É muito comum as pessoas se dedicarem com afinco à realização profissional. Após a graduação, buscam uma especialização, um MBA e procuram estar sempre atualizadas quanto às tendências de mercado. Buscam grandes empresas para trabalhar, fazem um planejamento de carreira, desejam galgar degraus que lhes deem o tão merecido reconhecimento profissional. Muitas vezes abrem mão do convívio com a mulher ou com o marido e filhos por uma posição maior, que vai lhes exigir cada vez mais dedicação e empenho, resultando numa dedicação inversa do profissional à família, com cada vez menor tempo de convívio em sua casa.
Com o amor isto não acontece. A mulher romântica cujo único projeto seja casar e cuidar dos filhos, quase que não existe mais. E não imagino que em pleno século vinte e um devemos ser assim. Os tempos mudaram, as mulheres também querem um reconhecimento profissional, além de uma vida afetiva plena, não há nada de errado com isso.
Mas esta falta de dedicação à vida afetiva pode resultar em muitos casamentos que fracassam e que muitas vezes podiam ser evitados. A paixão nos cega para os valores de cada um, poucos se dedicam a conhecer verdadeiramente o parceiro com quem decidem compartilhar suas vidas.
Um homem pode se casar com uma mulher linda e isto ser um valor tão grande para ele que ele não percebe o quanto ela é mesquinha, por exemplo. A mulher deseja tanto estabilidade financeira que não se importa do marido ser quase alcoólatra. E com o passar dos anos, nestes dois exemplos de casamento, teremos pessoas infelizes que na busca por valores básicos de segurança e reconhecimento, se esqueceram que o casamento é um todo e que não só um aspecto deve ser considerado na escolha de seu parceiro.
Eu poderia citar muitos outros exemplos, mas a ideia que quero transmitir aqui é que merecemos ter uma vida afetiva feliz tanto quanto merecemos ter uma vida profissional plena. Ambas são importantes. As adversidades virão. E como é maravilhoso passar por uma adversidade ao lado de um ombro amigo, ao lado de um parceiro que está ao seu lado para o que der e vier, que te encoraja a seguir em frente, que elogia seus pontos positivos e compreende que seus pontos negativos estão ali para serem trabalhados e vencidos.
Você merece ser feliz profissionalmente tanto quanto merece ser feliz afetivamente. Pense em suas escolhas, reflita sobre seu comportamento e sobre o comportamento das pessoas ao seu redor. Isto vai te dar mais bagagem para uma decisão mais madura e por isso mais segura. E com uma vida afetiva plena e estável, você terá mais chances ainda de uma vida profissional mais feliz!
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