As mudanças que ocorrem no mundo estão cada vez mais aceleradas. As novas tecnologias que facilitam o acesso ao conhecimento impulsionam profissionais e líderes a pensarem cada vez mais rápido. No mundo dos negócios, por exemplo, a razão prevalece sob a emoção. Afinal, a busca por resultados é o principal fio condutor para as escolhas e decisões. Nesse mundo, a capacidade analítica vem sendo cultuada como a solução para todo e qualquer problema. Nada mais natural, já que os homens vêm dominando esse território há muito tempo. Mas, será que somente o pensar é suficiente?
Walter Longo, administrador de empresas à frente da agência Grey Brasil e um dos mestres da inovação no Brasil, lançou recentemente um livro – Homens São Analógicos e Mulheres São Digitais, onde estuda o impacto que o arquétipo feminino tem hoje no mundo. Segundo ele, o mundo está indo no sentido do arquétipo feminino que é a nova forma de convivência entre as pessoas e que influencia na gestão empresarial.
Pessoas cada vez mais engajadas e motivadas tem sido a busca incessante das empresas. Nesse ambiente a emotividade feminina tem o poder de equilibrar e contribuir para o racional masculino. As habilidades e as características do ser feminino potencializam a empatia e a capacidade de entender a equipe, clientes e parceiros. Dessa forma, novas conexões são formadas e o trabalho flui com mais leveza e naturalidade.
A empatia é comprovadamente uma ferramenta poderosa no processo de relacionamento, pois permite um alinhamento das expectativas e um interesse genuíno das reais necessidades do cliente. Porém, é muito importante diferenciar simpatia de empatia. A pesquisadora Brene Brown nos ensina sobre a diferenciação desses conceitos. Segundo ela, na simpatia você não consegue enxergar a necessidade alheia, além de tentar ver as situações pelo lado positivo sem compreender com profundidade o outro. A empatia, por outro lado, é um processo de conexão que exige aproximação e reconhecimento das emoções.
Em um mundo cada vez mais conectado, torna-se imprescindível o diálogo entre as capacidades analíticas e emocionais. A busca pelo equilíbrio dinâmico deve ser a ponte para coexistência do ser racional e emocional. A complementariedade é a chave para a evolução humana.
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