Querido leitor, hoje compartilho com você um trecho do livro que estou lendo que se chama “O livro negro do networking de Jeffrey Gitomer”. Jeffrey comenta que a maioria das pessoas que temem contatar ou relutam em fazer contatos age assim por quatro razões: estão despreparadas, têm medo da rejeição, têm uma autoimagem limitada ou têm baixa autoestima. Considero verdadeiras as informações acima, já que nos meus atendimentos constato o quanto as pessoas têm dificuldades em relacionar-se. Vamos então entender o que está por trás de cada um dos itens citados pelo escritor:
O despreparo equivale ao nervosismo que você sente diante de um grupo, na hora de fazer uma apresentação. Ou ao frio na barriga, quando vai participar de uma reunião para qual não se preparou direito. A melhor maneira de superar essa falha é dedicar tempo e literalmente marcar compromissos consigo mesmo, para se preparar. Reserve um tempo maior do que o necessário e tente imaginar-se na situação. Em outras palavras, prepare-se para qualquer eventualidade dentro daquilo que você está tentando fazer. Por exemplo, se for fazer uma apresentação, não se contente em somente reescrever ou ensaiar as palavras. Elabore uma lista de dez ou 15 perguntas que podem ser feitas e apronte a resposta em cada uma delas.
O medo da rejeição é uma sensação comum a todos. Os homens são rejeitados mais cedo que as mulheres, principalmente porque são recusados por garotas muito antes de se tornarem adultos. A rejeição nas vendas é o maior motivo de desistência. (o segundo maior motivo: má administração.) A única maneira de superar o medo da rejeição é gozar a alegria da aceitação e preparar-se mentalmente, pensando: “Cada pessoa que me diz ‘não’ me deixa mais perto do ‘sim’.”
A autoimagem limitada é “eu não me acho digno de encontrar essa gente”. Não me sinto capaz de contatá-las do modo como elas querem ter contato comigo. Não me vejo frequentando os mesmo círculos das pessoas que quero conhecer. Não sou mesmo de nenhum clube em especial, e eles são. Não tenho um carro top de linha e eles têm. Quer saber de um segredo? As pessoas são todas iguais (praticamente iguais). A imagem que você tem de si mesmo é mental. Você a criou. Talvez ela signifique que você precise se associar a outro grupo de pessoas. Você não perdeu sua imagem de um só golpe. Também não a recuperará totalmente de um só golpe. Esse é um processo lento, que exige mudanças tanto mentais quanto ambientais. Assim que você começar a construir a própria imagem, sua autoconfiança crescerá com ela. Uma cura fácil é escrever uma coluna ou discurso e imaginar o que você sentirá depois da publicação ou após o sucesso da sua fala. Pense em como sua imagem mudará, quando as pessoas lhe agradecerem, quando o parabenizarem e quando mostrarem apreço por você. É uma grande massagem no ego.
Baixa autoestima é: “Eu não acho grande coisa. Talvez nem goste de mim mesmo”. Essa sensação em geral é decorrente de circunstâncias pelas quais você passa ao longo da vida, enquanto amadurece. Alguém lhe diz que você é estúpido ou alguém lhe diz que você é feio. E você é bobo o suficiente para acreditar neles. Seus pais, durante uma explosão emocional, podem ter dito “você nunca vai ser nada na vida”. Ou certo dia podem tê-lo desanimado de seus sonhos ou metas de conquista. A melhor resposta para essa situação é mudar seu ambiente. Encontre apoio. Ache uma torcida. Procure amigos que o amem pelo que você é, e o que estimulem a viver seus sonhos.
Mudar exige esforço e dedicação. A coragem para mudar é condição básica, já é uma qualidade autoimposta que ganha mais energia a cada vez que você a experimenta. Pense na dificuldade que é aprender a nadar. A princípio você tem medo, mas em seguida salta na piscina, agita os braços, e por fim começa a nadar. No fim do dia, ou no final da semana, está saltando do trampolim, mergulhando de cabeça naquela piscina de autoconfiança. É a mesma coisa para aprender a andar de bicicleta.
Transfira essas lições (aprender a nadar ou andar de bicicleta) para seu mundo de contatos. E comece a gerar seu próprio impulso, com braçadas e pedaladas, até o primeiro contato e o seguinte, e aí você não para mais.
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