Compartilho uma experiência que tive com alunos do ensino superior. Ela foi vivenciada durante uma disciplina que tem entre os seus objetivos: a criatividade e a inovação durante o desenvolvimento de software.
Cada aluno foi convidado a trazer um prato de comida para compartilhar com a turma durante os intervalos. O prato deveria ser – necessariamente – feito com a família e, se possível, próximo às pessoas com mais idade.
A participação do aluno era voluntária. Nesta oportunidade eles se organizaram e todos participaram. Em algumas aulas tínhamos até três pratos à turma. Era um grande encontro!
O aluno tinha que: apresentar o prato, dizer como ele foi feito e comentar a sua colaboração para que ficasse pronto. Era possível perceber a emoção no olhar dele e o respeito da turma via o silêncio oferecido: ouvindo aquela narrativa repleta de detalhes e envolvimentos com cada um que participara daquele contexto familiar.
Para conciliar a disciplina a esta situação: foi pedido para que o aluno procura-se conhecer as necessidades de softwares – e de outras tecnologias – junto ao viver familiar. Elas foram categorizadas e trouxeram aprendizados por competências aos respectivos desenvolvimentos.
Foram alguns exemplos de softwares construídos: controle de finanças pessoais, alertas via celular para localizar objetos pessoais perdidos, comunicações entre grupos familiares que motivassem encontros e troca de serviços/objetos.
A alegria e as histórias contadas foram lindas. Não apenas dos alunos que estiveram ali na frente, como também, dos relatos trazidos por eles a respeito das reaproximações com avós, pais e irmãos que há muito não conversavam.
A relação professor-aluno foi construída e mantida. Os conteúdos lecionados conciliaram-se à experiência vivida.
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