Hoje vamos Aprender a Jogar sobre as diferentes Gerações – Diálogos e Sorrisos na Arte de se Relacionar.
O que define uma geração?
Quais as diferenças que existem entre gerações?
De que geração você faz parte?
O que se pode aprender para aprimorar a arte de se relacionar?
O conceito de geração pode ser compreendido a partir de diversas perspectivas, como as diferenças nas relações entre avós, pais e filhos ou no processo de mudança social. Portanto, o encontro entre gerações pode ocorrer entre diferentes espaços sociais, como família, trabalho ou lazer. As diferenças também podem ser percebidas em grupos de pessoas nascidas numa mesma época – que vivenciaram os mesmos acontecimentos. Por exemplo, a geração conhecida como “baby bôeres”, os filhos dos soldados do pós Segunda Guerra Mundial, que resultou no aumento significativo da natalidade naquela oportunidade. Sob essa perspectiva – o que significa pertencer a uma determinada geração em relação ao contexto histórico e social – é que iremos enfatizar nesse artigo com o objetivo de provocar uma reflexão sobre o poder do diálogo e do sorriso, na arte de se relacionar.
Pertencer a uma mesma geração significa a tendência de compartilhar certos pensamentos, emoções e comportamentos, frutos de um conjunto de experiências e situações vividas em comum, capazes de causar impacto nos membros daquela comunidade. E as marcas deixadas, são proporcionais à extensão em que as gerações são expostas a eles. Portanto, identificar as características de uma determinada geração, requer considerar o lugar que elas ocupam num contexto social e histórico, como ponto de partida, fonte de aprendizagens e oportunidades para a prática do bom relacionamento familiar, social e até mesmo profissional.
De que geração você faz parte e quais as diferenças entre gerações?
O quadro a seguir procura representar algumas características das gerações conhecidas como: tradicionais, os baby-boomers e as gerações “x”, “y” e “z”:
Tradicionais | Baby-boomer | Geração X | Geração Y | Geração Z | |
Nascimento | Até 1950 | 1951 a 1964 | 1965 a 1983 | 1984 a 1990 | A partir de 1990 |
Idade | 64 anos em diante | 50 a 63 anos | 31 a 49 anos | 24 a 30 anos | Até 23 anos |
Contexto | Filhos dos soldados do pós-guerra, resultado do aumento significativo da natalidade | Filhos do movimento hippie contra as guerras e a favor do amor. Por causa do golpe militar (64), essa geração ficou marcada no Brasil pela luta contra a ditadura e pela produção cultural de resistência à censura. | Filhos da Guerra Fria e na transição para a democracia, no Brasil. | Filhos da era digital, são ainda mais conectados que os da geração Y. Atualmente, 20% dos jovens da geração Y que trabalham nas grandes empresas brasileiras já ocupam cargos de liderança e são fundamentais para a reavaliação de práticas corporativas internas, desde métodos de avaliação até políticas de retenção de talentos. | Filhos da era da iGeneration onde todas as suas comunicações têm lugar na Internet. |
Característica | Práticos, dedicados, respeitosos a hierarquia, e com forte tendência ao sacrifício. | Otimistas, focados, sentimentos de amor/ódio perante a autoridade, adeptos ao consenso e automotivação. | Céticos, equilibrados, desinteressados diante da autoridade, competentes e com espírito de anticompromisso. | Esperançosos, decididos, cortes diante da autoridade, liderança coletiva e espírito de inclusão. | Desejo de resultados instantâneos, impacientes. |
Não existe apenas uma teoria para explicar a forma de pensar e de se comportar de uma faixa etária. Mas, seja qual for a teoria utilizada, a mera proximidade de idade não basta para considerar um grupo parte da mesma geração. É necessário identificar o conjunto de vivências históricas e valores que sob essa lógica, é possível afirmarem que estamos em um momento em que cinco gerações trabalham e convivem nas famílias, no contexto social e nas empresas, ou seja, mais de 50 anos compartilhando aspirações e contratos psicológicos diferentes.
Como convivem as gerações?
Segundo Dr. José Carlos Ferrigno, em sua tese de doutorado (USP, 2009): “o distanciamento entre as gerações é um dos fenômenos dos tempos atuais e uma de suas causas é o distanciamento afetivo”. O cantor Tom Zé é citado pelo Dr. Ferrigno na frase que diz: “há segregação porque o diferente é o que incomoda, é a incapacidade de conviver com a diversidade”.
