esse ambiente de incentivo permite que os atletas tenham mais oportunidades de competir e se destacar.
Desde os Jogos Paralímpicos de Londres 2012, o Brasil tem conseguido manter-se entre os 10 primeiros países no quadro de medalhas, o que demonstra um crescimento contínuo. Esse histórico de sucesso contínuo criou uma base sólida para a obtenção de mais medalhas em eventos futuros, como nas Paraolimpíadas de 2024.
Esses fatores combinados mostram por que o Brasil, em muitos casos, teve maior sucesso nas Paraolimpíadas do que nas Olimpíadas, refletindo a força, determinação e o apoio que os atletas paralímpicos têm recebido.
Isso nos mostra que a necessidade da melhoria constante dos atletas na preparação física e mental de todos os atletas é fundamental, com maior exposição e pressão por resultados, com desenvolvimento de infraestruturas e recursos para esse fim. A competitividade global é crescente e uma mentoria que seja um ciclo de inspiração e motivação é fundamental. Desenvolver a resiliência dos atletas em todos os sentidos é a chave para o sucesso.
A verdade “é que nada do que foi será” e esses fatores combinados fazem com que a determinação nas Olimpíadas continue a aumentar a cada ciclo, e possam refletir o espírito de superação e excelência dos atletas de alta performance.
O fato é que todos os atletas que participaram das Olímpiadas e Paraolimpíadas, com ou sem medalha, merecem nossos aplausos e apreço, afinal fazem parte da elite esportiva internacional.
Imagino que é uma experiência única, com muita dedicação e horas de sono e de convívio social e familiar abdicadas.
Em 2028, em Los Angeles, podemos esperar uma infraestrutura de primeira linha, muita tecnologia e inovação, ações de sustentabilidade, inclusão e diversidade ainda maior, possivelmente novas modalidades esportivas, bem como um crescimento ainda maior da competitividade global.
Desejo que nossos atletas tenham apoio necessário e possam enfrentar esse novo desafio, com mais investimento, determinação e resiliência.
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Quer saber mais sobre como a determinação e resiliência influenciam o sucesso dos atletas e como isso pode inspirar a sua vida? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre isso!
Até lá!
Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
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