Ao longo da última semana, um evento movimentou a Internet brasileira com palestrantes de vários estilos, opiniões e ideias em torno da temática Coaching. As amigas Caroline Calaça e Cássia Morato estão de parabéns pelo alcance e brilho que deram ao debate, em várias dimensões, contribuindo com a qualificação dos profissionais da área. Como há quase dois anos eu já tratava desse assunto aqui no blog, não quis perder esse barco e decidi repetir projeções sobre o que poderá acontecer com o Coaching no médio prazo. Quanto àqueles que estiverem vivos em 2025, fiquem livres para me cobrar a respeito, combinado?
O relatório da empresa internacional Sherpa Coaching (Sherpa Executive Coaching Survey 2011 – Power to the People; www.sherpacoaching.com) resumiu algumas projeções futuristas para a área, quais sejam: (a) a demanda por Coaching executivo está em ascensão; (b) a grande maioria dos profissionais de negócios vê o valor do Coaching como muito alto; (c) a credibilidade de Coaching aumenta a cada ano; (d) o Coaching será usado crescentemente no desenvolvimento de Liderança, em oposição à resolução de problemas e tomada de decisão; (e) o processo personalizado e presencial está em ascensão e (f) as organizações cada vez mais só contratam Coach executivo com certificação reconhecida (pelas pesquisas, esse tipo de critério é pontuado como “muito importante” ou “absolutamente essencial”).
Os últimos anos já apontam um maior foco em fatores e indicadores de sucesso, envolvendo a cuidadosa análise de necessidades e a sessão introdutória com o Coachee. O Coaching enfrenta desafios e oportunidades, bem como grande responsabilidade nas empresas. Cresceu de um processo inicial associado ao Coaching pessoal para voltar-se a um trabalho com grupos e equipes, passando de indústria caseira a profissão. Poderá agora se tornar uma força global para servir a sociedade em grande escala e na linha de frente? Que Coaches terão a competência de construir o que é mais necessário, com responsabilidade individual?
O “sucesso” em Coaching pode permanecer sempre um mistério, ou pelo menos em parte, pode nunca ser totalmente explicado por fatores cientificamente definidos ou análises qualitativas. Conforme levantamentos recentes, há cientistas e profissionais que se aplicam no argumento de que não é possível estudar o “sucesso” em Coaching. Afirmam que, embora seja interessante estudar os fatores que levam ao sucesso, no sentido de prosperidade, é tão oportuno ou até mais interessante estudar como pessoas decidem que determinado resultado é, de fato, “próspero”. Isso tem relação direta de como o Coachee se define pela sua meta.
Sucesso como resultado é conceito de realização próspera e pode ser tido em sentido antônimo ao fracasso. No futuro, haverá Coaches internos em maior número e melhor treinados, aumento de sessões de Coaching entre colegas, em grupo e crescimento do modo virtual, por audio/vídeo-conferência. Haverá mais motivação em preparar e avaliar gestores com habilidades em Coaching. E esses avanços diminuirão custos e farão com que o Coaching se torne mais frequente, embora o conceito de sucesso sempre dependerá de fatores difíceis de padronizar, tais como cultura, atitudes e qualificações dos Coaches.
Enfim, quase dois anos depois, as previsões não se alteraram muito. Quer saber mais sobre o futuro. Pois bem, acesse também o estudo A Global Study of Successful Practices. Coaching – Current Trends and Future Possibilities (2008-2018), da American Management Association (www.amanet.org). Boa leitura e excelentes conclusões.
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