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Educar para colher!

Educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento: implica estimular raciocínio, ajudar a aprimorar senso crítico e faculdades intelectuais e morais. Não basta reproduzir, é preciso haver sentido e emoção!

Responsabilidade, autoconfiança, habilidades no relacionamento interpessoal, boa comunicação, versatilidade, espírito de equipe, realização de trabalhos com qualidade, automotivação e autogestão são atributos dos bons profissionais e características altamente desejáveis no mercado de trabalho. Entretanto, encontrar todas essas competências em uma só pessoa está cada vez mais difícil.

De qualquer maneira, fica a dica para quem deseja ter sua empregabilidade aumentada em tempos de crise. A mensagem serve também para empresas e instituições de ensino que estejam interessadas em desenvolver seus potenciais (colaboradores e alunos). As competências comportamentais, ou “soft skills”, são tão ou mais desejadas que as técnicas. O problema é que elas não são tão fáceis de serem desenvolvidas.

Um trabalho em conjunto entre aqueles que querem aprender e aqueles que podem ensinar só resultaria num circulo virtuoso. Escolas, universidades e a experiência profissional em uma organização favorecem o processo de socialização e a aprendizagem.

Imagine a responsabilidade e a oportunidade que essas instituições, seus gestores e líderes têm nas mãos de fazer um excelente trabalho, no sentido de informar sobre as melhores práticas, motivar, influenciar e desenvolver o espírito do que é ser um excelente profissional.

O que eu vejo, entretanto é que falta a muitas empresas e instituições de ensino essa visão de propósito, de fazer o melhor. Muitos se perdem no caminho, realizando a sua atividade de maneira estanque: aos olhos do aprendiz, as ações parecem sem sentido e desconectadas. As pessoas atuam como reprodutores, sem sentido e sem emoção.

Educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento: implica estimular o raciocínio, ajudar a aprimorar o senso crítico e as faculdades intelectuais e morais. Quem educa deve oferecer o necessário para que a outra pessoa consiga desenvolver plenamente a sua personalidade.

Agindo como educadores, empresa e escolas poderão contribuir imensamente para o aprimoramento das competências comportamentais tão desejadas. Essa é uma visão de longo prazo. É preciso investir para poder colher.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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