Para alguns o título irá soar como algo religioso ou espiritual, porém, não abordaremos temas como estes. O significado da palavra arbítrio é: juízo ou sentença de um árbitro e, portanto, quando somada à palavra “livre” se entende como “liberdade de juízo e sentença”.
Então, quer dizer que temos liberdade para juízo e sentença aos fatos que nos ocorre durante nosso dia a dia? Sim! Nenhum fato possui significado, precisamos atribuir um significado a ele, baseado em nossas experiências, vivências e crenças sobre a realidade. A sua interpretação pode ser diferente das interpretações de outras pessoas, mas o fato não: é igual para todos.
Há uma pergunta que irá ajudá-lo a identificar o fato em questão, que é: se outras pessoas estivessem em meu lugar, o que elas teriam visto ou escutado? A resposta é o fato sem significado atribuído.
Para que fique ainda mais claro, veja este exemplo: um homem cruzou os braços enquanto eu falava. Este é o fato – ou seja, o que qualquer outra pessoa teria visto se estivesse presente nesta situação. Os significados, porém, podem ser variados, como por exemplo: “o homem que me ouvia expressou indignação sobre os meus argumentos”, ou então, “o homem com quem eu falava não esteve atento ao que eu disse, pois estava de braços cruzados.” Para cada pessoa haverá uma forma de interpretar cada experiência oriunda da realidade. E já que temos a total liberdade para atribuirmos os significados que quisermos, porque não atribuir um significado mais otimista?
Mudar a forma de pensar é o que realmente pode produzir novos resultados. Experimente atribuir significados positivos ao invés de negativos, e verá que seu dia se tornará mais leve. No exemplo que destacamos acima, tínhamos a escolha de ter interpretado o fato de “cruzar os braços” como sendo “um sinal de foco no que se escuta”. O resultado desta nova interpretação poderá ser um sentimento de empolgação enquanto fala, ao invés de um sentimento de decepção.
Para que fique clara a mudança de pensamento pessimista para otimista, no livro “Felicidade Autêntica” de Martin Seligman, o autor define de forma clara e concisa a diferença entre essas duas formas de interpretar a realidade: “Os otimistas tendem a considerar seus problemas passageiros, controláveis e específicos de uma determinada situação. Os pessimistas, ao contrário, acreditam que seus problemas vão durar para sempre, vão afetar tudo o que fazem e são incontroláveis”.
Portanto, a valiosa dica que damos a você hoje é: reescreva os acontecimentos que te incomodam considerando, primeiramente, os fatos e busque interpretá-los de forma mais positiva. Esta pequena mudança irá fortalecer seus recursos intelectuais, físicos e sociais para lhe ajudar em oportunidades ou ameaças que a vida apresentar. Também irá te deixar mais aberto às pessoas, dando mais chances para a amizade e o amor se consolidarem e tornará sua mente mais expansiva, tolerante e criativa.
Antes que você se questione: “preciso ser irrealista para viver bem?” Absolutamente não! Você tem, a todo o momento, a escolha de olhar o copo meio cheio, ao invés de meio vazio. Experimente esta mudança e nos conte como foi viver desta forma!
Forte abraço!
Guilherme Ferreira e Fernando Bueno.
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