Será que devemos o que pagamos? Será que é uma dívida legítima? Para responder essa pergunta, vamos refletir um pouco sobre o que é o custo, o que é o preço, o que é o valor e se eles convergem quando tomamos nossas decisões.
Cada um desses conceitos podem ser amplamente explorados, mas vamos considerar o seguinte: o Custo como esforço, o Preço como os recursos utilizados (sejam recursos financeiros, pessoas, tempo e outros) e o Valor como a importância que damos para o que está em questão.
Estamos falando de uma questão econômica, portanto vamos considerar como um cálculo. Um cálculo que pode ser consciente ou inconsciente. Os indicadores presentes nesse cálculo são: qual custo terá para nós, qual o preço que estamos dispostos a pagar e quanto vale a questão em jogo.
Questão essa que pode ser: uma decisão, um modelo de trabalho, o apego a um sentimento, o papel na família, atividade profissional, afetos, crenças, desejos, cargo, etc.
A nossa visão sobre o que queremos e o preço que pagamos pelo nosso desejo costuma ser de curto alcance, tanto em relação ao tempo quanto à complexidade. Nós não paramos para pensar tão pouco para sentir como reflete na nossa vida cada escolha que fazemos.
Na vida é impossível fazer uma análise explícita para tudo o tempo todo. Fazer dessa forma seria o extremo da racionalidade e a vida não se entende pela razão. A maioria das decisões não é racional, mas sim absolutamente emocional. Vamos lá, teste a si mesmo! Imagine uma das questões acima ou outra qualquer e analise com carinho.
Lembre-se. Estamos falando de uma questão econômica. Para que seja uma balança favorável, o esforço, os recursos utilizados e a importância da questão, precisam ser coerentes para você.
É importante atentarmos para o fato de que aquilo que tem valor para alguns não tem absolutamente valor nenhum para outros. É comum sermos tomados por gestos automáticos!
Exercite! O que estou fazendo tem coerência para com o que eu dou valor? Estou pagando um preço. Qual o custo disso para mim?
Sabemos que a mídia, as regras, a cultura e tantas outras demandas externas a nós mesmos, exigem ações, pensamentos e sentimentos que não são nossos.
A sensação de criar, brincar e produzir como nenhum outro ser humano é sem igual! O imperativo das demandas externas pode encobrir a nossa capacidade de realização espontânea. Precisamos considerar que pagamos um preço por permitir esse encobrimento.
Sugiro que retome o exercício acima. Analise se os resultados são coerentes para o que você deseja e faça as suas boas escolhas!
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