Fico muito feliz quando apresento temas que despertam o interesse dos leitores, isso demonstrado pelas estatísticas de acesso e manifestações de agrado. Afinal, é uma forma de incentivo ao grande esforço de encontrar assuntos bem atuais e na fronteira dos conhecimentos que unem a teoria e a prática. Hoje, vamos abordar um trabalho muito recente, retirado de Coaching: An International Journal of Theory, Research and Practice. A pesquisa é da responsabilidade de duas autoras: Jacqueline Peters and Catherine Carr.
A motivação delas ao estudo foi terem constatado que o Coaching de equipes (Team Coaching) é uma ferramenta cada vez mais popular para melhorar a eficácia da equipe dentro das organizações. Essa afirmação não chega a surpreender, já que o trabalho baseado em equipe mostra-se extremamente presente nas empresas de todo o porte. Segundo o estudo realizado por elas, 82% das empresas pesquisadas indicaram que seus funcionários trabalham em equipes.
Então, qual foi a contribuição científica que as autoras quiseram dar ao Coaching?
Jacqueline Peters e Catherine Carr desenvolveram uma extensa revisão de qual tem sido a eficácia da utilização do Coaching de equipes. De forma geral, os estudiosos concordam com o conceito central de que essa intervenção deve promover a eficácia e o melhor desempenho, contribuir para a equipe ter mais produtividade, identificar estratégias para as pessoas melhor abordarem o trabalho em grupo e, ainda, alinhar características e habilidades individuais dos membros da equipe.
Mas as autoras vão além ao terem identificado práticas que merecem uma especial atenção dos Coaches. Em primeiro lugar, ele deve ajudar os líderes a serem mais estratégicos e propositivos ao comporem a equipe, de forma a terem bons resultados desde o começo dos trabalhos do grupo. Depois, as sessões de Coaching podem ser programadas para atender às necessidades específicas que se apresentam no cotidiano.
Em outras palavras, o Coach deve estar preparado a aplicar uma dinâmica que privilegie o trabalho motivacional, desenvolver uma ação consultiva quando a equipe está em meio a um grande desafio na organização e, ainda, utilizar as ferramentas de Coaching para reforçar os aspectos de reflexão, aprendizagem e retenção pelos membros da equipe.
Em terceiro lugar, os Coaches devem ter a capacidade de apoiar os membros da equipe no desenvolvimento de suas próprias habilidades em ferramentas de Coaching e feedback, o que lhes permitirá construir uma comunicação mais produtiva dentro da equipe. Isso não significa transformar todos os membros da equipe em Coaches, mas sim em dar a cada um a competência de saber perguntar, responder, refletir e harmonizar-se com os outros membros e, ainda, dar informações de retorno aos colegas sobre suas próprias percepções dos resultados alcançados.
E você, que faz parte de uma equipe, trabalha em uma área de RH ou desenvolve a utilização do Coaching com equipes: gostou dessa pesquisa? Vamos pensar a respeito e aplicar no dia-a-dia?
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