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Dicas de Regras de Convivência: Pessoas com Deficiência Visual

Cada vez mais as pessoas com deficiência interagem no dia a dia (trabalho, escola, lazer). Diante deste contexto é importante estar atento a algumas regras simples de convivência, que por vezes passam despercebidas.

Cada vez mais as pessoas com deficiência interagem no dia a dia (trabalho, escola, lazer). Diante deste contexto é importante estar atento a algumas regras simples de convivência. Nos próximos artigos desta coluna abordarei e comentarei estas regras de acordo com cada tipo de deficiência. No artigo desta semana vou tratar das regras de convivência com as pessoas com deficiência visual.

ABORDAGEM

Ao abordar uma pessoa cega, aproxime-se, toque em seu braço, identifique-se e inicie a conversa. Evite aproximações abruptas, de forma a não causar eventuais sustos. Se for apresentar um cego para outra pessoa posicione-o de frente para evitar que ele estenda a mão no vazio.

OFEREÇA AJUDA

Antes de tomar a iniciativa de ajudar uma pessoa com deficiência, ofereça a ajuda, verifique se realmente ela deseja o auxílio e o que necessita.

CONDUÇÃO

Ao conduzir uma pessoa com deficiência visual é comum pessoas segurarem no braço e direcionarem a pessoa com deficiência para algum lugar, porém o correto sempre é oferecer o braço para que a pessoa segure-o e colocar-se um passo a frente. Desta forma você assumirá o papel de guia. Ao subir ou descer um desnível, girar para a direita ou esquerda o seu corpo será a extensão do corpo da pessoa com deficiência que perceberá o tamanho do desnível ou o ângulo e direção do giro.

TOM DE VOZ

Mantenha o tom de voz normal. Por mais que esta orientação possa parecer absurda algumas pessoas ao dirigir-se para uma pessoa com deficiência visual inconscientemente aumentam o tom de voz. Isso não é necessário. Aliás, geralmente as pessoas com deficiência visual tem uma acuidade auditiva maior.

TERMOS COMO “VER” E “OLHAR“

É comum pessoas se constrangerem ao dirigir-se para uma pessoa cega e falarem “você viu aquilo?” ou “olha isso”. Não é necessário ficar sem jeito. Isso é perfeitamente compreensível.

CÃO GUIA

Quem não se encanta com um cachorro? Eu pelo menos sempre que vejo um pela rua fico com uma vontade imensa de me aproximar e acariciá-lo, porém um cão-guia executa uma importante tarefa. Quando utiliza a guia está a trabalho e não deve ser tocado, pois poderá distrair-se e falhar na sua função. Apenas seu acompanhante deve alimentá-lo. Caso esteja acompanhado de algum animal, controle-o para que ele não interaja com o cão-guia.

INDICAÇÕES DE OBJETOS E DIREÇÕES

Ao indicar objetos e direções não adianta apontar ou dizer “ali”, “lá”, pois são referências imprecisas. É necessário dar referências mais especificas: direita, esquerda e se for o caso guiá-la até o local. Neste caso pergunte se a pessoa quer ser guiada ou somente uma referência mais precisa.

BARREIRAS E MOBILIÁRIOS

Sempre que dividir espaço com alguma pessoa com deficiência visual evite deixar qualquer tipo de barreiras físicas pelas áreas de circulação (cadeiras, vasos, ventiladores, etc.). Estes obstáculos podem causar acidentes. Deve-se evitar mudança de posicionamentos de mobiliários. Se necessário a pessoa cega deve ser avisada.

PALESTRAS E EVENTOS

Aqui temos duas situações. Se a pessoa cega for a palestrante ou se estiver no público. No primeiro caso indique o posicionamento do público em relação ao palco. Uma forma é pedir que a última pessoa da direita na primeira fileira fale algo e da mesma forma a última pessoa da esquerda na primeira fileira diga algo. Se você for o palestrante e no público houver pessoas cegas, fale algo fora do microfone. A técnica serve para que um cego saiba onde você está, caso contrário ele se guiará pelo posicionamento da caixa de som.

ENCERRAMENTO DA CONVERSA

Ao encerrar a conversa com uma pessoa cega nunca se afaste sem informá-la que está saindo do lado dela. Às vezes, a pessoa cega fica chamando um amigo que já está a metros de distância.

Estas são algumas dicas importantes que podem ajudar bastante o dia a dia. São simples, mas muitas vezes as pessoas sem deficiência não atentam. No próximo artigo abordarei as regras de convivência para pessoas com deficiência auditiva.

Pós-Graduado em Tecnologia Assistiva pela Fundação Santo André/ITS Brasil/Fundação Don Carlo Gnocchi (Itália/Milão). Pós-graduado em Psicologia Organizacional pela UMESP e Graduado em Psicologia pela UNIMARCO. Extensão em Gestão de Diversidade pela PUC (Trabalho final: “O impacto do imaginário dos líderes no processo de diversidade e inclusão nas organizações”), Credenciado em Holomentoring, Coaching e Advice pelo Instituto Holos. Formação em Coaching Profissional pela Crescimentum. Formação em Facilitação Digital pela Crescimentum, Formação em RH e Mindset Ágil pela Crescimentum. Formado como analista DISC Vivência de 30 anos na área de RH, em subsistemas como Recrutamento & Seleção, Treinamento, Qualidade, Avaliação de Desempenho e Segurança do Trabalho. Desempenhou papéis fundamentais em empresas como Di Cicco., Laboratório Delboni Auriemo, Wal Mart, Compugraf, Mestra Segurança do Trabalho.Atualmente é Diretor da TRAINING PEOPLE responsável pela estratégia e coordenação de equipe multidisciplinar especializada em temas como Diversidade, Liderança e Gestão, Vendas, Educação Financeira, Comunicação, Turismo e Segurança do Trabalho. Coach de transição de carreira, desenvolvimento de competências e de líderes e Mentor em Empreendedorismo e Diversidade, Equidade e Inclusão.Presidente e Fundador do Instituto Bússola Jovem, projeto social com foco em jovens de baixa renda que tem por missão transformar vidas através da Educação, Trabalho e Carreira. Colunista das Revista Cloud Coaching. Atua como Mentor no Programa Nós por Elas do Instituto Vasselo Goldoni.Coautor do livro: Segredos do sucesso: da teoria ao topo – histórias de executivos da alta gestão pela Editora Leader e do livro Gestão Humanizada de Pessoas pela Editora Leader. Coordenador e coautor do livro Diversidade em suas dimensões pela Editora Literare Books.
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