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Existe espaço para compaixão nas empresas atuais?

Muitos discutem se a visão mais humanista na Gestão de Pessoas realmente se aplica nas empresas modernas e uma pergunta recorrente nas discussões é: Há espaço para compaixão nas empresas atuais?

Muitos discutem se esta visão mais humanista na Gestão de Pessoas realmente se aplica nas empresas modernas e uma pergunta recorrente nas discussões sobre o assunto é: Existe espaço para compaixão nas empresas atuais?

Normalmente a resposta a esta pergunta é um sonoro NÃO se entendermos o significado de compaixão pelo senso comum que é piedade, pena, dó. Etc..

Compaixão está relacionada com a percepção e entendimento das emoções que o outro está sentindo, porém com o forte desejo de auxiliar os que sabem menos ou que estão em uma situação de desconforto.

As empresas sem compaixão têm uma atmosfera de insegurança no ar e não são os melhores lugares para trabalhar.

Onde há compaixão existe confiança, excelência e sucesso, porém se ela for colocada em prática em excesso, provocará desamparo, mediocridade e fracasso. Não é muito fácil dosar a medida certa, mas existem alguns critérios:

  1. Pessoas que não têm compaixão ou que acham que ela é desnecessária não irão levar você a sério se quiser tratá-las com compaixão. É necessário um trabalho prévio com elas;
  2. Leve a compaixão e auxilie aqueles que entendem, sentem falta dela, mas não conseguem evoluir ou produzir mais satisfatoriamente;
  3. Não use a compaixão em empresas que de certa maneira punem a honestidade, a transparência e as inseguranças. Por outro lado, pelo cenário que observo, estas empresas entrarão em sérias dificuldades em um futuro próximo.

Talvez surja a dúvida: Na minha equipe, a quem devo tratar com compaixão?

Em minhas atividades de Coaching/Mentoring costumo lembrar que a compaixão deverá ser estendida a todos, mas dê preferência àqueles que:

  1. Travam lutas pessoais, dentro ou fora da empresa;
  2. Têm conflitos de personalidade;
  3. Por algum motivo vivem inseguros com suas próprias emoções;
  4. Vivem em constante incerteza;
  5. Que desejam realizar uma tarefa, mas se sentem sem conhecimento ou habilidade;
  6. Que se sentem deslocados.

E aos líderes costumo lembrar que devem ter as seguintes posturas:

  1. Liderar com compaixão não é para qualquer um. É necessário ter um bom autoconhecimento;
  2. Traga para perto de você os que, mesmo com dificuldades no trabalho, apresentem um comportamento ético significativo;
  3. A segunda chance é para ser dada;
  4. Cuidado com a sua comunicação, ela deve levar bondade em seu conteúdo;
  5. Coloque-se no lugar do outro e veja também sob a visão dele;
  6. Deixe a raiva e o mau humor em algum lugar esquecido, não ande com elas;
  7. Lembre-se que você já passou por isso;
  8. Seja prestadio.

Ter compaixão nos tempos bons é fácil, exercite-a durante as turbulências!

Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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