Situationship e Seus Impactos na Vida Profissional da Geração Z
Esta postagem foi resultado de um trabalho feito com um monte de algoritmos. O mote inicial estava em uma reportagem publicada no site da BBC (acesse aqui a reportagem completa) com o título “Situationship: o que significa o tipo de relacionamento abraçado pela geração Z”. Ato contínuo, eu me perguntei: até onde será que essa tendência de como conduzir seus relacionamentos pessoais trará, aos jovens da geração Z, impactos na vida profissional também. É evidente que a prática do Situationship não é exclusiva dessa geração citada, mas é ali que está a “onda mais forte”.
Para resumir, Situationship é o nome dado a uma abordagem pragmática sobre amor e sexo e, por isso, os jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e o início dos anos 2010 não priorizam compromissos românticos da mesma forma que as gerações anteriores. Mas isso não quer dizer que eles tenham desinteresse em romance e relacionamentos íntimos. Na verdade, eles estão descobrindo novas formas de satisfazer seus desejos e necessidades como um caminho que se encaixe melhor nas suas vidas, uma área cinzenta entre a amizade e o relacionamento amoroso. O termo Situationship começou a ganhar força após a pandemia de 2020, até atingir recorde de pesquisas mais recentes no Google.
Decidi realizar uma pesquisa usando o ChatGPT, conjugando práticas, tendências e aquilo que os futurólogos projetam. Fiz uma releitura do que foi gerado pela plataforma, construindo um texto mais próximo do meu entendimento. E o que está postado a seguir poderá despertar vários tipos de emoções, mas acreditem que, por mais fortes que elas sejam, será difícil barrar essa onda em que os jovens buscam “estar em uma situação sem qualquer compromisso ou expectativa de futuro”. Além do site da BBC, foram fontes dois relatórios de grande reputação: Deloitte: “Hey bosses: Here’s what Gen Z actually wants at work”; Stanford Report: “8 ways Gen Z will change the workforce”.
Para abordar como a Geração Z está transformando relacionamentos e expectativas de carreira, precisamos considerar mudanças fundamentais no comportamento e nos valores dessa turma, como o desejo por autenticidade e liberdade no ambiente de trabalho e, essencialmente, na vida pessoal. Seu desenvolvimento está sendo moldado por uma era digital intensa e, como resultado, surgiram novas perspectivas sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, bem como sobre os planos de carreira.
Em termos profissionais, um dos aspectos centrais da Geração Z é a busca por propósito. Enquanto gerações anteriores se concentraram em estabilidade financeira e crescimento linear, esses jovens valorizam trabalhos que reflitam seus valores e interesses pessoais, preferindo empresas que promovam diversidade, inclusão e responsabilidade social. Nos relacionamentos, essa geração também tende a priorizar a individualidade e o bem-estar pessoal. Em vez de manter um casamento ou relacionamento de longo prazo, com sacrifício próprio, eles buscam uma conexão mais igualitária, com foco na compatibilidade emocional e no respeito mútuo.
A vida pessoal e a profissional estão mais interligadas para eles, e isso se reflete em como desejam ser vistos e tratados no ambiente de trabalho: como seres humanos complexos, com vidas além das funções profissionais. A Geração Z cresceu em um ambiente de rápidas transformações tecnológicas e crises econômicas, o que gerou uma visão pragmática e cética sobre o trabalho tradicional. Eles tendem a ver o seu trabalho de maneira mais flexível e não estão dispostos a sacrificar sua saúde mental e emocional em busca de uma carreira tradicional.
No entanto, isso não significa falta de ambição: eles querem crescimento, mas esperam que as empresas ofereçam planos de carreira menos rígidos, onde possam desenvolver várias habilidades e se movimentar entre diferentes funções ou áreas, ganhando experiências diversificadas. Para os gestores, lidar com a Geração Z requer um novo modelo de liderança, mais colaborativo e menos hierárquico. A insistência dessa geração em feedback contínuo e seu desejo por reconhecimento rápido criam desafios para gestores acostumados a uma progressão mais lenta e formal.
Empresas precisarão adaptar suas estruturas para permitir que essa geração sinta que pode crescer sem precisar abandonar o emprego a cada novo desafio. Além disso, a Geração Z tende a rejeitar a ideia de “viver para trabalhar”. Ao invés disso, trabalham para ter uma vida satisfatória e equilibrada. Esse valor pressiona empresas a adotarem políticas mais flexíveis, como home office, semanas de trabalho reduzidas e horários de trabalho mais adaptáveis. Esses jovens também se preocupam em prestigiar ambientes que respeitem suas identidades, o que tem levado empresas a revisarem políticas de diversidade, equidade e inclusão.
