Em nossas postagens anteriores citamos quatro áreas de conhecimento necessárias ao desenvolvimento profissional do Coach: “Psicologia”, “Business”, “Organização” e “Coaching”, sendo que para esta última os especialistas apontam nove atributos fundamentais. No primeiro de três artigos tratamos dos atributos maturidade e autoconfiança, capacidade de transmitir energia positiva, e a assertividade. Na 2ª postagem da série, vimos sensibilidade interpessoal, abertura ao diálogo e flexibilidade, e a orientação ao objetivo do cliente.
Hoje, vamos tratar dos últimos três atributos, que são: capacidade de se mostrar parceiro e ser respeitado; a capacidade de aprendizagem contínua e o desenvolvimento pessoal e, ainda; a integridade pessoal. Certamente, poderíamos avançar em debates sobre quais são os atributos com mais relevância para o Coach que se dedica a atender com prioridade no ambiente dos negócios e profissões ou para aquele que atende com foco em áreas de intervenção mais pessoal (Life Coaching). Daí a importância de que cada leitor faça a própria reflexão (tal qual estimula nos clientes) para identifcar seus pontos fortes e os que merecem ter mais atenção.
A capacidade de se mostrar parceiro e ser respeitado começa pelo esforço de planejamento na linguagem adequada ao perfil do cliente e ao impacto que pretende atingir. Cada pessoa tem um jeito especial de ser, conversar e reagir, o que exige ampla atenção do Coach, evitando a improvisação. O Coachee e o Coach devem formar uma parceria efetiva na abordagem das questões relevantes, sendo que este último deve estar preparado para entender e caminhar sem dificuldade no ambiente de seu cliente (seja na instituição com fins lucrativos ou não, setor público ou privado, diferentes áreas funcionais de atividade estruturada ou criativa). É fundamental o Coach ter habilidade e tácita autoridade para motivar a participação do cliente. Idealmente, deve ser percebido como tendo qualificação superior pela postura e competência em se antecipar a situações adversas (principalmente em política interna quando em um ambiente de negócios). E deve conseguir endereçar ao cliente as questões essenciais para o processo, trazendo o foco para a contínua reflexão e tomada de decisão.
É tão evidente o atributo capacidade de aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal que se poderia registrá-lo em não mais do que duas linhas. Mas não se deve pecar pela omissão em apontar questões-chave para o Coach. Já comentamos aqui sobre a necessidade de um profissional de Coaching avaliar continuamente suas lacunas de conhecimento e habilidades, bem como identificar o que pode estar prejudicando seu melhor desempenho. Uma forma de fazer isso é pela autoreflexão e outra é pelo feedback que recebe de seus clientes (a escuta ativa serve para isso também). Para demonstrar esse compromisso com a qualificação crescente, o Coach deve estar atento a oportunidades de relacionamento com pares, cursos ou pesquisas em textos e livros.
Finalmente, temos algo que deve pautar a vida de qualquer pessoa, em qualquer área de atividade, que é a integridade pessoal. No caso do Coach, isso ganha especial relevância porque ele será uma referência de expectativas, desejos e histórias de seu cliente, para que juntos possam atingir objetivos estabelecidos. A postura ética, mantendo confidencialidade, a honestidade de seu propósito, o respeito pleno ao compromisso (planos, metas e ações) assumido com o cliente, a qualidade presente em todos os momentos e em todas as etapas, e a verdade nas relações estabelecidas, tudo isso junto e em alto grau reforça o atributo para o Coach.
Amigo Coach, agora é a sua vez de refletir, pensar e ser assertivo. Faça a sua Roda de Atributos e se identifique com as descrições que foram apresentadas. Isso será extremamente útil daqui em frente. Boa sorte!
Participe da Conversa