Não é nenhuma novidade que empresas familiares apresentam cultura e características específicas e são, na maioria das vezes, controladas por um dos fundadores ou descendentes direto. E são essas empresas responsáveis por uma grande parte do PIB do país, além de empregar muitos profissionais e contribuir significativamente com o crescimento da sociedade.
Mas, embora apresentem condições seguras como estabilidade de mercado, fluxo de caixa, ambiente agradável, recursos materiais adequados, muitas ainda revelam dificuldades quando o assunto é comportamento.
Evidentemente existem exceções e, particularmente, considero um avanço quando profissionais da área administrativa, financeira, RH, comercial, marketing e outras, são chamados para prestação de serviços e quase sempre promover mudanças nessas organizações.
Precisamos de muito “investimento emocional” para processar mudanças. E o “culpado” disso é nosso cérebro que insiste em manter padrões mentais para controlar nosso comportamento e nos manter vivos. Ainda bem! E não queremos perder esse fabuloso mecanismo que nos ajuda a atravessar uma rua, dirigir nosso carro, ir e vir de diversos lugares, reconhecer perigos e demais necessidades para se viver. Não. Não é isso que precisamos, mas sim, de uma análise mais aprimorada e um esforço maior no sentido de efetuar mudanças daquilo que não mais nos ajuda nesse mundo moderno.
O mundo mudou, está mudando e vai continuar a mudar. Gostemos ou não!
E as organizações familiares precisam estar atentas a isso.
Difícil separar, com o devido equilíbrio, as relações familiares das profissionais. Mesmo com muito esforço, em dado momento na família, conversa-se sobre a empresa, e, na empresa, assuntos familiares podem fazer parte de uma reunião para definição de estratégia. Mas comportamento e suas interfaces não é tão “matemático” assim, e isso sempre poderá acontecer. Preservar a cultura e suas características positivas é importante para a empresa, pois se trata da própria identidade e sua manutenção. Algo ou alguém sem referência pode perder seu próprio significado e sua razão de existir.
Porem, tudo tem um limite, e é esse limite que muitas organizações familiares não conseguem perceber. Quando e o que mudar? Pois sem essa percepção, muito do que tem contribuído para sua continuidade no mercado, pode perder seu valor e “sabotar” o desenvolvimento da mesma.
E um dos principais sabotadores está relacionado ao comportamento dos gestores (presidente, diretores, gerentes, supervisores, etc); é o estilo das lideranças, muitas vezes pautado em modelos antigos de gestão como centralização, autocracia, rigidez, falta de conhecimento sobre aspectos humanos e de relacionamentos, até estilos de poderio, ainda muito comum em algumas empresas.
As novas gerações não estão habituadas a esses estilos de gestão e, pior, não aceitam esse controle, o que pode levar empresas a não reterem profissionais que são estratégicos para o negocio e até os fundamentais para o processo.
Nesse ponto encontra-se o equilíbrio: como manter a tradição sem comprometer a perpetuação.
Que tal começar pela contratação de boas consultorias ou profissionais para orientação desse novo movimento dentro da organização familiar?
Participe da Conversa