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A felicidade não está no outro, está em nós! E o que o Masterchef tem a ver com isto?

O sonho nos faz fortes, a conquista dos objetivos nos leva a desejarmos mais e mais, não simplesmente pela ambição, mas por nos vermos capazes: “se consegui chegar até aqui, posso ir muito mais além!”.

Em meus atendimentos tenho visto cada vez mais pessoas dependentes umas das outras. Em alguns casos, financeiramente. Na maioria deles, emocionalmente. Vejo também disputas entre familiares por herança, ou às vezes apenas um único bem que vai salvar a pátria dos que estão endividados, ou dos que não conquistaram nada e se deparam pela primeira vez na vida com a oportunidade de ter um bem próprio sem o mínimo sacrifício.

Tenho visto chantagistas emocionais, alunos que não respeitam professores, profissionais disputando na empresa a tão sonhada gerência do departamento sem o mínimo escrúpulo. Tenho visto pessoas infelizes invejando vitórias alheias, pessoas encostadas em seus ex-cônjuges, vivendo de pensões dos filhos sem almejarem nada que não seja usufruir do trabalho alheio.

Para mim, que trabalho com Coaching há anos, não há nada mais frustrante do que encontrar pessoas que não têm sonhos, não têm objetivos. Suas metas não são planejamento e crescimento para conquista melhores. São apenas sanguessugas, vivendo na dependência dos outros. O sonho nos faz fortes, a conquista dos objetivos nos leva a desejarmos mais e mais, não simplesmente pela ambição, mas por nos vermos capazes: “se consegui chegar até aqui, posso ir muito mais além!”. E esta vitória tem um sabor muito especial.

Mas por conta destas reflexões, eu não poderia deixar de falar do episódio do Masterchef desta semana. Foi uma aula de civilidade e superação como poucas vezes vista nos concursos em que, como só pode haver um vencedor, a regra é um pisar no outro, criar obstáculos, dificultar para o outro, mesmo que sobre pra você também.

Na semifinal desta semana vimos os três finalistas lutando para chegarem à final, mas lutando com suas qualidades, com seus talentos – e nunca, contando com a fraqueza do adversário. Quando tiveram a oportunidade de escolher seu ingrediente principal, impressionantemente, cada um pensou no seu melhor e nunca desejou o pior para o outro. Um escolheu seu ingrediente baseado em sua zona de conforto, no que ele conhece e sabe fazer. A outra escolheu um ingrediente até então desconhecido para ela, o peixe sapo, porque pensou em aprender, em se superar, e acabou deixando para a rival (e vale lembrar, também amiga) o ingrediente que ela desejava, e nem por isto mais simples, a lagosta. Foi uma aula de superação, de humildade, de ausência de rivalidade, inveja ou arrogância como poucas vezes vemos em competições deste gênero.

Ali ninguém dependeu de ninguém a não ser de seu próprio esforço, conhecimento e brilho. Não havia “jeitinho”, havia o desejo de acertar, de fazer e ser o melhor, como todos podemos fazer em nossas vidas, independentes dos outros, mas simplesmente com nosso brilho próprio.

Patrícia Camargo trabalha com Coaching de Vida e é especialista em Coaching Afetivo. É autora do site www.coachafetiva.com.br e busca com seu trabalho proporcionar uma vida afetiva plena à todas as pessoas que a procuram. Realiza atendimentos presenciais em Campinas e Sorocaba e também via Skype para todo Brasil e para brasileiros residentes no exterior. É fundadora e curadora do Grupo de Estudos de Coaching & Desenvolvimento Pessoal de Sorocaba e co-autora do livro “Coaching : grandes mestres ensinam como estabelecer e alcançar resultados extraordinários na sua vida pessoal e profissional”. Formada em Administração de Empresas, atua também como Psicanalista Clínica e Conciliadora da Justiça Federal desenvolvendo um trabalho de pacificação da sociedade.
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