Reconhecer as diferenças é importante para se compreender os pontos de vista e formas de enxergar o mundo, porém, o fundamental é estabelecer um propósito de entendimento diante dos relacionamentos. Em primeiro lugar, significa assumir o comando da capacidade de enfrentar esse desafio a partir de uma postura voltada à solução de problemas e, esses dois eixos de sustentação – capacidade de enfrentar desafios e resolver problemas – podem ser apoiados por uma atitude mental mais positiva diante das oportunidades que a vida nos oferece a cada instante de aprender e de ser uma pessoa melhor. Oportunidade de ampliar a perspectiva de nós mesmos, do mundo do qual fazemos parte e que representa infinitas perspectivas e possibilidades.
O conflito entre gerações deve ser trabalhado e encaminhado para uma resolução criativa, justa e através de uma educação voltada para a paz. No entanto, para a obtenção do sucesso é preciso que as partes envolvidas estejam sinceramente dispostas a encontrar uma solução, ceder ou a renunciar a uma parcela de suas reivindicações, não somente para tirar alguma vantagem de uma negociação bem sucedida, mas também pelo desejo de beneficiar o outro, além de si mesmo. Claro que a busca de acordo e estabelecimento de interesses comuns têm importância, mas é preciso que num processo de negociação, as diferenças não sejam desconsideradas e sim explicitadas para que possam ser compreendidas, trabalhadas e aceitas. É preciso que os conflitos não sejam negados, é preciso que sejam trabalhados através do diálogo construtivo.
A superação do distanciamento afetivo, portanto, depende de uma atitude que vai além da tolerância. Por isso é importante considerar estratégias de aproximação afetiva que possam resultar na formação de laços de amizade e companheirismo.
Entender as causas ou mesmo as consequências das diferenças entre gerações é rodar em círculos alimentando a situação problema. Uma postura proativa requer um propósito a ser atingido que nos tire da situação desconfortável e nos movimente em direção ao ponto desejado, como uma meta a ser atingida. A partir de então é possível partir para as alternativas ou estratégia, criando saídas ou caminhos mais inteligentes e produtivos. Costumo chamar essa técnica de “Os Sete Elementos da Excelência”:
O conflito humano tem seu lado destrutivo quando descamba para a violência, mas em seu aspecto virtuoso, traz a semente da transformação e esperança, pois o conflito pode se constituir no motor da ação humana, tendo um papel considerável no processo de transformação pessoal, familiar, social e profissional. Um dos caminhos dessa construção passa pela abertura do ouvir o que as gerações têm a nos dizer e esse exercício passa pelo diálogo e estratégia de negociação onde se podem considerar os sete elementos para sustentar a forma de pensar que leva a resultados, aprendizagens e melhoria contínua.
Apostando na força do diálogo, outro ingrediente passa a ser um aliado nesse processo – o sorriso. Recentemente tomei conhecimento de algumas pesquisas importantes a respeito do impacto de um sorriso nos relacionamentos – isso mesmo – do sorriso para quem tem como meta melhorar relacionamentos.
Segundo Dr. Dacher Keltner, professor de Psicologia da Universidade da Califórnia, “estudos realizados nas duas últimas décadas têm comprovado cientificamente que sorrir é fundamental para a nossa evolução e é um dos mais poderosos recursos do comportamento humano”. Para o Dr. João Pedro Aloise: “qualquer pessoa que já viu um bebê sorrindo sabe como o riso espontâneo ajuda a criar afinidade, estreita laços sociais e libera no cérebro substâncias químicas que produzem uma sensação de bem-estar e prazer”.
Dois tipos de sorrisos chamaram atenção nas pesquisas: aquele que representa a felicidade espontânea e o falso sorriso. O primeiro, chamado de sorriso Duchenne, leva o nome do neurologista francês do século 19, e tem como característica produzir rugas ao redor dos olhos. Os cientistas descobriram que o sorriso genuíno de Duchenne é sinal de felicidade autêntica. O falso sorriso – também chamado de “sorriso de aeromoça” – utiliza apenas um grupo de músculos próximos à boca e, em geral, é usado como forma de cortesia.
Esses estudos revelam que, enquanto certas pessoas já nascem com o tipo de temperamento que as leva ao sucesso, outras podem se tornar mais felizes e com mais capacidade de se relacionar quando aprenderem a cultivar um sorriso genuíno. Sorrir, portanto, não só ajuda a fazer amigos como também estimula a química cerebral que nos faz sentir melhor.
Diferenças de gerações… Podem ser enfrentadas com uma postura estratégica voltadas à capacidade de enfrentar desafios, resolver problemas a partir de uma atitude mental positiva, onde o diálogo é a alma do processo e o sorrir… Um aliado do coração!
Pense nisso e até nosso próximo encontro!!!
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