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Construindo o tempo futuro

Não fomos educados para ter mentes ecologicamente corretas. Erramos pela falta deste pensamento e por não buscarmos uma rotina de ações sustentáveis que nos apresente um mundo melhor para o futuro.

Não é necessário ser um grande ambientalista para ser um funcionário ecologicamente criativo: Saborear um cafezinho em uma xícara de louça em lugar de copos plásticos; colaborar com um ambiente humano em função da qualidade de vida das pessoas dentro da organização; praticar e fomentar a coleta seletiva, tudo isto contribui significativamente para o crescimento do ser humano, porém é necessário que as empresas cumpram o seu papel no que diz respeito ao conforto ambiental e o estímulo para que estas práticas tornem-se um hábito. É nesse sentido, que aparecem vários departamentos das empresas tais como RH, Marketing e outros, desempenhando um fundamental papel de conscientização de seu pessoal. Cabe aos gestores, trazer para dentro das organizações estratégias de como evitar uma série de comportamentos que venham prejudicar esse ambiente.

Não fomos educados para ter mentes ecologicamente corretas. Vivemos em um País de abundâncias que nos transmite a falsa sensação de eterna fartura, afinal nossa história começa com a afirmação de Caminha que “Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”. Não estamos nos dando conta de que já não existem as quatro estações do ano, que a água para consumo humano já nos começa a faltar, que mal conhecemos nosso vizinho de trabalho e que não nos sentimos coproprietários de nosso ambiente profissional e não nos preocupamos com o mundo ao nosso redor. Erramos pela falta de pensamento ecológico e por não buscarmos uma rotina de ações sustentáveis que nos apresente um mundo melhor para o futuro.

O cenário que queremos para um futuro próximo começa a ser pintado já nos dias de hoje e sua composição passa por ações imediatas na família, na escola e nas organizações. Ações isoladas são ineficazes.  É necessário que todos os segmentos da sociedade organizada contribuam para o objetivo final a fim de que o pensamento ecológico e sustentável esteja presente no agir natural do ser humano.

Parece-nos mais difícil de agir nas empresas, pois não conseguimos, ainda, entender que neste quesito funcionário e empresa têm que somar esforços. Dissociados não chegaremos a lugar algum. Da parte do funcionário a dificuldade está em que ele entenda que faz parte do processo produtivo e que com suas ações poderá colaborar para o sucesso ou não das ações tomadas por sua empregadora. Da parte da empresa ainda está distante a quebra de paradigmas, onde ainda não se consegue colocar no mesmo cesto lucro e ações sustentáveis, bem estar social e rentabilidade, crescimento sustentável com disciplina e ordem.

O mundo atual está sendo dirigido pela ação do TER quando o ideal seria que mudássemos para o SER. Agindo sob os modelos do TER, estamos rapidamente exaurindo nossas reservas para num futuro próximo começarmos um processo de autocanibalismo. Pelo que vislumbramos de futuro já se torna perigoso praticar o ganho – perdes. Só mudaremos o eixo de nossa história, com a visão de SER quando todos praticarem o jogo do ganho-ganhas, e para que isto seja possível é extremamente importante que empresas, funcionários e a sociedade como um todo tenham a visão de corrigir o rumo da humanidade e mudar o sentido da história.

Sozinhos, pouco podemos fazer, mas o pensamento ecológico visando uma sustentabilidade da raça humana poderemos incutir em nós mesmos, sem ajuda de ninguém.

Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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