Diante de uma economia instável, a população se vê com dificuldades de administrar as finanças de maneira que seja possível passar pela crise com menos reflexos negativos. Essa situação está levando pessoas a procurarem uma nova solução, que auxilie a tratar a causa do problema, e não somente algo paliativo e pontual.
A saída está sendo a terapia financeira, um serviço que se baseia em uma análise comportamental das pessoas no trato com o dinheiro, trazendo não somente um resultado positivo sobre os problemas atuais – endividamento e inadimplência, por exemplo – como também promovendo uma verdadeira mudança de hábitos e costumes em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros.
Uma das grandes questões trabalhadas, além de controle financeiro, é a ideia de que dinheiro é um meio para se realizar sonhos (como viagens, imóvel ou mesmo aposentadoria), e não tem finalidade de acúmulo. Dinheiro sem objetivo definido é alvo fácil para gastos supérfluos e impulsivos, que levam ao endividamento inconsciente – um dos maiores problemas da população atualmente.
Em tempos de crise, as pessoas costumam entrar em pânico, tomando atitudes precipitadas que podem piorar a situação financeira. No processo de terapia, é exercitada a cautela, mostrando que, ao descobrir o “eu financeiro”, ou seja, o perfil financeiro, é possível readequar o padrão de vida, tornando assim possível a estruturação de um planejamento adaptado para as singularidades.
A terapia financeira é uma extensão da educação financeira, que já vem sendo aplicada em milhares de escolas brasileiras. Enquanto esta última tem a preocupação de construir e compartilhar conhecimentos sobre finanças e produtos financeiros, a primeira inclui uma análise comportamental, sugerindo caminhos a serem trilhados ou construídos.
Reinaldo Domingos
Participe da Conversa