Seja Gentil com Você e com os Outros – em família ou no trabalho
Tive a oportunidade de ver um vídeo que circula nas redes do ator Tony Ramos, que declara em uma entrevista no programa Persona em Foco, em 2016, da TV Cultura, que “Ser gentil não é ser frágil”. No meio profissional, ele é reconhecido e celebrado por ser uma pessoa gentil e sensível. Ele acredita que a civilidade e a cordialidade devem fazer parte do nosso dia a dia, tanto em palavras como em atos.
Afirma em outra oportunidade, que quando sente que pode perder a cabeça, conta até 1.000 ou 1005… (confira aqui)
Diante de várias situações que presenciamos no cotidiano ou nos meios de comunicação, percebemos que as pessoas estão cada vez mais intolerantes e impacientes. Seja nas filas, no trânsito, no trabalho, nos relacionamentos, nas escolas, em casa, ou seja, parece que a gentileza é algo que está em desuso.
O que percebemos é que o estresse e as pressões diárias derivadas da vida moderna — excesso de trabalho e responsabilidades, falta de tempo — diminuem a paciência das pessoas, que procuram encurtar os caminhos para atingir os seus objetivos, deixando de lado algumas atitudes de civilidade.
As redes sociais, com internet em alta velocidade, fazem com que se esperem respostas rápidas, o que pode reduzir a tolerância quando algo nos atrapalha, não sai como esperado ou demora.
Além disso, criaram espaços onde as pessoas expressam suas opiniões, podendo se iniciar discussões polarizadas (crenças políticas, religiosas, de gênero…), onde se quer ter razão, independentemente de entender a opinião do outro e suas perspectivas diferentes.
Outro aspecto das redes sociais e da globalização é a quantidade esmagadora de informações muito rápidas às quais estamos expostos, o que pode causar uma exaustão mental e reduzir nossa capacidade de agir de forma calma e tolerante diante das adversidades.
O isolamento durante a pandemia também afetou o comportamento das pessoas, tornando-as mais irritadiças e impacientes, prontas para a defesa e o ataque.
A falta de paciência e tolerância pode impactar diretamente as relações pessoais e profissionais, o que nos exige desenvolver a leitura empática como ferramenta para ter mais compreensão e tolerância entre as pessoas.
Podemos entender que a aceleração do ritmo de vida, o aumento do estresse, a distância e as dificuldades de lidar com o emocional, a polarização de ideias, a falta de tempo para uma conversa amigável com reflexões, além das necessidades sociais, onde se espera uma validação dos nossos comportamentos online, pedem um novo olhar para que se encurtem os caminhos para uma convivência menos competitiva e mais empática.
Tony Ramos, na mesma entrevista, afirma que “a gentileza não sai de moda” e que existem formas de praticá-la.
Apesar das mudanças sociais, culturais e tecnológicas que enfrentamos, a gentileza mantém-se como uma qualidade essencial e atemporal. Esta afirmação reforça que, independentemente do tempo ou das circunstâncias, no âmago social, ser gentil continua a ser valorizado e apreciado.
A gentileza pode ser cultivada com esforço consciente.
Pequenos gestos diários, como um sorriso, uma palavra de incentivo ou um ato de ajuda, podem fazer uma grande diferença. Ser gentil não exige muito e tem um impacto positivo tanto na pessoa que oferece quanto na que recebe.
Ser gentil não só melhora a convivência entre as pessoas como também tem efeitos positivos para quem pratica. A ciência mostra que atos de gentileza podem aumentar o bem-estar emocional, além de reduzir o estresse e fortalecer os laços sociais.
No fundo, todos desejam ser tratados com respeito e empatia. A gentileza cria pontes entre as pessoas e promove assim um ambiente de compreensão e solidariedade.
Os pequenos gestos de bondade podem ter um impacto significativo e duradouro na vida de alguém. Uma palavra amável, uma ajuda inesperada ou um ato generoso ficam, sem dúvida, na memória das pessoas.
Estudos mostram que praticar a gentileza beneficia quem a oferece tanto quanto quem a recebe, estimulando a produção de hormônios do bem-estar, como a ocitocina, que promove sentimentos de felicidade.
A gentileza é contagiante. Ao ser gentil, criamos um exemplo que pode inspirar outras pessoas a fazer o mesmo, gerando uma cadeia de ações positivas.
Apesar de vivermos tempos desafiantes, a gentileza continua a ser uma forma poderosa de transformar o ambiente ao nosso redor. Como Tony Ramos sabiamente disse, a gentileza nunca sai de moda — e é sempre um valor relevante, independentemente da época.
Outro fator que pode nos afastar dessa prática é a depressão e a ansiedade, que são um mal da modernidade que vivemos. Por isso, ao perceber que está seguindo esse descaminho, seja gentil consigo e busque um acolhimento profissional.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como a prática da gentileza pode impactar positivamente suas relações, especialmente em momentos de estresse? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre isso!
Até lá!
Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
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