Muitas das vezes em que sou procurada por um cliente de Coaching, ele já chega com a frase fatídica: “Meu casamento acabou”. Na maioria das vezes, as pessoas não queriam que o casamento terminasse, se não as duas partes, pelo menos uma delas ainda acreditava naquela relação. Mas assim como diz o ditado “quando um não quer, dois não brigam”, as pessoas também se convenceram de que quando um não quer, os dois não se acertam.
Isto é parcialmente verdade… afinal, pra se chegar no ponto em que um não quer, é porque o casamento chegou no seu limite. Geralmente limite de brigas, desentendimentos e falta de comunicação. Sim, a falta de comunicação sempre está lá…
Achamos que sabemos nos comunicar, que o outro nos conhece “muito bem” e que também conhecemos o outro “muito bem”, mas na maioria das vezes estamos apenas inferindo sobre o outro. E esta inferência, que neste caso é tomar como certo nosso conhecimento sobre o comportamento e as atitudes do outro é o grande impedimento para uma boa comunicação.
Já ouvi muitos clientes dizendo “isto não vai adiantar, eu já tentei”, ou então “não tem mais jeito”. Mas na verdade, o que poucos pensam é que podem obter um resultado diferente se eles próprios mudarem. Ou seja, se você acha que a comunicação com sua mulher está difícil, mude a maneira de se comunicar. Que tal com uma pitada de humor? O que é humor? Ah, é aquilo que ficou lá atrás, no início do namoro…
Mas você pode sim desistir, achar que o casamento acabou mesmo e partir pra outra. Bem, a chance de você cair nos mesmos erros do antigo relacionamento no novo relacionamento são enormes. E por que? Primeiro porque as pessoas estão tão cansadas de seus casamentos infelizes que acabam idealizando o novo parceiro, ele certamente é bem diferente e bem melhor do que o outro. Mas tem mais: com o tempo, as falhas de comunicação retomam, sua paciência já não é mais infinita e aquela carinha linda que te dava um sorriso virou um bico tremendo. Como isto foi acontecer?
Pare de responsabilizar somente o outro pelo fracasso da relação. Veja sua parcela de culpa. Relembre os momentos em que você não foi tão legal como deveria, em que perdeu a calma, em que fomentou a discórdia. Faça um julgamento imparcial sobre seus atos. E quem sabe assim, você vai perceber que tudo ainda pode dar certo, a começar por você.
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