Na última postagem do mês de julho, eu retomei o tema das competências que devem ser priorizadas por qualquer profissional que se anuncie ao mercado como Coach. Naqueles comentários, busquei resumir os compromissos de competência e de relacionamento fundamentais na agenda de um Coach Executivo, divididos em quatro áreas de conhecimento: “Psicologia”, “Business”, “Organização” e “Coaching”, sendo certo que ninguém consegue ser igualmente preparado e eficaz em todas elas.
Hoje eu quero me referir, especificamente, à competência em Coaching, que muitos estudiosos dividem nas seguintes fases: (a) a construção e a manutenção de relacionamentos; (b) as negociações até a contratação; (c) a avaliação do perfil e de contextos relacionados ao cliente; (d) planejamento do processo a ser desenvolvido; (d) a facilitação e estímulo às mudanças esperadas pelo cliente; (e) complemento do processo e transição para sustentabilidade futura. Muito bem, entender isso é simples, mas que habilidades e atributos o Coach deve desenvolver para dar conta desses desafios?
Ter a competência de “fazer acontecer” de forma efetiva essa sequência de fases resumidas no parágrafo anterior será o cartão de visitas do profissional melhor avaliado pelos clientes. Para melhor entender esse ponto, sete estudiosos conduziram uma pesquisa (Susan Ennis, Robert Goodman, William Hodgetts, James M. Hunt, Richard Mansfield, Judy Otto and Lew Stern – The Core Competencies of the Executive Coach – 2005) e concluíram como sendo nove as categorias de atributos fundamentais ao Coach: (1) maturidade e autoconfiança; (2) capacidade de transmitir energia positiva; (3) a assertividade; (4) a sensibilidade interpessoal; (5) a abertura ao diálogo e flexibilidade; (6) a orientação ao objetivo do cliente; (7) a capacidade de se mostrar parceiro e ser respeitado; (8) a capacidade de aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal; e (9) a integridade pessoal.
Pois bem, os pesquisadores ainda detalharam o que seriam os aspectos básicos e aqueles mais avançados para cada um desses atributos do Coach ideal (como as palavras mesmas já informam, o básico todo Coach deve apresentar; o avançado gera diferenciação e qualificação superior). E quero deixar aqui meu desafio a cada leitor: Faça uma reflexão pessoal de como está a sua realidade quanto aos atributos citados. Faça a sua própria Roda de Atributos (como associação com a já conhecida Roda da Vida, que se tornou instrumento muito comum na prática do Coaching) e converse honesta e abertamente com o seu “eu interior”. Faça consigo o que costuma orientar como prática aos clientes.
A partir da semana que vem, eu apresentarei uma série de três postagens detalhando o que são as componentes básicas e as avançadas de cada um dos atributos (três atributos por postagem). Será então uma boa ocasião para você comparar com suas próprias conclusões e decidir quais os melhores caminhos para você avançar nessa atividade profissional cuja missão é contribuir com as pessoas a ampliarem seu potencial no trabalho e na vida pessoal. Portanto, mãos à obra!
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