Estudiosos do assunto acreditam que a Geração Z, com seu enfoque em autenticidade e flexibilidade, poderá impulsionar o surgimento de novos modelos de trabalho e organização. Em vez de carreiras fixas, o conceito de “carreiras em portfólio” deverá ganhar força, permitindo que profissionais naveguem entre empregos, projetos como freelancers e outros empreendimentos sem estarem limitados a uma única função ou única empresa.
A tendência de rejeitar o modelo tradicional de casamento ou relacionamento, por sua vez, pode se refletir em uma sociedade que valoriza conexões mais abertas e honestas, permitindo que a Geração Z redefina o que significa estar em um relacionamento de longo prazo. Esse novo conceito de relação, focado na autonomia e no apoio mútuo, tem o potencial de reduzir o estresse associado a pressões sociais e permitir uma rede de suporte mais ampla e flexível.
Esses jovens são motivados por causas sociais e ambientais, e esperam que seus empregadores compartilhem desses valores e mantenham uma postura transparente e autêntica. A falta de alinhamento em questões de propósito e impacto social pode levar essa geração a buscar oportunidades que sejam mais coerentes com suas crenças e valores. Eles são menos propensos a aceitar autoridade baseada apenas em idade ou posição; ao invés disso, valorizam a experiência prática e preferem modelos de liderança rotativa e colaborativa, nos quais qualquer pessoa no grupo pode assumir a liderança dependendo do contexto.
Isso representa uma transição marcante para as empresas, que agora precisam considerar abordagens de liderança mais flexíveis para atender às expectativas dos jovens colaboradores, como aponta um relatório da Stanford University. Outro ponto essencial é a importância que a Geração Z atribui à saúde mental e ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ao contrário das gerações anteriores, que muitas vezes percebem o trabalho como parte central da identidade, essa geração deseja separar o trabalho do seu bem-estar pessoal.
Segundo a consultoria Deloitte, muitos desses jovens sentem que falta empatia por parte de seus supervisores e acreditam que o apoio à saúde mental ainda é insuficiente. A flexibilidade na forma de se relacionar, tanto pessoalmente quanto profissionalmente, tem impacto direto no desenvolvimento de uma carreira.
A Deloitte aponta que a Geração Z não se apega à ideia de lealdade corporativa; devido a crises financeiras, como a de 2008, e ao crescimento do trabalho freelancer, esses jovens já não esperam permanência longa em uma única organização. Isso exige que empresas adaptem suas estratégias de retenção, buscando alinhar seus valores aos dos jovens e oferecendo oportunidades para desenvolvimento pessoal e profissional.
As mudanças trazidas pela Geração Z nas áreas de trabalho e relacionamentos refletem uma adaptação ao contexto digital e a um ambiente de crises múltiplas. Com isso, eles trazem ao mundo corporativo e aos relacionamentos uma busca por autenticidade, equilíbrio e flexibilidade, que deve reconfigurar estruturas e valores sociais de forma significativa. Empresas que reconhecem e se adaptam a essas demandas da Geração Z poderão atrair e reter talentos, enquanto aquelas que resistirem a essas mudanças poderão enfrentar dificuldades para manter sua relevância e competitividade no mercado.
De acordo com a BBC, essa geração Z está menos preocupada com definições de papéis e mais interessada em manter conexões significativas, porém sem compromissos rígidos, o que reflete seu desejo de experimentação e liberdade em múltiplos aspectos da vida. No trabalho, o conceito de Situationship traduz-se em uma preferência por trajetórias de carreira não-lineares e pelo desenvolvimento de experiências diversas que podem complementar suas identidades e interesses. Essa postura menos convencional e mais pragmática desafia as práticas tradicionais de crescimento hierárquico e compromissos de longo prazo.
Os jovens da Geração Z tendem a querer papéis que evoluam com suas expectativas e que ofereçam mobilidade. Empresas que conseguirem captar e respeitar essa visão inovadora dos relacionamentos terão maior facilidade em atrair e reter talentos dessa geração, criando ambientes onde a autenticidade, o bem-estar e a adaptabilidade estão no centro das relações profissionais e pessoais.
Eu sou Mario Divo e você me encontra pela rede social ou pelo site mariodivo.com.br. Até a próxima postagem!
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Até nossa próxima postagem!
Mario Divo
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