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Inquietude

O mundo avança graças aos insatisfeitos e a inquietude é que leva à evolução. Diante de cenários como o que estamos vivendo, eles levam vantagem, pois conseguem vislumbrar possibilidades.

Conformismo é o comportamento ou tendência de aceitar, sem se opor, uma situação indesejada.

Leva o indivíduo à passividade, a agir com pouca vontade e demonstra baixa capacidade de reação diante dos fatos. O sujeito que sofre de passividade tem igualmente pouca ou nenhuma iniciativa e quase nenhum poder de decisão, inclusive diante da própria vida. Vai se acostumando com o que não agrada e fica por isso mesmo.

É mais fácil reconhecer essas características no outro gestor, colega, concorrente – mas é difícil assumir para si próprio. Porém, apenas diante dessa autopercepção, dessa tomada de consciência é que será possível mudar.

O mundo avança graças aos insatisfeitos e a inquietude é que leva à evolução. O inquieto não se contenta com uma explicação simplista, ele pesquisa, conversa com pessoas e mobiliza grupos.

O inquieto incomoda, é mais exigente, pergunta muito na intenção de satisfazer sua curiosidade de compreender a situação. Faz conexões com outras ideias, faz proposições e arrisca soluções.

Diante de cenários como o que estamos vivendo, eles levam vantagem, pois conseguem vislumbrar possibilidades.

Muitas empresas passarão por ajustes no quadro de funcionários, e haverá critérios para escolha dos que permanecerão, bem como para aqueles que virão a ser contratados – e a não passividade pode ser um desses critérios.

Você, leitor, pode se perguntar: “Como alguém vai saber, só pelo meu currículo, se sou um conformado e passivo?”

Respondo: pela sua história profissional. Cursos de atualização que tenha feito, pós-graduação, resultados alcançados, prêmios recebidos, comentários e indicações de amigos e ex-superiores nas redes sociais.

Se você passar pela entrevista existe uma outra fase em que é possível saber sobre suas atitudes.

Quando a empresa busca referências, conseguirá saber o que colegas, ex-superiores e pares falam sobre você.

Assim, vale a pena refletir sobre como tem sido sua atitude diante da condução da sua carreira. Atenção aos feedbacks que recebe e aceite-os como um presente que pode direcioná-lo na melhoria das suas atitudes.

Para o mercado de trabalho, tão importante quanto saber fazer é ter atitudes adequadas e coerentes com a expectativa da empresa e, certamente, pessoas mais inquietas podem levar mais vantagem.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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