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Dica que um Coach não pode perder!

Quais os principais modelos em Coaching? Quais são nascidos de pesquisas fundamentadas? Como escolher o mais adequado? Como iniciar sua aplicação? Como manter o engajamento do cliente?

Meus amigos, se há um tema unânime quanto à pratica do Coaching é a sua aplicação para o desenvolvimento profissional de uma pessoa. Pois bem, um livro lançado pela casa Guilford Press, em 2008, oferece modelos para orientar o trabalho do Coach de forma estruturada, e foi escrito por Michael McKenna e Sharon Walpole. Sob o título The Litteracy Coaching Challenge, os autores comentam modelos oriundos da teoria e da prática para uma mudança sustentável.

As duzentas páginas do livro buscam responder perguntas que os autores percebem ser comum entre profissionais, tais como: Quais os principais modelos em Coaching? Quais são nascidos de pesquisas fundamentadas? Como escolher o mais adequado? Como iniciar sua aplicação? Como manter o engajamento do cliente? Ainda que as respostas não sejam únicas (muito menos unânimes), no livro os autores mostram seus pontos de vista a respeito.

Ao tratar do aprendizado de adultos, Michael e Sharon exploram três contextos diferentes: o caso de um só indivíduo; quando há um grupo reduzido de pessoas e, ainda; quando há uma grande equipe a ser acompanhada. Eles afirmam que o primeiro caso é tão específico que, por vezes, assemelha-se à tutoria, bem como demanda mais investimentos e oferece potencial de resultados maior. Quando o processo é com pequenos grupos, há mais chances de construir valores e responsabilidades compartilhadas, mas é essencial ter o objetivo comum a perseguir.

Os autores afirmam que o maior desafio está em desenvolver um grupo grande. Encontrar a linguagem comum, ter envolvimento equilibrado de todos e, ainda, criar confiança das pessoas no trabalho do Coach, tudo é muito complicado. O segredo está em um planejamento muito bem feito e consistente com a plateia envolvida. Aliás, isso vale não só para o Coaching, sendo uma realidade comum em apresentações e palestras para um auditório heterogêneo.

Para ampliar as possibilidades de sucesso para o Coach em desenvolvimento de adultos, ainda mais nos casos individuais e de pequenos grupos, os autores oferecem dicas muito úteis. Prestem atenção e façam a honesta avaliação (auto-feedback) do que aconteceu em cada sessão, buscando corrigir-se até a próxima. A primeira dimensão é orientada ao contexto, e pergunte-se: (a) Analisei as conexões que cercam o conteúdo da sessão e as circunstâncias de trabalho do cliente?; (b) O material usado e o local de trabalho favoreceram o que precisava ser feito?; (c) Deixei claro o planejamento das futuras sessões e os trabalhos de casa?

A segunda dimensão está na organização do conteúdo das sessões. Pergunte-se: (a) O conteúdo dos trabalhos ficou claramente organizado? (b) Conduzi a conversa de maneira prática e objetiva? (c) As minhas metas de trabalho na sessão foram alcançadas? (d) Os exemplos que abordei ficaram claros? (e) Consegui fazer um fechamento adequado?

E agora, como não menos importante neste constructo de dimensões a serem analisadas pelo Coach, há outra lista de perguntas associadas ao processo de Coaching, em si: (a) Fui flexível e consegui me ajustar, quando necessário; (b) Mantive respeito e tato para conduzir os assuntos mais sensíveis ao cliente? (c) Abri espaço para exercícios e práticas de descontração do cliente? (d) Dei tempo para a criação de uma sinergia e de clima positivo para o trabalho? (e) A minha condução da sessão (o andamento dado) foi ajustada ao caso do cliente? (f) Deixei provocações e perguntas adequadas para serem desenvolvidas após a sessão? (g) Obtive feedback? (h) Dei feedback e obtive compromisso do cliente até a próxima sessão?

Finalizando, se um Coach está preparado para desenvolver seu trabalho com metodologias e padrões oriundos da literatura acadêmica ou da aplicação prática, isso é excelente. Mas, mesmo assim, ele não pode deixar de investir na própria avaliação e em planejar a sessão seguinte para atender ainda melhor o seu cliente. Isso se faz com uma análise honesta do desempenho como Coach, após cada encontro. Que tal, vamos praticar?

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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