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Desperdício feminino

Mulheres questionam fortemente o modelo atual nas empresas. Para a mulher ascender na carreira, ela precisa agir de maneira muito masculina, abrindo mão de outros papéis, e se dedicar à sua performance.

Vejo a tendência de mulheres questionarem fortemente a continuidade na vida executiva da maneira como ela está, hoje, estruturada nas organizações. São mulheres inteligentíssimas, com sólida formação acadêmica e bem-sucedidas em suas áreas de atuação, porém em um momento especial da vida, a maternidade, e esse fato tem gerado fortes reflexões sobre a continuidade da carreira nesses moldes.

Essas mulheres não pensam em parar de trabalhar, até por que a satisfação da conquista e autonomia financeira lhes são muito gratificantes também. A verdade é que o movimento é muito mais pela busca do equilíbrio do que pelo abandono de um papel em detrimento do outro.

O mundo precisa de mães presentes e, culturalmente, são elas quem cuidam da família inteira, dos filhos, do marido e dos pais. Isso causa uma enorme sobrecarga, mas o fato parece não ser levado em consideração ou é visto de canto de olho pelas organizações. Para a mulher ascender na carreira, ela precisa agir de maneira muito masculina, abrindo mão de outros papéis, e se dedicar só à performance profissional. Isso não é mais suficiente.

Há empresas que conseguem flexibilizar os horários de trabalho, permitindo que as mães possam levar e buscar o filho na escola e trabalhar em “home office” alguns dias da semana. São medidas relativamente simples em um primeiro momento, mas que causam impacto importante na percepção da qualidade de vida e certamente na dedicação e no comprometimento da profissional com a empresa.

As mudanças sociais não acontecem com hora marcada e é preciso estar atento ao movimento para não perder oportunidades. O alerta para as empresas é fazer a lição de casa e encontrar alternativas criativas para não desperdiçarem seus talentos femininos.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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